Começa o Encontro Nacional de Coordenadores da Mãe Peregrina

 

Na diversidade, o que nos une é o mesmo amor a Mãe e Rainha

Ir. M. Nilza P. da Silva – O pátio da Casa da Mãe e Rainha, o Santuário Tabor da Permanente Presença do Pai, em Atibaia/SP, está repleto de filhos missionários, que participam, de 7 a 10 de setembro, do Encontro Nacional de Coordenadores da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt.

Vindos de 20 estados do país, de norte a sul, e de 92 dioceses, os aproximadamente 400 coordenadores se parecem muito: nos olhos o brilho de quem chegou ao evento preparado com tanto amor, o riso nos lábios e as palavras de cordial alegria com que se tratam dão a impressão de que se conhecem a muito tempo. No entanto, a maioria está aqui pela primeira vez. O que os faz irmãos é a Aliança de Amor, o amor à Mãe e Rainha e a missão de ajudá-la a salvar as famílias.

Alguns da região sul tiveram que enfrentar muitos obstáculos, devido ao tufão. O casal Enivaldo e Nilza Busanello, de São Luiz Gonzaga/RS, contam que tiveram que fazer alguns desvios de rota. A queda de uma ponte, em Porto Alegre/RS, atrasou a viagem por mais de uma hora. Mas, estão muito felizes e revelam que Enivaldo é sobrinho de João Luiz Pozzobon. Ele diz: “diante da minha pequenez, tento não decepcioná-lo”.

 

Aqui é bom estar

Na Tenda dos Peregrinos, uma réplica da Peregrina Original, com qual o Diác. João Luiz Pozzobon caminhou durante 35 anos, é ladeada por dezenas de Peregrinas Auxiliares, flores e arranjos ajudam a deixar uma atmosfera de Tabor. As bandeiras do Brasil, do Vaticano e do Movimento de Schoenstatt são acolhidas com o hino jubilar e as de todos os estados aqui representados entram agrupadas por região geográfica, ao som da música “Aquarela do Brasil”, um ritmo que dava compasso com o pulsar feliz dos corações.

Após uma bela coreografia, em louvor à Mãe de Deus, Humberto Pozzobon, filho de João Luiz Pozzobon entra com a réplica da Peregrina Original sobre os ombros, conduzindo-a ao seu lugar de honra, sob aplausos emocionados. “É um orgulho para mim estar aqui e representar o meu pai,” disse ele, enquanto aguardava. “Tenho um grande orgulho por ter tido um pai como ele foi. É extraordinário. Ele realmente foi um exemplo para a família e para todo mundo.”

 

 

Olhar para a Campanha com o olhar de João Luiz Pozzobon

Nas breves palavras de acolhida, Ir. M. Márcia Silva, coordenadora do Secretariado da CMPS, Atibaia/SP, diz que a palavras que mais lhe vem ao pensamento é gratidão, pois o que foi planejado durante tanto tempo começa a acontecer. “É uma alegria receber o Brasil-Tabor, tão amplamente representado. Que este encontro seja uma hora de graças, de renovação e novo ardor. Queremos celebrar os 75 anos da Campanha renovando o compromisso de assumir a missão e seguir os passos de João Pozzobon”.

Ir. Rosequiel Lopes Favero, coordenadora do Secretariado, de Santa Maria/RS, cita as dificuldades que muitos enfrentaram para poder chegar e que é uma alegria que “este encontro faz parte do processo todo, do Caminho Sinodal que percorremos com os coordenadores.” Enfatiza que o evento e o jubileu não podem ser somente uma festa, mas, “precisamos juntos olhar para o tempo atual e ver como João Pozzobon faria a Campanha acontecer no nosso tempo”.

É o que Rosana Belinato, vinda de Barbosa Ferraz/PR, tem também em seu coração. Ela acredita que “esse encontro vai trazer muita vida para nós, depois de tantas situações difíceis. Vai nos aumentar ainda mais o nosso amor às famílias.”

 

 

Com a Mãe Peregrina, Missionários da Esperança

Após o jantar, o Diretor Nacional do Movimento Apostólico de Schoenstatt no Brasil, Pe. Antônio Bracht, apresenta aos coordenadores as ideias centrais do lema que motiva o encontro: Com a Mãe Peregrina, Missionários da Esperança.

Inicialmente, Pe. Antônio destaca a árdua tarefa dos coordenadores, que só se faz possível pela atuação da Mãe de Deus. “Estamos aqui por uma tarefa que não é só nossa. Esse encontro é da Mãe, e do seu João, do nosso Pai Fundador”, lembra. A importância do espírito sinodal ao longo dos próximos dias também será fundamental. “Queremos ouvir uns aos outros, queremos falar, dialogar. Quem vai de sínodo, vai mais longe. E nós queremos ir longe, todos juntos. Juntos na nossa diversidade, que tivemos ocasião de experimentar quando fomos recebendo cada estado e região do Brasil. Tudo isso marca nossa caminhada. O que une a todos nós é um gigantesco amor à Mãe Rainha”, afirma.

Em seguida, retoma o sentido do encontro: olhar a história e construir o futuro da Campanha. “Jubileus não são pontos de chegada, são pontos de partida. Depois de 2025, estaremos partindo de novo e é por isso que é importante olhar para a história”, destacou.

E se o objetivo é construir o futuro, a esperança é fundamental. “Se tem que haver esperança, precisamos de missionários da esperança, ou como diz o Papa Francisco, ‘peregrinos da esperança’ (…) A esperança é muito importante para a vida do cristão (…) Quem leva a Mãe leva esperança, porque leva Cristo, fonte e fundamento da nossa esperança”, afirmou.

O exemplo de João Luiz Pozzobon também foi recordado, ele, que foi sinal de esperança em seu tempo. “Aprendemos com ele que esperança nos coloca no hoje, na realidade. Quem tem esperança é alguém que está firmemente localizado no hoje. A esperança nos faz continuar, nunca desistir. Esperança aumenta nossa fé, nos dá força. Esperança incendeia e inflama nossos corações, ela transforma. A prova de que alguém tem a esperança é a alegria. Não existe coordenador ou coordenadora triste. Todos aqui têm essa alegria, vivem uma missão e essa missão é esperança (…) A importância desse nosso encontro é preparar bem nosso caminho a Santa Maria, em 2025. Precisamos despertar, preparar e celebrar”, concluiu.

 

Sob a bênção do Cristo Tabor

O dia termina com uma vigília de Pentecostes, com cantos e preces suplicando que o Espírito Santo seja o protagonista das atividades desses dias, e a bênção doe Cristo Sacramentado, o Filho Tabor.

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Com a colaboração do site maeperegrina.org.br