Liga de Famílias vive a noite da misericórdia
Ir. Bernadete Maria Ganz/ Ir. M. Nilza P. da Silva – Cerca de 60 casais, em adoração ao Santíssimo, realizam uma profunda vivência de misericórdia, no dia 17 de junho, em Londrina/PR.
Mensalmente, a Liga de Famílias de Schoenstatt, em Londrina, prepara o Dia da Aliança, com uma hora de adoração a Jesus, no Santíssimo Sacramento. Nesse 17 de junho, às 20 horas, eles respondem ao convite do Papa Francisco: “Ao atravessar a Porta Santa, deixemo-nos abraçar pela misericórdia de Deus e comprometermo-nos a ser misericordiosos com os outros como o Pai é conosco.” Nessa noite, celebraram como Ramo da Obra de Schoenstatt, o Ano de Misericórdia. O grupo se reuniu na Capela do Colégio Mãe de Deus, acompanhado pelos Assessores Pe. Ivan Simicic e Ir. Bernadete Maria e auxiliados por um grupo de músicas da Juventude de Schoenstatt.
Nosso título especial: somos miseráveis
Diante de Jesus Eucarístico, olharam ao profundo do próprio Santuário Coração, sem receio de encontrar-se com as próprias misérias, pois, como escreve Pe. José Kentenich: “Importante para nós é só Deus: o Pai e o seu amor misericordioso. Ele não nos ama porque fomos bons e bem-comportados, mas porque Ele é o nosso Pai. Ele nos concede mais ricamente o seu amor misericordioso quando, (…) afirmamos alegremente os nossos limites, as nossas fraquezas e misérias e os considerarmos como o título essencial para abrir o seu coração e fazer jorrar o seu amor.”
Tirar proveito de nossas misérias
Mas, não basta olhar para os limites e defeitos, é preciso aprender a “A arte de tirar proveito das nossas misérias”, este é o tema apresentado pelo Pe. Ivan, complementado pela Ir. Bernadete Maria que convida-os a dizer um sim ao ser limitado e, em Aliança de Amor, fazer uma troca desses “cacos e gravetos” pessoais por uma coroa, pois nossas fraquezas não impedem que, a exemplo de Jesus e Maria, sejamos filhos de Rei, pois, somos batizados e, com isso, filhos de um Pai que é Amor e senhor de toda a criação.
Com essa consciência de ser um filho amado, não “apesar de”, mas, “justamente por” serem pequenos e miseráveis, os casais se dirigiram ao Santuário, à Mãe da Misericórdia, para receber a indulgência plenária, ao atravessar a Porta Santa. Mas, antes, unidos a todos os heróis que souberam santificar-se, aliando a pequenez humana à Vencedora, Mãe e Rainha de Schoenstatt, na Aliança de Amor, fizeram a queima dos gravetos – que representava seus limites – na Pira de José Engling.
Somos filhos muito amados
Então, cada casal – alguns com os filhos – atravessava a Porta Santa, indo ao encontro do coração misericordioso da Mãe e de seu Divino Filho. Como sinal do acolhimento em misericórdia, cada um recebia, individualmente, a bênção com o Santíssimo, pelas mãos do Pe. Ivan.
Para quê ir embora, quando se está na atmosfera do céu? Não é só o lanche compartilhado que os segurou ali por um bom tempo ainda, mas, ninguém queria descer desse Tabor, onde sabiam o que significa ser um filho muito amado, justamente por serem pequenos.
Maria Elza S. Ferreira revela: “Quando ouvi que o desanimo nos deixa paralisado, sem atitude, pensei como era forte o Pe Kentenich, que passou por tantas provações e ainda tinha força para lutar e continuar adiante. Fui ouvindo o quanto Deus nos ama, tudo sabe sobre nós nos cuida e o quanto nos dependemos uns dos outros. Então, refleti e entendi que não somos puramente um corpo, mas que temos a atuação do Espírito Santo em nós. Após estas reflexões, percebi que estava calma, sem dor, não tinha mais angustia e nem agitação. O participar da adoração e me concentrar nas palavras, fez com que me acalmasse e sentisse uma leveza no espírito e na alma e retornei para minha casa tranquila. Uma graça do amor misericordioso do Pai!”
Assim, fortalecidos por esta vivência, cada família retornou para a missão, mais alegre e mais convicta de que o que vivenciaram nesta noite é para ser transmitido para cada um com que encontrarem, como autênticos missionários da misericórdia.