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Deus chama à vida um profeta de Maria

Em 16 de novembro de 1885, em Gymnich, perto de Colônia, na Alemanha, nasce o Servo de Deus, Padre José Kentenich, Fundador da Obra Internacional de Schoenstatt.

Desde antes de seu nascimento, sua mãe o consagra a Maria. Em 1894, quando contava nove anos de idade, não podendo tê-lo consigo por causa de grandes dificuldades familiares e econômicas, sua mãe o levou ao orfanato de Obernhausen. Nesse momento de profunda dor, dirigindo-se à capela do orfanato, ela rezou diante da imagem de Maria: “Educa tu, o meu filho. Sê para ele plenamente mãe!” Tal acontecimento marcou profundamente o menino José Kentenich. Assim, os nove anos de idade ele faz, unido a sua mãe, a sua consagração pessoal, colocando-se inteiramente ao dispor de Nossa Senhora.

Ela também levou a sério essa entrega e, por isso, Pe. Kentenich testemunhou na celebração do jubileu de prata do seu sacerdócio: “Ela (a Mãe de Deus) formou-me pessoalmente desde os nove anos de idade. Minha educação foi exclusivamente obra da Mãe de Deus, sem nenhuma (outra) influência humana profunda. Sei que com isso digo muito”.


Ainda adolescente, sente o chamado à vida sacerdotal. Em 8 de julho de 1910 é ordenado sacerdote, na Sociedade dos Palotinos. Sente-se impelido a anunciar Deus como Pai atuante e presente na vida de cada pessoa. Ajudar o homem e a mulher, por meio de uma autêntica devoção mariana, a restaurar sua dignidade e conquistar sempre mais a liberdade interior, como filho de Deus, resgatado por um alto preço.

Como jovem sacerdote, atua como professor e diretor espiritual no Seminário dos Padres Palotinos, em Schoenstatt, um bairro da cidade de Vallendar, às margens do Rio Reno. Sua pedagogia gera uma confiança extraordinária que une os alunos e os conduz com muito equilíbrio ao mundo sobrenatural, sem desvinculá-los do mundo natural (relacionamento pessoal, dedicação ao estudo e trabalho, amor à pátria etc). O diretor espiritual indica-lhes constantemente a Maria, como modelo do verdadeiro relacionamento com Deus e da dedicação ao próximo.

Atento aos sinais de Deus

 

Uma das características principais do Pe. Kentenich é conservar sempre “a mão no pulso do tempo e o ouvido no coração de Deus”. Seguindo os sinais indicados pela Divina Providência, em 18 de outubro de 1914, em meio a I Guerra Mundial, com seus alunos, sela a Aliança de Amor com Maria, suplicando-lhe que torne a pequena Capelinha, no terreno do seminário, um Santuário de Graças e um centro de renovação religioso e moral para a Alemanha e o mundo.

Pouco depois, alguns desses alunos são chamados como soldados para a guerra e oferecem a própria vida a Deus, em holocausto pela frutuosidade da Obra que iniciaram com o Pe. José Kentenich. Após a guerra muitas pessoas chegam a Schoenstatt atraídas pela espiritualidade que conheceram nos campos de batalha. A Obra se expande além dos muros do seminário em grupos de famílias, sacerdotes, Irmãs, homens, mulheres e jovens.

No decorrer da II Guerra Mundial a Obra é perseguida pelos nazistas. Pe. Kentenich é preso e detido por mais de três anos no Campo de Concentração de Dachau. Nesse local, em meio a grande perigo de vida, continua a edificar sua Fundação por meio de conferências e correspondências irregulares. Sob a proteção da Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt, nesse “inferno de Dachau”, realiza a Fundação de dois Institutos Seculares: dos Irmãos de Maria de Schoenstatt e das Famílias de Schoenstatt. É liberado do Campo de Concentração em 1945, e logo inicia as viagens mundiais, aos países onde sua Obra estava se edificando. Por dez vezes visitou o Brasil.

Foi duramente provado pela Igreja, exilado durante 14 anos (1951-1965), e reabilitado pelo Papa Paulo VI. Com seu exemplo e ensinamento procurou infundir em cada membro da Família de Schoenstatt o lema que ele mesmo escolhera para a sua lápide sepulcral: ‘Dilexit Ecclesiam’ – Ele amou a Igreja! Deus o chamou para a eternidade no dia 15 de setembro de 1968, dia da festa de Nossa Senhora das Dores, logo depois da Santa Missa que ele acabara de celebrar na Igreja da Santíssima Trindade em Schoenstatt, onde também está sepultado. Em 1974 a diocese de Treves abriu o processo para a sua canonização.

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