Fruto do espírito missionário da Juventude Feminina de Schoenstatt
Renata Gomes de Oliveira – Turma 66 – Medicina UEL – partilha sua experiência:
O desejo de começar a Campanha da Mãe Peregrina no ambiente universitário, da Universidade Estadual de Londrina/PR – UEL – veio sem esperar. Na verdade, na ultima missão da Juventude, em Tomazina/PR, tive um incomodo intenso na missa de encerramento. Parecia realmente uma ordem a ser cumprida. A Mãe que me olhava, no momento Nossa Senhora de Guadalupe, e queria dizer que a missão não poderia parar ali. E que a aliança de amor selada há praticamente um mês começaria a querer frutificar.
Eu já tinha escutado falar de campanha da Mãe Peregrina Universitária, mas não havia me chamado atenção. Dessa vez, o desejo era ardente e no fundo tinha certeza que daria certo.
O curso de medicina é visto como um curso insensível. Os inúmeros pacientes, as dificuldades do sistema de saúde, a quantidade excessiva de conteúdo a ser estudado e o cansaço advindo dessas situações acabam submergindo a faceta humana da profissão, deixando-a muitas vezes restrita a tratar doenças. Os ingressantes quando chegam, acabam se envolvendo com múltiplas atividades e a diversidade de festas acaba, algumas vezes, deixando a parte espiritual com caráter secundário.
Muitos alunos procedem de outras cidades e quando chegam a Londrina, ficam desnorteados em relação a participação em uma nova paróquia. Deixam seus grupos, suas responsabilidades e engajamentos em suas cidades. E sabemos o quanto a parte espiritual se faz necessária, quando falamos em cuidar da vida e em contato humano, principalmente no momento de sofrimento, dor e desespero. Sem deixar de lado méritos teóricos, o médico empático, que vive humanamente a fragilidade de seu paciente, pode ser um reflexo do amor de Deus para os que estão ao seu redor.
A Campanha da Mãe Peregrina Universitária, no curso de Medicina, tenta resgatar a espiritualidade e devoção mariana que eventualmente possa se ter perdido no caminho acadêmico, e avivar a fé dos que já congregam o mesmo ideal. Levar a Mãe Peregrina nas mãos pelos corredores das salas de aula, dentro do hospital, seja nas enfermarias, pronto socorro, UTIs e demais unidades abre uma oportunidade para que a Mãe possa sorrir aos que por ela passam neste ambiente. Ademais, visitar as casas dos acadêmicos, residentes e docentes abre uma esperança de que a medicina pode ser sim, um curso e uma profissão humana e empática, que pratique o amor de Deus e o cuidado da Mãe na vida diária.
A Campanha foi formada por 12 missionários, sendo 8 participantes da Jufem, um do Jumas e o restante de outros movimentos católicos. Até o momento, consta de 108 participantes, sendo estes acadêmicos do primeiro ao sexto ano, residentes e docentes. Temos a graça de contar com 8 imagens da Mãe Peregrina.
Temos certeza de que foi a Mãe que quis se estabelecer entre nós. Atrair para si corações juvenis. E certamente Ela fará milagres.