Centro Internacional ficará a cargo de Pe. Marcelo Cervi.
Karen Bueno – O superior do Instituto Secular dos Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt no Brasil, Pe. Marcelo Adriano Cervi foi nomeado como novo reitor do Centro Internacional de Roma, Belmonte. Pe. Marcelo pertence à Diocese de Jaboticabal/SP e é pároco na comunidade São João Batista, em Bebedouro/SP. Ele assume o cargo no dia 20 de janeiro de 2017.
Desde 15 até o dia 30 de agosto, os representantes deste Instituto estão reunidos na casa-mãe da comunidade no Monte Moriá, junto ao seu Santuário, em Vallendar/Alemanha. A cada 12 anos os superiores locais do Instituto, do mundo todo, se reúnem para avaliar a vida e planejar novos passos, sempre conduzidos e inspirados pelo Espírito Santo.
Em meio à correria do Capítulo, Pe. Marcelo fala-nos sobre sua nova tarefa junto ao Centro Internacional e o que leva do Brasil para Roma:
O que faz o reitor de Belmonte?
Bom, em primeiro lugar, o reitor de Belmonte não é apenas reitor do Santuário, mas de todo o Centro Internacional. Esse Centro foi dado de presente ao nosso Pai e Fundador, no final do Concílio, por ocasião dos seus 80 anos. É um lugar onde nós devemos colocar o carisma que o nosso Fundador tem a serviço da Igreja, o carisma do Movimento de Schoenstatt. O reitor tem a tarefa de ser aquele que garante isso, de colaborar – claro que assessorado por muitas equipes – para que se mantenha viva a presença, a memória do nosso Pai e Fundador e a sua missão para a Igreja e o mundo na cidade de Roma, próximo ao Santo Padre, no coração do cristianismo.
Como acontece a escolha do reitor?
A escolha do reitor depende muito da comunidade em si. Nós estamos no Capítulo Geral e já faz um tempo que estamos tratando a questão de Belmonte. Há uma série de procedimentos internos, mas a comunidade escolhe e o superior geral é aquele que determina. Claro que nós não somos uma comunidade religiosa, ou um Instituto como os Padres de Schoenstatt e as Irmãs de Maria que estão liberados apenas para os trabalhos com o Movimento, mas nós somos Padres Diocesanos, então esse processo de escolha depende muito também do Bispo, responsável pela Diocese onde o Padre está incardinado. No meu caso, por exemplo, já faz tempo que esse assunto vem sendo tratado com o meu Bispo, que me liberou por três anos da Diocese. Então é uma situação bem bonita de diálogo, de intercâmbio entre o Movimento e a vida da Igreja que se dá nas dioceses.
Como o senhor assume essa missão, qual a expectativa?
Eu assumo essa missão com total espírito de abertura à vontade de Deus, que se manifesta também pelos caminhos da minha comunidade, do Instituto dos Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt; vontade de Deus que foi confirmada pelo meu Bispo Diocesano, que me liberou. Assumo também na total disponibilidade para a Obra de Schoenstatt. Belmonte é um grande desafio para nós todos, para todo o Movimento de Schoenstatt. É colocar em prática o carisma do Pai e Fundador na Cidade Eterna, a cidade de Roma; fazer com que o carisma que é próprio nosso esteja definitivamente a serviço da Igreja, na Igreja e para a Igreja. Belmonte é a grande verificação se o nosso carisma dá certo ou não, porque é estar em diálogo próximo com o mundo e com a realidade da Igreja em si. A expectativa do Instituto dos Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt é de que nós possamos realizar um trabalho verdadeiro, de colocar a serviço da Igreja aquilo que o nosso Pai e Fundador chamava de Confederação Apostólica Universal, ou seja, a união de todos os ramos, de todos os Institutos, a união de todas as forças de Schoenstatt para a Igreja, trabalhando em conjunto – primeiro essa verificação interna e depois nos colocarmos a serviço da comunhão da Igreja, da união de esforços de todos os carismas da Igreja para cumprir a sua missão fundamental que é a evangelização.
Aqui em Schoenstatt é famosa uma frase de um Padre de Schoenstatt, diretor nacional do Movimento na Alemanha, que diz que Roma-Belmonte é e será a prova da nossa capacidade de futuro, da capacidade de futuro de todo o Movimento. Isso quer dizer que Roma-Belmonte é como que a ‘explosão’ dessa vida, dessa abundância de vida que o Movimento tem dentro das suas fileiras, para o mundo, ou seja, esse Schoenstatt em saída que a gente tanto tem falado. Nossa expectativa é essa, que as pessoas todas que visitarem o Centro Internacional possam estar em contato com a pessoa do nosso Pai e Fundador em Roma, com o seu carisma, a sua missão e também verificar como esse carisma e essa missão estão dando certo no mundo inteiro, em todas as culturas, em todas as línguas, sempre em comunhão e a serviço da Igreja.
Sendo brasileiro, que contribuição levar do Brasil Tabor para esse Centro Internacional?
Como brasileiro, acho que levo o dinamismo pastoral que o Brasil tem. Em minha Diocese eu fui, durante muitos anos, coordenador diocesano de pastoral, então conheço bem o dinamismo da Igreja no Brasil e conheço bem, ainda, o modo como se faz pastoral na Alemanha e na Itália. Então acho que essa escolha de um reitor latino-americano, um brasileiro no caso, olha para essa situação, de saber colocar em prática aquilo que se vive no dia a dia como pastoral na América Latina. Fico feliz também que em Roma nós temos a presença das Irmãs de Maria brasileiras; eu sei que elas são um grande apoio para o Movimento, elas levam a vida do Movimento na Itália com muito dinamismo, muito sacrifício, muita entrega. Então, trabalhando junto com elas e com outros ramos de Schoenstatt, eu penso que nós poderemos fazer um trabalho verdadeiramente internacional, no espírito da nova evangelização que é o tempo da Europa, desse despertar religioso da Europa, de colocar novamente Cristo no centro, no coração do continente e não só isso, mas também, principalmente, levar a pessoa do Pai e Fundador, sua tarefa, sua missão, sua originalidade e carisma para que a Igreja possa reconhecer sua importância e mensagem para o mundo de hoje.
O senhor continua como superior da sua região?
Naturalmente, assumindo essa função em Roma por três anos eu deverei deixar a tarefa de superior da minha comunidade na região do Cone Sul, Região Novo Belém. Nós vamos fazer isso devagar, já está fixado para julho de 2017, ou seja, para daqui um ano praticamente, a eleição do novo superior regional, até lá continuo servindo a comunidade também nesse encargo. Devo assumir a tarefa da reitoria de Roma-Belmonte no dia 20 de janeiro de 2017 e até o final do ano eu permaneço, portanto, onde estou, em minha Diocese, minha paróquia. Somente depois do dia 31 de dezembro eu fico liberado para essas tarefas do Movimento, no caso de colaboração, de ajuda, de íntima participação na missão do Instituto dos Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt em Roma.