Mais de mil pessoas na Romaria da Primavera
Ir. M. Nilza P. da Silva – Durante o Congresso Latino Americano da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt (CMPS), os mais de 170 coordenadores, vindos de 14 países, trocaram experiências sobre a melhor forma de ajudar a Mãe de Deus a realizar a sua missão, indo do Santuário para as famílias e as trazendo ao Santuário. Nesse dia 11 de setembro, os que permaneceram em Santa Maria/RS, puderam vivenciar, em parte, como isso acontece na tradicional Romaria da Primavera.
O primeiro a agradecer
Como fazia o Diác. Pozzobon, já as 3 horas da manhã, 18 homens foram ao Santuário Tabor, para, juntamente com o Pe. Argemiro Ferracioli, espalhar as pétalas de rosas em todo o seu entorno. Evangelista Pinheiro, Jundiai/SP, estava pela primeira vez nesse evento e explica que quando Pozzobon vivia, na Romaria da Primavera, ele chegava as 3 horas da manhã no Santuário, porque se todos viriam para saudar a MTA, como líder da Campanha, ele deveria dar o exemplo e ser primeiro a fazer isso, para agradecer por mais um ano da Campanha. “As pétalas no chão significam o amor e a gratidão. As pétalas brancas são colocadas mais perto do Santuário e depois as de outras cores. Elas simbolizam a pureza, não só a pureza da alma, mas, também a pureza da Campanha, o pedido que a Campanha permaneça sempre pura em seus propósitos e não seja manipulada para outros fins, que não seja levar as graças do Santuário para as famílias e as finalidades com que ela surgiu.”
Bem cedo ainda começam a chegar os diversos grupos, vindos de vários lugares arredores de Santa Maria. Eles se concentram em vários pontos da cidade e, numa romaria estrelar, vem cantando ao encontro da Mãe e Rainha, trazendo flores nas mãos e o amor no coração. O céu em azul límpido e o calor indicam o manto azul da Mãe e Rainha e seu caloroso amor que acolhe a cada um de seus filhos. As 10 horas, inicia a Santa Missa, presidida pelo Pe. Alexandre Awi, Diretor Nacional do Movimento A. de Schoenstatt no Brasil, e concelebrada por 9 sacerdotes. Na liturgia da Palavra Jesus fala a parábola do filho pródigo e Pe. Alexandre reflete com os presentes, em sua homilia:
Sermos misericordiados para nos tornarmos misericordiosos
“Para sermos misericordiosos como o Pai, precisamos ser “misericordiados”, isto é, sentir que somos fracos e que Deus usa de misericórdia para conosco. Isso o filho mais velho, do evangelho de hoje, não havia experimentado, por isso, não entendeu a atitude de misericórdia de seu pai para com o irmão mais novo. Pe. José Kentenich, em sua vida, experimentou profundamente a sua fraqueza, mas, Nossa Senhora lhe estendeu a mão e, por ela, ele se sentiu “misericordiado”. Por isso. ele foi muito misericordioso com as pessoas.
Estamos aqui na romaria da primavera iniciada por Pozzobon. Ele experimentou-se muito pequeno e fraco. Mas, experimentou-se “misericordiado” e se tornou misericordioso com as pessoas. Esta é a equação da misericórdia: ser misericordiado e tornar-se misericordioso. Vamos pedir esta graça para nós. O Santuário é a fonte e a porta da misericórdia. Vamos atravessar essa porta para sentirmos que somos fracos, mas, “misericordiados”.
A Mãe Peregrina leva para as nossas casas a graça do acolhimento, que é sentirmo-nos “misericordiados”. A graça da transformação é nos tornarmos misericordiosos com as pessoas e a graça do envio é sermos Schoenstatt em saída, misericordiosos para com todos. Nosso Congresso teve o lema “Com a Mãe Peregrina, Schoenstatt em saída!” isso significa: ser misericórdia em saída. Hoje, em vez de haver uma ovelha fora e 99 dentro do rebanho, temos muitas vezes 99 fora e apenas uma no rebanho. Nós precisamos ir em busca das 99 e dar-lhes o nosso abraço da misericórdia.
Ao coroarmos a Mãe de Deus, como Rainha da misericórdia, no final da missa, nós pedimos a ela que, em seu Santuário, nós precisamos experimentar que somos “misericordiados” para sermos misericordiosos.”
Enviados pela Rainha da misericórdia como semeadores
No ofertório, com o pão e o vinho, foram ofertadas flores e sementes e, após a comunhão, estas foram abençoadas para que as pessoas levem para seus lares “a semente da misericórdia” para cultivarem no coração. Continuando a tradição de Pozzobon, a Peregrina Auxiliar de Santa Maria, a cada ano, recebe uma nova pedrinha em sua coroa. Neste ano, a pedrinha significa a misericórdia. Pe. Alexandre e Pe. José Maria Correa, coordenador da Equipe Latino Americana de Assessores, coroam a Mãe e Rainha em duas imagens auxiliares. Em seguida, cada um dos presentes pode passar pela porta santa e receber de presente as sementes e as flores.
A tarde, a programação continua com visita à Peregrina Original, Adoração ao Santíssimo, vídeo do Centenário da Aliança e visita a casa museu de João Luiz Pozzobon. Às 14h30min todos se encontram mais uma vez diante do Santuário para um momento de oração em comum e a bênção de envio. A bênção do Santíssimo é dada por Dom Hélio Adelar Rubert, arcebispo da Arq. de Santa Maria. A partir do Santuário, partem como missionários e semeadores para que se faça em toda a parte uma primavera da misericórdia.