“Em todos os trabalhos, procuramos ser uma viva presença de Maria”.
Karen Bueno – Era 1 de outubro de 1926 quando as novas vocações chegaram a Schoenstatt, dispostas a entregar tudo pela Obra da Mãe Três Vezes Admirável. Há 90 anos era fundado o primeiro Instituto Secular do Movimento Apostólico de Schoenstatt, a comunidade das Irmãs de Maria.
Nove décadas depois, muita vida foi gerada e a comunidade – secular por natureza – foi se aperfeiçoando com “a mão no pulso do tempo”. Por ser o primeiro Instituto fundado, o Pe. José Kentenich pode transmitir muita riqueza espiritual à família das Irmãs de Maria e depositou, por assim dizer, a responsabilidade pelo crescimento de Schoenstatt em seus ombros e corações juvenis.
Ir. M. Silvia Regina Formagio, superiora da Província Tabor, de Atibaia/SP, conta-nos um pouco sobre as origens da comunidade, que entra na última década a caminho do centenário:
O surgimento do Instituto
Como todas as obras de Deus, nosso Instituto nasceu na simplicidade e na aspiração a um grande ideal.
Vendo o desenvolvimento da Obra iniciada em 18 de outubro de 1914, o Pe. José Kentenich, inspirado pela Mãe de Deus, iniciou em 1925 a fundação das Unionistas Profissionais – o primeiro grupo feminino do Movimento Apostólico de Schoenstatt –, para o desempenho das tarefas, no lugar Schoenstatt. Dessa pequena semente surgiu nosso Instituto, no dia 1º de outubro de 1926.
As primeiras – entre elas, Emilie Engel – chegaram a Schoenstatt em 1926, deixando sua profissão para dedicar-se exclusivamente a nova fundação.
O objetivo do Pe. Kentenich era formar pessoas inteiramente doadas no espírito de Schoenstatt, para serem alma do Movimento Apostólico. Seu motivo mais profundo era formar em Schoenstatt uma central onde se cultivasse o mais elevado amor à Maria e a atitude apostólica, a fim de reconquistar o mundo para Cristo.
A comunidade no Brasil
Nosso Fundador possuía um pensar estratégico. Em vista do Nacional-Socialismo, que dominava na Alemanha desde 1933, inspirado pela Divina Providência, “com o ouvido no coração de Deus e a mão no pulso do tempo”, já em 1933 ele enviou as primeiras Irmãs para o além-mar, para a África e, em 1935, para o Brasil.
As doze pioneiras chegaram a Jacarezinho/PR no dia 12 de junho de 1935, trazendo no coração as palavras do Fundador: “Somente duas coisas as senhoras deverão levar no vasto mundo: a Cruz e o Santuário.” Numa confiança sem reservas no “Mater habebit curam” (A Mãe de Deus cuidará), elas foram enviadas para sua grande terra de missão e assim Schoenstatt começou a viver em nossa Pátria.
Com um início extremamente pobre, nossas Irmãs colocaram um sólido fundamento, empenhando tudo numa vida sacrifical e no amor indiviso a Schoenstatt.
Hoje, como fruto, podemos contemplar 22 Santuários no Brasil, irradiando vida schoenstattiana e transformando nossa pátria num Tabor das glórias de Cristo e Maria.