“Na misericórdia do Pai, santidade e missão na família”
Karen Bueno – Com a oração da manhã preparada pela Juventude Apostólica de Schoenstatt, inicia o segundo dia do Congresso de Outubro do regional Sudeste, em Atibaia/SP. As lideranças dos ramos, comunidades e apostolados do Movimento Apostólico de Schoenstatt, reunidas no auditório Pe. José Kentenich, seguem com mais um dia de reflexão neste sábado de manhã, 22 de outubro.
Na tua misericórdia
Ir. M. Diná Batista de Souza conduz a primeira palestra do dia, com o tema “Na Misericórdia do Pai”. Ela questiona: “O que Deus espera da Igreja e de nós, após o dia 20 de novembro de 2016, quando se encerra o Ano da Misericórdia?” E responde: “Uma atitude de misericórdia inserida na vida da Igreja, de Schoenstatt, da evangelização. Somos convidados a olhar o novo ano schoenstattiano nessa perspectiva: chamados a ser Schoenstatt em saída, a agir em todas as situações na misericórdia do Pai”.
Fundamentada na Carta de Natal escrita pelo Pe. José Kentenich em 1965, ela recorda a nova imagem de Pai, de filho e de comunidade que o Fundador propõe. “Nós, Família de Schoenstatt pós-centenário da Aliança de Amor, queremos impregnar o mundo com a Cultura da Aliança, que se concretiza na nova imagem de Pai, um Pai de misericórdia. Essa cultura da Aliança só poderá ser gestada e configurada se procurarmos encarnar em nossa vida a nova imagem de filho, isso é, o filho miserável e digno de misericórdia, o filho heroico do Tabor”.
Ir. M. Diná convida cada congressista a recordar a experiência da misericórdia de Deus em sua vida pessoal, pois essa experiência, diz ela, “é o núcleo da fecundidade apostólica”. Nas palavras do Papa Francisco: “…cada um de nós guarda no coração uma página muito pessoal do livro da misericórdia de Deus”.
Já introduzindo o tema que será abordado durante a tarde, ela recorda que a misericórdia começa na família e é a partir dela que deve ser irradiada ao mundo. Para finalizar, traz três mensagens que o Pai e Fundador ofereceu à Família de Schoenstatt de Milwaukee/EUA, no final do exílio: “Filho, não esqueças tua Mãe. Filho, não esqueças a misericórdia do eterno Deus Pai, pois atrás dela está também a misericórdia da Mãe de Deus. Filho, não esqueças a tua miséria”.
À luz de Amoris Laetitia
Em seguida, o diretor nacional do Movimento e assessor do regional Sudeste, Pe. Alexandre Awi Mello, convida a “colocar os óculos da Aliança de Amor” para contemplar a Exortação Apostólica Amoris Laetitia, do Papa Francisco. Isso porque, diz ele, Schoenstatt é uma Família e quer formar família.
Pe. Alexandre apresenta a estrutura do documento e sua essência, que é, como diz o título, sobre o amor no matrimônio. Ele reflete sobre a importância que o Pai e Fundador, Pe. Kentenich, daria a esse texto, destacando que a perspectiva da alegria na família, evidenciada pelo Papa, é a mesma que o Pe. Kentenich sempre ressaltou.
Os “óculos da Aliança” permitem encontrar vários princípios em comum entre o documento e o pensar do Pe. Kentenich; entre eles está a grande valorização da liberdade, o movimento de renovação do mundo a partir da família e uma pedagogia mariana. “No tesouro do coração de Maria, estão também todos os acontecimentos de cada uma das nossas famílias, que Ela guarda solicitamente. Por isso pode ajudar-nos a interpretá-los de modo a reconhecer a mensagem de Deus na história familiar” (AL 30).
Experiências de missão
Ao estilo schoenstattiano de Missões Familiares, os congressistas são convidados a formar as famílias missionárias. Cada um deles é “adotado” por um casal e juntos formam uma família; a partir de agora, farão as refeições e atividades sempre juntos, como uma verdadeira família de missão. Essa experiência busca unir ainda mais as lideranças do Movimento e evidenciar a corrente de vida do ano no regional, que acentua a missão a partir das famílias.