Santidade e missão na família
Ir. M. Nilza P. da Silva – A tarde e a noite, do dia 22, no Congresso de Outubro do Regional Sudeste, em Atibaia/SP, foi uma vivência singular de família. Começa com uma grande alegria: a Família de Schoenstatt de Caieiras/SP anuncia que o novo Santuário tem data marcada para a inauguração: 17 de setembro de 2017. Agende isso em seu calendário! A primeira pazada para a construção será no dia 3 de dezembro.
Então, os “pais” reúnem seus filhos para um momento de diálogo sobre a Encíclica Amoris Laetitia. Quase todos os espaços da Casa Schoenstatt Tabor são ocupados e o tema é a aplicação dos valores desse documento na vida prática. Após um intervalo, Mercedes Querol, do Rio de Janeiro/RJ, apresenta uma programação alegre e muito séria: “Encontro em Família!” Membros dos diversos ramos estão bem acomodados em “uma sala” – transformação do palco do auditório – para partilhar suas experiências reais sobre a santidade: no trabalho, no lar, no relacionamento com o próximo, no vínculo com Deus. O tempo passou muito rápido com os depoimentos desses irmãos na Aliança (foto) que contaram vários fatos nos quais a Aliança de Amor os fez tomar posturas difíceis, mas, conscientes de que o schoenstattiano precisa fazer a diferença e levar a sério a prática da misericórdia, de sua fé. O santo orgulho familiar tomou conta do coração dos presentes e seu estímulo para continuar se empenhando por uma cultura da Aliança.
Para que a alegria não termine
Na Santa Missa, presidida pelo Pe. Julio Fabiano Rodrigues Afonso, acompanhado pelos Pe. José Fernando Bonini e Pe. Alexandre Awi Mello, a liturgia de Maria Mãe de Misericórdia levou a todos os presentes para o acontecimento de Caná. Na homilia, o presidente da celebração diz que “em Caná, Maria se coloca no lugar do outro e age por compaixão. Ela não quer que termine a alegria na família, por isso, age com misericórdia”. Essa atitude é consequência da vivência pessoal de Maria, de ter sido escolhida por Deus, sem considerar-se merecedora de seu amor. “Quem vivencia que recebeu misericórdia se torna misericordioso para com os outros. Foi ela quem formou nosso Pai e Fundador. Ele sabia ser amado por ela… Assim como em Caná, Maria pediu a ajuda dos servos, para que Jesus realizasse o milagre, hoje também ela pede a nossa ajuda, por meio das contribuições ao Capital de Graças, para que não termine a alegria em cada família. Nossas práticas de misericórdia são as melhores contribuições. O encontro com Jesus, na eucaristia, foi para essa família uma súplica para que sua misericórdia divina viva em cada coração”.
A partilha ao redor da mesa
No jantar, ao ar livre, as “diversas famílias” estão novamente reunidas ao redor da mesa. O diálogo é tematizado por vários bilhetes encontrados ao centro da mesa e, assim, vários assuntos vem em pauta, desde os gostos pessoais, datas importantes na caminhada em Schoenstatt, a crise atual, livros e músicas etc. Numa “olimpíada familiar”, veio em pauta o conhecimento de vários ramos da Família de Schoenstatt e não faltou o canto entoado juntos, sem preocupar-se com a afinação, mas, na alegria do convívio.
Em seguida, todo espaço do Santuário foi pontuado por vários locais de adoração ao Santíssimo, pois os grupos tiveram a oração em família. Momento especial, foi o encontro de todos os grupos, diante do Santuário, para a entrega de rosas para a Mãe de Deus, a oferta da foto de sua família natural, a renovação da consagração e o recebimento se um singelo presente, afinal, quando os filhos se reúnem na casa da Mãe, ela sempre gosta de dar-lhes mimos.
A alegria do amor
Ronaldo Cominado, do Jaraguá/São Paulo, assegura que vivenciar família na Obra de Schoenstatt é uma grande contribuição para a família natural: “Nosso Pai fundou a Obra como uma Família. Então, a Família de Schoenstatt olha para a família natural para aprender como se vive o amor. Mas, a família natural também olha para a Família de Schoenstatt a fim de aprender como o Pai deseja que seja uma família autêntica. É uma ajuda mútua.” Na Aliança de Amor a Mãe e Rainha de Schoenstatt forma Família, pois conduz os filhos ao Pai, lhes dá uma forte consciência de pertença e lhe confia a missão. A missão é o transbordamento da vivência de misericórdia, como revela Fátima Gabrieli, de Caieiras/SP, expressando o que muitos também querem dizer: “Eu sou muito feliz em Schoenstatt e gostaria que muitas pessoas sejam felizes como eu.” Assim, se confirma o que o Papa Francisco escreve e sua encíclica: “A ALEGRIA DO AMOR que se vive nas famílias é também o júbilo da Igreja.”