Padres de Schoenstatt têm nova direção.
Karen Bueno – Nesta terça-feira, 1º de novembro, toma posse a nova direção do Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt no Brasil. A partir de agora, Pe. José Fernando Bonini é o novo superior e, junto com ele, Pe. Alexandre Awi Mello assume como primeiro conselheiro e Pe. Afonso Wosny como segundo conselheiro. No contexto dos 50 anos da chegada da comunidade ao país, esse é um período de gratidão e de renovado amor à missão.
Para falar sobre essa nova etapa, Pe. José Fernando conta sobre as perspectivas e o sobre o papel da direção. Acompanhamos a ocasião com nossas orações e confiando na atuação da Mãe e Rainha por meio de seus instrumentos chamados à missão.
Qual é a função da direção do Instituto, que tarefas lhe competem?
Pe. José Fernando – A tarefa principal é conduzir o Instituto dos Padres de Schoenstatt, que por sua vez tem uma missão, estar a serviço na condução e animação do carisma e da Obra de Schoenstatt no Brasil. A condução envolve pessoas, meus irmãos padres, por isso que uma das funções principais, eu creio, é lançar meu olhar para os padres, que são aqueles que levam a missão adiante; ter um olhar para eles, captar suas necessidades, mas também seus anseios mais próprios e ajudá-los a colocar tudo isso a serviço da nossa missão. Essa condução é colegiada, é composta do superior e dois conselheiros. Isso é muito bom, pois não estou sozinho.
Quais os principais desafios para o Instituto no Brasil hoje?
Eu creio que o principal desafio é a grandeza e o desenvolvimento enorme da Obra de Schoenstatt no Brasil, por um lado, e a pequenez de nosso Instituto dos Padres, por outro. Nós somos 17 Padres no país hoje, alguns já idosos e não mais atuando pastoralmente. Sem dúvida, esse é o nosso maior desafio: como trabalhar de tal forma que possamos servir essa a Obra com as poucas forças que temos.
Percebemos, por outro lado, que o limitado número de sacerdotes é, ao mesmo tempo, uma barreira, mas também uma força para o Movimento, pois a entrega e dedicação desses Padres para um país tão grande faz fecundar ricos frutos…
Como comunidade dos Padres de Schoenstatt no Brasil, nós somos muito unidos, levados por uma mística clara, nosso vínculo a Cristo. Somos, dentro da organização internacional do nosso Instituto, a Região Sião de Cristo. Esse nome leva também nossa Missão no país, tem a ver com o Ideal Tabor, que o Padre José Kentenich, nosso Fundador, deixou para o Brasil. Isso nos une como irmãos, de tal forma que caminhamos em aliança com Cristo e uns com os outros. Tudo isso fomos conquistando com o tempo e vejo hoje que existem condições muito favoráveis para que continuemos a crescer e servir, dando o melhor de nós. Sou grato a Deus por ter me colocado essa nova missão justamente nesse momento. Sinto nossa Comunidade de Padres como um grande presente.
Enquanto superior dos Padres de Schoenstatt, o senhor também se torna coordenador da Presidência Nacional do Movimento Apostólico de Schoenstatt no país. O que isso quer dizer?
É verdade e isso é um bonito desafio também, porque traz para nós, Padres de Schoenstatt, através do Superior, o contato e o intercâmbio frequentes com os outros Institutos e Comunidades de Vida Consagrada da Obra de Schoenstatt. Trata-se de um espaço para ouvir e partilhar a vida com as outras comunidades de vida consagrada que pertencem à Obra de Schoenstatt, famílias, leigas e leigos consagradas/os representadas/os nesse grêmio. Esse intercâmbio é fundamental e complementa a função de superior, que é minha primeira função, pois me ajuda a não perder a perspectiva do todo, que é a Obra de Schoenstatt.
No que consiste essa Presidência?
A Presidência Nacional do Movimento não tem, em primeiro lugar, uma função normativa, ela é muito mais um espaço de diálogo entre as diferentes comunidades, de tal forma, que possam caminhar juntas. Nela se expressa concretamente o aspecto federativo da Obra de Schoenstatt, como desejou nosso Fundador.
Como o senhor assume, o que espera a partir de agora para sua comunidade e para o Movimento?
Eu trabalhei até então com famílias, juventude e paroquia. Toda essa experiência trago comigo, é algo muito lindo. Sobretudo ultimamente, internamente no Instituto dos Padres, trabalhei na formação em nível internacional, acompanhando Padres da Nigéria na última etapa de sua formação, já como sacerdotes. Através desse serviço, creio que fui aprendendo muito, ganhando um olhar mais amplo de que formação não é algo só para quando se está no seminário, mas algo para toda a vida. Pela vida, a Comunidade forma constantemente. Isso significa nos ajudarmos mutuamente no crescimento humano, espiritual e na santidade. Como Superior, eu gostaria de atuar assim, com essa perspectiva da formação, e levar isso aos meus irmãos. Que possamos crescer juntos, ajudando uns aos outros em nossa vida, em nosso sacerdócio e em nossa missão, naquilo que o nosso Pai e Fundador, Pe. José Kentenich espera de nós para sermos a Comunidade de Padres que ele desejou.
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