Chuva de graças para corações misericordiosos.
Ir. M. Daniele Araujo – Com o coração repleto de alegria e gratidão, aproximadamente 2000 peregrinos vindos das Arquidioceses do Rio de Janeiro e de Niterói, também da Diocese de Petrópolis e de outras dioceses do estado, participaram do fechamento da Porta Santa da Misericórdia no Santuário da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, no Rio de Janeiro/RJ.
Esse dia foi preparado com um tríduo em ação de graças, culminando, no último dia, com as 24 horas para o Senhor. A Santa Missa no sábado, às 12 horas, presidida pelo Pe. André Vilar de Moraes Martins, da Paróquia Imaculada Conceição, bairro Recreio, marcou o começo da jornada de oração e, a partir daí, seguiu-se com a adoração ao Santíssimo Sacramento de hora em hora.
No dia 13 de novembro, sob as bênçãos dos céus, já antes das 8 horas muitos peregrinos chegavam ao Santuário para passar, nesse último dia, pela Porta Santa. A intensa chuva não impediu que muitos participassem da solenidade e em seus corações traziam sentimentos de gratidão por tantas graças recebidas no decorrer deste ano e suas súplicas à Mãe e Rainha da Misericórdia.
Na Tenda dos Peregrinos, antes da Santa Missa, todos os que chegavam, de perto ou de longe, eram acolhidos. Para esse momento foi aplicada uma reflexão sobre o Ano Santo, preparando a atmosfera para a Santa Missa que se iniciou pontualmente às 10 horas.
A Missa foi presidida pelo Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, e concelebrada pelo Cnego Abílio Soares De Vasconcelos, da Paróquia Santa Terezinha, com a participação de diáconos e seminaristas. Durante a Santa Missa, Pe. Ricardo Boguslaw Batkiewicz, da Paróquia São Sebastião, atendeu as confissões.
A Tenda dos Peregrinos tornou-se pequena para tantos filhos que, sob o olhar da Mãe e Rainha de Misericórdia, participaram desse momento tão único e especial. Cada lugarzinho fica tomado pelos peregrinos e muitos ainda participam da Santa Missa nos jardins, com o guarda-chuva aberto para acompanhar esse momento.
Após a procissão de entrada, Ir. M. Dioneia Lawand acolheu Dom Orani, os sacerdotes e todos os peregrinos.
A liturgia foi preparada pelo Conselho da Família de Schoenstatt do Rio de Janeiro, seguindo o rito e as orientações dirigidas pelo Vaticano, e solenizada com o coral da Paróquia Imaculada Conceição.
Dom Orani enfatizou, em sua homilia, a certeza de que o Ano Santo não se encerra, a porta não se fecha, mas, ao contrário, já abriu-se um novo tempo: o Ano Mariano na Igreja no Brasil e o ano da família na Arquidiocese do Rio de Janeiro.
Bênção dos símbolos
Durante o Ano Santo, milhares de famílias, no estado, conquistaram um símbolo da Porta Santa por meio do material de estudos da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt, com o tema Minha Família, Casa da Misericórdia. Muitos levaram esse símbolo para ser abençoado durante a Santa Missa.
No final da celebração, o céu não cessou de derramar suas gotas de amor e, mesmo debaixo de chuva, Dom Orani seguiu à Porta Santa, acompanhado de muitos fiéis, para o fechamento da Porta da Misericórdia. No Santuário, rezaram-se as orações próprias para o momento e o Cardeal, qual Bom Pastor, se aproxima da Porta e faz uma oração em silêncio. Todos rezam igualmente. Em seguida, ele diz as palavras do rito e asperge, com água benta, os que estão junto à Porta Santa. Todos os presentes exprimem sua alegria e ação de graças com as palavras da Mãe de Deus, cantando a misericórdia de Deus que se estende de geração em geração, suplicando que Ele continue a derramá-la sobre o mundo inteiro como orvalho matutino. Todos cantaram o Magnificat, enquanto Dom Orani e toda a assembleia se voltava à Porta Santa, que é então fechada.
A Sra. Maria Helena das Dores comenta: “Foi realmente um dia muito santo e um ano bastante abençoado, de muita conversão. Saudades dessa rica oportunidade que a Igreja Católica nos proporcionou. O Ano Santo da Misericórdia teve para mim um sentido muito maior, a partir da experiência maravilhosa da Aliança de Amor com Maria, a Mãe da Misericórdia. A cada encontro, ela nos conduziu a seu filho Jesus, a cada ida ao Santuário, experimentei a misericórdia do Bom Deus e a força das graças que brotam do Santuário: abrigo espiritual, transformação interior e fecundidade apostólica. Este tempo ficará marcado em minha vida para sempre”.