“A partir de hoje, nunca mais eu vou olhar do mesmo jeito para o quadro de Nossa Senhora”
Karen Bueno – O Santuário Original, em Schoenstatt, Alemanha, recebeu a peregrinação de um grupo de 130 brasileiros com o acompanhamento espiritual do Pe. Fábio de Mello. A peregrinação foi organizada pela comunidade Obra de Maria, junto com a Canção Nova, no final de outubro.
Como chegou antes dos peregrinos, Pe. Fábio acompanhou a visita guiada pelo Centro Internacional do Movimento Apostólico de Schoenstatt, conhecendo melhor a espiritualidade da Obra, sua história, o que significa a Aliança de Amor e sua ligação com a fé prática na Divina Providência. Ir. M. Isabel Machado, responsável pelos grupos de língua portuguesa, o acompanhou e falou sobre o Fundador do Movimento, Pe. José Kentenich, indicando que Nossa Senhora tem a missão especial de Educadora no Santuário.
Conhecendo de perto a origem de Schoenstatt, o sacerdote pode rezar por um longo momento no Santuário Original, encontrando o olhar misericordioso da Mãe. Antes da Santa Missa, ainda visitou a Capela do Fundador, onde fica o túmulo do Pe. Kentenich, e também ali rezou por alguns momentos.
A Santa Missa foi presidida na Igreja da Adoração. Na homilia, Pe. Fábio de Mello recordou que uma das áreas da Teologia lança, como um dos seus primeiros questionamentos, a pergunta se Jesus, quando era pequeno, já sabia que ele era Deus? Ou se essa consciência foi crescendo nele com o tempo? Para o sacerdote não existe uma resposta definitiva, mas ele acredita que Jesus foi crescendo no conhecimento de sua condição divina como Filho de Deus. Uma coisa, contudo, é importante, houve duas pessoas que o ajudaram no processo de crescimento em sua missão divina: São José e Nossa Senhora. De São José ele aprendeu o silêncio e de Nossa Senhora ele aprendeu o servir, indica o padre.
Aqui em Schoenstatt – diz ele – Nossa Senhora é Educadora. Vocês sabem o que significa isso? Que essa mulher que educou Jesus, educa também a nós, é a mesma pessoa. Essa mulher que educou o Filho de Deus quer me educar para que eu seja parecido com Jesus.
Pe. Fábio confessa que no começo não queria ir a Schoenstatt, pois não encontrava motivos para estar lá, mas que agora estava muito claro o porquê desse caminho – diz isso se virando para uma senhora e agradecendo-lhe pela insistência em passar no Santuário. Ele conta que teve uma surpresa muito grande em Schoenstatt, ao descobrir a normalidade do carisma, que é uma espiritualidade ‘pé no chão’, que procura ver Deus por meio dos acontecimentos – o que é muito importante para ele, afirma. Diz ainda que o Pe. Kentenich é uma pessoa inspirada por Deus para descobrir esse caminho da fé prática na Divina Providência.
“A partir de hoje, nunca mais eu vou olhar do mesmo jeito para o quadro de Nossa Senhora, da Mãe e Rainha. Por favor, olhem para esse quadro e vejam como ela olha para nós”, pede aos peregrinos. Ele explica que isso acontece por dois motivos: primeiro porque “Maria é uma Mãe que tem tempo para nós; não é como as pessoas que estão a nossa volta, que enquanto nós falamos com elas, estão olhando no celular, mandando mensagem, se ocupando com outras coisas. Não! Nossa Senhora tem tempo, ela tira tempo para mim. E outra coisa, Nossa Senhora olha porque ela precisa de mim, isso é o ‘nada sem ti, Maria, nada sem mim’”.
As palavras encontram eco no coração dos peregrinos, que buscaram o olhar da Mãe de uma maneira renovada no Santuário Original. Isso fica claro na grande procura por imagens da MTA, que fizeram questão de levar consigo na volta para casa.