“Espero que seja um lugar de acolhida”
Karen Bueno – Em muitos lugares, há pessoas que sonham com a construção de um Santuário Filial de Schoenstatt próximo ao local onde vivem. Aos poucos e após muitos anos de luta e empenho – cerca de 30 anos –, a Família de Schoenstatt de Caieiras/SP vê seus anseios tornarem-se vida. Com a construção desse novo Centro do Movimento Apostólico, a Diocese de Bragança Paulista/SP terá seu segundo Santuário consagrado à Mãe e Rainha – o Santuário de Atibaia/SP pertence à mesma Diocese.
Nesse contexto, o Bispo de Bragança Paulista, Dom Sérgio Aparecido Colombo, comenta sobre a conquista do futuro Santuário – que será inaugurado no dia 17 de setembro de 2017 – e dá algumas dicas para bem viver o Ano Mariano no Brasil. Acompanhe:
Dom Sérgio, em sua visão de pastor, que contribuições o Movimento Apostólico de Schoenstatt traz para sua Diocese?
Tudo na Igreja de Jesus é sempre bem vindo quando é para evangelizar, para anunciar o Evangelho, anunciar Jesus. Nesse sentido, Schoenstatt – e também tantos outros movimentos – são sempre bem vindos. Essa é a contribuição: a evangelização nos nossos dias, com os desafios que nos marcam; daí a preocupação do Papa com uma Igreja em saída, que não está voltada para ela mesma, mas uma Igreja aberta para o mundo, solidária e presente no mundo.
Necessitamos entrar na dinâmica e na ação evangelizadora da Igreja, partindo sempre de Jesus, anunciando a ele: o nome, a pessoa, o projeto, os gestos dele; não só com palavras e discursos, mas com o nosso testemunho, porque o nosso testemunho é a nossa experiência que deve encantar as pessoas, para que elas possam fazer o mesmo.
Bragança Paulista é uma das únicas dioceses no Brasil que terá dois Santuários Filiais da Mãe e Rainha. Que consequências isso gera para a vida local?
Um Santuário, como o de Atibaia ou o que estamos preparando em Caieiras, é sempre uma referência, um ponto de encontro, de comunhão com a Mãe de Jesus. Aprendemos isso, que ela nos leva a Jesus, essa é a função do Santuário: levar as pessoas, com a Mãe, até Jesus, porque ele é nossa vida e nossa salvação, é ele que se encarnou e deu a vida por nós.
[Um Santuário] traz aproximação das pessoas, criam-se laços. As pessoas percebem que elas não estão sozinhas, que têm sempre uma referência. Uma cidade, uma diocese com um Santuário de Nossa Senhora, ou de Jesus, sempre faz a diferença, porque é realmente um lugar de onde jorram as bênçãos, as graças, de modo todo especial, vindas de Deus.
O que o senhor espera com a construção do novo Santuário de Caieiras?
Eu espero que seja um lugar de acolhida. Que as pessoas que passarem por esse Santuário sejam motivadas, de novo, para o seguimento e testemunho de Jesus.
Que conselhos o senhor nos dá para vivermos bem o Ano Mariano?
Caminhar com Maria. Maria é a Mãe da Igreja, é a nossa Mãe. Ela é Mãe de Jesus, que é cabeça da Igreja, então, Mãe dos membros da Igreja, que somos nós. O Concílio Vaticano II deixou isso bem claro: Maria sendo acolhida e venerada no mistério de Cristo e da Igreja. A gente não pode separar Maria da Igreja e da comunidade, senão corre-se o risco de torná-la como que um ‘ídolo’ ou uma ‘deusa’, e ela não quer isso, ela quer ser Mãe. A Mãe é aquela que cuida, que vela, que zela, muitas vezes silenciosa; que sorri, que chora, que guarda no coração. Então, nós aprendemos tudo isso de Maria, a simplicidade diante do mistério, o acolhimento, a bondade, a alegria, o silêncio – ela é totalmente voltada para realizar a vontade de Deus. É assim que nós vamos viver o Ano Mariano, com Maria, aprendendo os valores e princípios que vão norteando o nosso caminhar para Jesus.