“Eu diria que Belmonte e Tabor podem se complementar”.
Karen Bueno – O Centro Internacional de Roma/Belmonte, do Movimento Apostólico de Schoenstatt, tem, a partir deste domingo, 22 de janeiro, um brasileiro como reitor: Pe. Marcelo Adriano Cervi, Sacerdote Diocesano de Schoenstatt. Esse Centro tem uma importância singular na história e na vida do Movimento, pois representa a presença de Schoenstatt a serviço e no coração da Igreja, como deseja o Pai e Fundador, Pe. José Kentenich.
Pe. Marcelo pertence à Diocese de Jaboticabal/SP e nos últimos anos foi pároco da comunidade São João Batista, em Bebedouro/SP, e superior do Instituto Secular dos Padres Diocesanos de Schoenstatt no Brasil e da região Novo Belém, no Cone Sul americano.
Sobre a missão que Belmonte e o Santuário Matri Ecclesiae representam para o Brasil, ele explica em entrevista:
Morando tão distantes de Roma, como podemos viver o espírito de Belmonte em nossa realidade do dia a dia, seja nas paróquias, comunidades ou mesmo na família?
Pe. Marcelo: Penso que a realidade do dia a dia precisa ser inflamada desse espírito de Belmonte, que é o espírito da eclesialidade, ou seja, da nossa inserção total e plena na Igreja. Nós queremos, sim, ser um Movimento Apostólico, um Movimento Mariano, de educação e de educadores, nós queremos compartilhar o carisma do nosso Pai e Fundador, vivendo a Aliança de Amor. E acho que isso nos impulsiona a uma busca de comunhão muito grande entre nós e na Igreja. Eu definiria o espírito de Belmonte com essa expressão que estamos usando tanto nesses tempos, a “cultura de Aliança”; cultura de aliança na paróquia, na comunidade, na família, entre nós, no Movimento de Schoenstatt, e isso é muito simples. Eu acho que, em primeiro lugar, a cultura da aliança se dá no desejo de saída, no sair de nós mesmos: sair de nós em direção a Deus, ao próximo, sair do nosso “eu” em direção ao mundo. Esse é o desejo, a aspiração, a missão que Belmonte quer nos dar.
Em sua visão, o que o Pai e Fundador espera de nós à luz da missão de Belmonte?
Se o “18 de Outubro de 1914” foi justamente o início de uma torrente de graças incrível, Belmonte é como que o projetar-se dessa corrente em direção ao mundo. Belmonte quer ser o PÚLPITO do nosso Pai e Fundador na Cidade do Santo Padre. Em geral, os Movimentos e realidades eclesiais têm sua sede ou representação oficial em Roma e agora, com o Santuário e o Centro Internacional de Roma/Belmonte, também o Movimento Apostólico de Schoenstatt tem o seu lugar e marca o seu espaço, com sua originalidade e carisma, a serviço da Igreja!
Eu espero que, de Roma, possa colaborar e ajudar todos a entenderem o que significa isso concretamente, à luz do nosso ideal Tabor aqui no Brasil, que neste ano comemora seu jubileu. Eu diria que Belmonte e Tabor podem se complementar.
O senhor já tem alguma linha de trabalho para os próximos anos como reitor?
Ainda não tenho nada pensado de maneira concreta, mas a primeira e fundamental linha é estar ali para trabalhar junto com as Irmãs de Maria, com os Padres de Schoenstatt e com outros ramos do Movimento que levarem adiante a missão de Belmonte. Juntos, construiremos o plano de trabalho.
Ainda estamos em fase de estruturação do trabalho, mas posso adiantar algumas ideias. Em primeiro lugar o Centro Internacional é um Centro de Formação para líderes schoenstattianos do mundo inteiro. Ali queremos aprofundar a pessoa e missão do Pai e Fundador e o carisma do Movimento à luz da inserção plena na Igreja a serviço do mundo. Pensamos que isso se dará por meio de semanas intensivas ou cursos específicos. Depois, nosso Centro Internacional será um centro de acolhida para peregrinos dos quatro cantos do mundo que chegam a Roma e desejam hospedar-se conosco, com alguns diferenciais. Nessas oportunidades, manifestaremos nosso caráter de abertura e acolhida, nossa cultura de aliança e nossa proximidade com todas as realidades da Igreja.
Para saber mais sobre o Centro Internacional de Roma/Belmonte, acesse: roma-belmonte.info/pt