O que temos a oferecer no Ano Mariano?
Marcos e Cassiane Weizenmann – Sempre que estamos diante de um grupo que se prepara para selar sua Aliança de Amor com a Mãe Três Vezes Admirável, seja na Liga de Famílias, seja na Campanha da Mãe Peregrina, perguntamos numa das reflexões de preparação: “O que é necessário para começar uma família?” Normalmente as primeiras respostas aparecem na esfera dos sentimentos: para haver família é necessário amor, confiança, respeito… Aos poucos vamos perguntando o que é necessário haver concretamente para que surja uma família. Então veem repostas mais concretas e concluímos que, para haver família, é necessário que haja primeiramente um PAI e uma MÃE, um homem e uma mulher dispostos a constituir uma família. Assim chegamos num ponto importante!
Mas algo mais é necessário… O quê? Nesse momento voltam as respostas na linha dos sentimentos, atitudes e valores: é preciso amor, paciência, fé, esperança, confiança… Insistimos, então, que há algo ainda bastante concreto que é importante antes que o filho venha… “Quem casa quer casa”, diz o ditado popular… Então a resposta surge: é preciso um lugar para se viver, para se constituir a família. É preciso um LAR! Agora sim: temos três elementos básicos para que os filhos possam vir com as condições mínimas para desenvolverem-se: um pai, uma mãe, um lar.
Somos uma Família com Pai, Mãe e Lar
Assim podemos refletir sobre o caráter familiar do nosso Movimento Apostólico de Schoenstatt. Somos, de fato, uma Família. E começamos a ser Família nesses mesmos três elementos básicos. Temos um PAI, que é nosso Fundador, Pe. José Kentenich, reflexo do próprio Deus Pai, fonte de toda a paternidade. Temos uma MÃE, a Mãe de Deus e nossa, a Mãe Três Vezes Admirável, com quem a geração fundadora e cada um dos participantes de Schoenstatt selou uma Aliança de Amor. Temos um LAR, o Santuário, a pequena capelinha na qual a Mãe de Deus se estabeleceu.
Uma família com pai, mãe e lar pode acolher de forma minimamente satisfatória os filhos que virão! Quantas são as famílias, em nossos dias, que não possuem essas condições básicas para receber os filhos… Por outro lado, sabemos por experiência como os filhos podem desenvolver mais plenamente o seu potencial quando encontram a presença de um pai e de uma mãe unidos no amor, com sua vida centrada em Jesus Cristo e, por isso, capazes de gerar um verdadeiro lar para sua família.
Essa experiência nós a fazemos também no Movimento de Schoenstatt. São muitos os filhos de nosso Pai e Fundador, são diferentes os ramos e estados de vida desses numerosos filhos. Temos homens e mulheres; crianças, jovens, adultos e idosos; irmãs, padres, irmãos, mães, jovens, famílias… Temos participantes de Ligas, Uniões, Institutos e um vasto Movimento de Peregrinos… Tantos filhos diferentes gerados na força daquela Aliança de Amor de 18 de outubro de 1914!
Em toda família, os filhos são diferentes, cada um com sua vocação e característica própria. Os pais, na sua missão de educar, ensinam os filhos a entender, crescer e completar-se com os diferentes dons de cada irmão, também com as limitações de cada um, formando um laço de amor que, apesar das diferentes características das pessoas, não se perde. Ao contrário, estreita-se e perdura. Assim também ocorre na Família de Schoenstatt. Cada comunidade, com sua vocação própria, com seu ideal único, apresenta aos demais novos aspectos da riqueza que é viver a Aliança de Amor. E cada comunidade é chamada a enriquecer-se com a vida em Aliança alcançada nas demais “comunidades-irmãs”!
“É um grande presente que temos a oferecer à Igreja”
Esse dom da familiaridade sempre esteve presente em nosso Movimento de Schoenstatt. A recente celebração do Centenário da Aliança de Amor despertou ainda mais essa consciência, essa descoberta. Nesse segundo centenário de Schoenstatt, ainda começando, somos chamados a crescer ainda mais em nosso caráter familiar.
Esse caráter familiar de nosso Movimento é um dos grandes presentes que temos a oferecer à Igreja de hoje e dos próximos tempos. Uma Igreja-Família, uma Igreja onde todos se sentem profundamente filhos e onde cada filho compartilha seu dom e sua vocação com os outros, alimentando-se também da fidelidade dos outros ao seu chamado na Igreja e no mundo!
Uma das formas de descrever Schoenstatt é dizer que se trata de uma “federação de comunidades”. Sim… É verdade… Mas a nós parece mais autêntico dizer que somos uma “FAMÍLIA de comunidades”, com o mesmo Pai, a mesma Mãe, unidos no mesmo Lar, nosso Santuário!
Era assim que muitas vezes o nosso Pai e Fundador iniciava suas conferências. Ele começava dizendo: “Minha querida Família de Schoenstatt…”
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