Uma romaria criada pelo Pozzobon.
Ir. M. Rosequiel Fávero – Na manhã de 5 de fevereiro, um grupo pequeno de peregrinos chamou a atenção de quem trafegava na renovada RS 287, na entrada de Santa Maria/RS. Na frente ia cruz, bandeira e a Imagem Peregrina Auxiliar da Mãe e Rainha. “Não importa que sejamos poucos, o importante é que não deixemos morrer essa romaria que era tão querida ao ‘Senhor João’ (Pozzobon)”. Disse feliz um dos poucos peregrinos que fez o trajeto completo.
Desde 1959, quando teve a ideia de fazer peregrinar pequenas imagens da Mãe e Rainha de Schoenstatt entre grupos de 30 famílias, João Pozzobon iniciou esta romaria, recordando o envio das duas primeiras imagens. Naqueles anos, não havia a ‘cultura das férias’ atual e muitas pessoas participavam com alegria, no primeiro domingo de fevereiro, da ‘Concentração das Famílias e das Imagens Peregrinas’. Cada ano, no final da Santa Missa Campal diante do Santuário, muitas bênçãos eram dadas, inclusive a bênção de São Brás (contra as doenças da garganta), santo recordado pela liturgia no dia 3 de fevereiro.
Passadas mais de cinco décadas, embora a cidade de Santa Maria esteja quase vazia neste tempo, porque escolas e Universidades ainda não voltaram às aulas, a romaria foi realizada novamente. Neste ano, mais uma dificuldade se colocou ‘no caminho’: a estrada por onde sempre trafegou a procissão foi duplicada, não deixando mais espaço para pedestres. Por isso um número muito reduzido, em fila indiana, percorreu o caminho desta vez. No ano que vem: veremos!
Mas o que foi de certa forma heroísmo, se tornou alegria e celebração na chegada ao Santuário e ao local da Santa Missa: dezenas de missionários esperavam, com suas imagens peregrinas, pela chegada da ‘procissão’. Inclusive um ônibus de peregrinos da cidade de Caçapava do Sul/RS.
Com muito carinho, Pe. Alexsandro Miola, sacerdote palotino, acolheu os participantes, enaltecendo a força missionária da Campanha da Mãe Peregrina. E não cansou de agradecer e incentivar os missionários e missionárias que emprestam pés, mãos, sorriso e coração para a Mãe e Rainha poder visitar e acolher a tantas famílias.
No final da celebração, chegou o momento tão esperado: com suas imagens peregrinas, os missionários formaram um grande semicírculo diante do altar para serem abençoados e renovarem seu compromisso.
Assim, 58 anos após o primeiro envio feito por João Pozzobon, os missionários presentes foram (re) enviados em missão. Após, ‘como reza a tradição’, todos os que quiserem puderam receber individualmente a bênção de São Brás.