Dom Wilson: “Está se trabalhando bastante para que o Santuário se torne realidade. E vai se tornar!”
Karen Bueno – A Família de Schoenstatt de Santa Catarina conta com a presença, o interesse e o estímulo do Arcebispo de Florianópolis/SC, Dom Wilson Tadeu Jönck, na conquista do primeiro Santuário Filial da Mãe e Rainha no estado.
O terreno já foi demarcado e o marco inicial para a obra – uma ‘pazada’ – já foi fincado pelo próprio Arcebispo na cidade de Biguaçu/SC, Arquidiocese de Florianópolis. Muita luta ainda aguarda a Família de Schoenstatt nessa conquista e muitas etapas precisam ser vencidas para a concretização da obra, que a princípio não tem previsão de inauguração. Mas a proximidade do pastor enriquece a luta e faz despontar a certeza de que a Mãe e Rainha quer estar presente com suas graças em solo catarinense. Dom Wilson nos conta:
Desde quando o senhor conhece o Movimento Apostólico de Schoenstatt?
Já faz tempo, conheço o Movimento há algumas décadas. Um dos contatos que tive foi em uma visita ao Santuário de Atibaia/SP, quando participei de uma semana de formação com um grupo de padres, mas já conhecia o Movimento de Schoenstatt antes. Depois trabalhei numa paróquia em Joinville/SC e lá tinha a visita das imagens [da Mãe Peregrina]. Mais tarde trabalhei muito próximo ao Movimento quando estava em Tubarão/SC, lá Schoenstatt é forte em várias paróquias e havia muitos encontros, era um pessoal muito ativo, muito vivo. E agora, em Florianópolis, também encontrei um pessoal muito disposto a caminhar e, sobretudo, disposto a encontrar um lugar para o Santuário. Parece-me que isso está acontecendo, [o Santuário] está virando realidade.
Que contribuição principal o Movimento traz para sua Arquidiocese?
Em primeiro lugar, a devoção a Nossa Senhora. Quem se torna amigo de Nossa Senhora acaba virando íntimo de Jesus e isso vai programando e dando forma a toda a vida da pessoa. Ela [a Mãe] sempre nos traz muito mais do que aquilo que podemos avaliar materialmente. Então, quando uma família recebe a visita da Mãe Peregrina e se coloca em oração, Nossa Senhora está na presença deles como esteve na presença daquele casal de Caná da Galileia. E Nossa Senhora quer caminhar com cada família, com cada pessoa. Essa é a primeira coisa que o Movimento traz, essa devoção, que é fundamental para vivermos e aprofundarmos nossa vida cristã de discípulos de Cristo.
Outra coisa que a Campanha nos traz é desenvolver a atitude de oração; reunir-se para rezar. Parece ser uma coisa tão simples, mas com um efeito muito grande na vida da pessoa. Toda pessoa que é capaz de tirar um tempo diário para rezar, organiza a vida de uma forma diferente. Para quem nunca consegue tirar um tempo de oração, a vida tem outra cor, é diferente. Então essa diferença de se ter uma vida de oração, nisso a visita da Mãe Peregrina ajuda e ajuda muito.
Outro aspecto que o Movimento de Schoenstatt, como é organizado, traz é o ‘reunir-se’. O grande valor da visita e desse modo de presença do Movimento de Schoenstatt. As pessoas não rezam sozinhas, o que já seria uma coisa muito boa. Esse ‘reunir-se’, junto com a oração, traz a conversa, tem o partilhar da vida, das dificuldades, das vitórias e isso tem uma importância muito grande, isso forma comunidade e formar comunidade é uma coisa muito, muito importante.
Sabemos que está bastante empenhado pela conquista de um Santuário em sua Arquidiocese, o primeiro do estado. Por que ele é importante para Florianópolis e para Santa Catarina?
Para nós tem uma importância muito grande, por ser um lugar de oração, um Santuário de visitação, um lugar onde as pessoas podem encontrar-se com Deus e, na presença de Deus, podem encontrar-se consigo mesmas. Penso que isso é importante. O Movimento de Schoenstatt tem uma dinâmica própria, uma dinâmica de vida cristã que é muito importante e gosto muito de saber que isso existe na Arquidiocese. Então para se construir um Santuário também está se movimentando as pessoas. Há um grupo não tão grande, mas muito empenhado, com muita disposição e está se trabalhando bastante para que o Santuário se torne realidade. E vai se tornar!
Dizemos que um Santuário Filial se constrói primeiro nos corações. Há que ter uma base de pessoas que sejam fiéis à Aliança de Amor para que ela não se rompa. Disso depende a vida de um Santuário. De que forma nós, Família de Schoenstatt, podemos nos preparar para a conquista desse Santuário?
A espiritualidade de Schoenstatt é muito conhecida em várias partes aqui de Santa Catarina. Por exemplo, se olhar a Diocese de Tubarão, que eu conheço, há um aprofundamento muito grande. E todo esse pessoal virá para cá [para o futuro Santuário de Biguaçu]. Na Diocese de Joinville também há uma devoção muito grande à Mãe Peregrina de Schoenstatt; também eles virão para cá. Outras dioceses eu conheço menos. À medida que a Mãe e Rainha vai visitando os lugares e vai se espalhando, essa comunidade de amor vai se formando. E penso que está se formando; quem é atingido, aos poucos se faz presente. O próprio Santuário ficará num lugar aprazível, bem interessante, um lugar que pode atrair uma pessoa por si só, e quem sabe essa pessoa também se torne um discípulo para caminhar com a Mãe Peregrina. Esse trabalho já está se fazendo. A presença das Irmãs de Maria é fundamental e há um grupo inicial que se reúne toda semana – já há celebração num local provisório – e um número significativo, eu diria estável, de pessoas, que daqui a pouco começará a aumentar.
O que o senhor espera com este Santuário?
Aquilo que se espera de todos os trabalhos na Diocese… Que seja, de fato, um local irradiador de espiritualidade, de seguimento de Cristo, de restauração das forças para o caminhar nos diversos trabalhos e naquilo que é implicação da vida cristã, na vida de discípulo de Cristo. Tenho certeza que o Santuário de Schoenstatt dará uma grande contribuição nesse sentido, de restaurar e revigorar as pessoas na sua caminhada e na fé.