“Deus ofereceu ao povo brasileiro a sua própria Mãe”: a Diocese de Jundiaí experimenta o abrigo da MTA.
Karen Bueno – A primeira romaria diocesana de 2017 ao Santuário de Atibaia/SP leva em torno de 6.400 peregrinos à casa da Mãe. Neste domingo, 19 de fevereiro, a Diocese de Jundiaí/SP enfrenta o calor e não abre mão de tomar lugar na fila para visitar a Mãe e Rainha no Santuário, que espera cada um pessoalmente neste Ano Jubilar Mariano.
Por toda parte, entre os milhares de filhos queridos da Mãe Três Vezes Admirável, incontáveis deles levam no peito, em meio a roupas e medalhas, a imagem da MTA, que é quase como um “uniforme de peregrinação”. As vestes, os olhares e o esforço dispensado no calor de 36 graus confirmam a certeza de que ‘Esta é a hora de Maria!’. E, pode-se dizer mais, ‘este é o tempo do Tabor!’.
O casal Clélia e Edson Maia, de Várzea Paulista/SP, conta que sempre peregrina ao Santuário e recentemente se tornaram missionários da Mãe Peregrina. “A Mãe sempre traz muitas bênçãos para nós, desde a primeira vez. Como viemos [ao Santuário] em fevereiro já começamos o ano bem”.
Uma chegada, uma mensagem
Grande aglomeração se junta na entrada do terreno para receber as boas vindas e iniciar a romaria. Entre conversas e cantos, chega uma visita especial deste dia: o carro com a imagem da Mãe Três Vezes Admirável e o quadro do Pe. José Kentenich, com fogos, bexigas e grande animação. Como há 70 anos, hoje o Fundador vem novamente para “anunciar as glórias de Maria” nesta terra do Tabor.
A Sra. Vera Lucia Toledo, de Jundiaí/SP, conta: “Toda romaria que tem no mês de fevereiro eu venho, não deixo de vir. Eu recebo a Mãe Peregrina todo mês em casa e venho atrás de muita paz, muita união na família. Hoje o mundo está muito violento, por isso sempre venho pedir a proteção de Deus”.
A peregrinação caminha, com o Pai e Fundador, até o Santuário, para ali consagrar o dia à Mãe e Rainha.
300 anos de bênçãos
A vivência que se dá em seguida, na Tenda dos Peregrinos, volta o olhar para o Ano Mariano e os 300 anos da Padroeira. “Em Aparecida, Deus ofereceu ao povo brasileiro a sua própria Mãe”, diz o Papa, e a Diocese de Jundiaí experimenta isso pessoalmente no Santuário.
A encenação do encontro da imagem de Aparecida, somada ao carinho do povo pela Mãe, leva a uma profunda vivência filial, que conduz ao encontro de Jesus. Maria, a Mãe e Padroeira, conduz seus filhos a Cristo, iniciando a adoração eucarística, presidida nessa manhã pelo Pe. José Renilton Fontes, de Várzea Paulista/SP.
“Hoje foi o dia mais especial”
À tarde começa com a animação e a oração do Terço, contemplando os mistérios gloriosos. A meditação se encera com a acolhida da imagem de Nossa Senhora Aparecida e, junto dela, um grande manto representando suas graças, que cobre toda a Tenda e passa sobre as cabeças de milhares de pessoas.
A Sra. Cirlene Aparecida Cardoso, de Cajamar/SP, comenta sobre a vivência: “Já tinha vindo muitas vezes ao Santuário, mas hoje foi o dia mais especial”.
Em seguida inicia a Santa Missa, presidida pelo Pe. Juverci Pontes Siqueira, de Cajamar. Na homilia, ele reflete sobre o presente de ser um Santuário vivo do Senhor, o que significa, para ele, viver no paraíso. “Mais do que viver, é ser um Santuário, ser casa de Deus e deixar que ele habite em nós. Isso é o paraíso, e ele nos deu de essa graça pelo Batismo”.
Pe. Juverci diz que o “Tabor é o lugar onde experimentamos o céu, a presença de Deus. E quem deixa Deus habitar em si, consegue experimentar o céu aqui mesmo na terra”. Por isso, é preciso “ter um coração aberto para bendizer e louvar ao Senhor: veja se isso não é o céu”.
A cultura do encontro, segundo o presidente da celebração, faz parte desse dia: “Santuário é o lugar onde a gente está mais perto, de viver realmente como irmãos. Aqui a gente se esbarra sim, mas se esbarra porque estamos próximos, porque eu não estou longe de você, estamos juntos”.
Convidando todos a peregrinar ao ‘altar do coração’, ele diz que “a peregrinação tem uma dimensão de purificação, quem a faz, não volta do mesmo jeito. É como se a água do Espírito pudesse nos dar um banho de regeneração e nos renovar. Deixamos o homem velho e levamos o homem novo em nós. A peregrinação nos faz uma pessoa nova”.
Lugar de encontro
No final da Santa Missa, a Peregrina Auxiliar da Diocese e uma imagem que visita um dos setores de Jundiaí são coroadas, recebendo todo o carinho da comunidade diocesana. Enfim, após consagrarem-se à Mãe de Deus, todos são enviados.
Comprovando as palavras da homilia sobre o Santuário como lugar de encontro, a Sra. Neuza Devecchi Lourençon, de Jundiaí, compartilha sua experiência deste domingo: “Hoje eu recebi uma graça muito grande. Encontrei aqui a minha irmã que fazia muitos anos que eu não via. Não esperava vê-la. Foi uma bênção que a Mãe deu para nós. A gente sempre conversa por telefone, mas fazia tempo que não nos encontrávamos pessoalmente. Já recebi muitas graças da Mãe e essa foi um presente”. Por isso, ela conclui: “Espero poder passar para a família tudo o que eu recebi nesse dia, pois é uma graça estar no Santuário”.
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