A Família de Schoenstatt é enviada em quatro cidades para as missões no Carnaval.
Karen Bueno – Chega o dia tão aguardado para muitos missionários do Movimento Apostólico de Schoenstatt. Nesta sexta-feira, 24 de fevereiro, começam as atividades missionárias de Carnaval em quatro cidades dos regionais Sul e Paraná simultaneamente.
Cerca de 400 pessoas se colocam em saída, com a imagem de Maria nos braços, a Bíblia na bolsa e o sorriso na face para visitar as casas nos municípios de Biguaçu/SC, Nova Santa Bárbara/PR, Rio Branco do Sul/PR e Santa Cruz do Rio Pardo/SP. “As missões têm por objetivo levar Deus e a sua Mãe para as pessoas. Nós pertencemos a um Movimento Apostólico e evangelizador, então, como qualquer outro cristão, temos a missão de anunciar Jesus, de anunciar a cruz e todo o seu amor por nós”, compartilha Gabrielle Barbieri, de Ibiporã/PR.
“Com obras e gestos, a comunidade missionária entra na vida diária dos outros, encurta as distâncias, abaixa-se – se for necessário – até à humilhação e assume a vida humana, tocando a carne sofredora de Cristo no povo. Os evangelizadores contraem assim o cheiro de ovelha, e estas escutam a sua voz” [1]. As constantes palavras de motivação do Papa Francisco são um impulso para o Movimento Apostólico sair em missão porta-a-porta no Brasil. O desafio de falar e de viver o amor de Deus é diário, mas ganha ainda mais vida e cor nos dias de Carnaval.
Ano Jubilar
Em todas as cidades o acento das Missões tem como foco o Ano Jubilar Mariano no Brasil, por isso será também um convite a mergulhar na história e nas graças de Aparecida. “Estamos no Ano Mariano e Ela é o grande destaque dessas Missões, então eu espero que a gente consiga levar o amor da Mãe de Deus para as pessoas, que em todas as casas que entrarmos as famílias possam ver o rosto da grande missionária, não só na imagem da Mãe Peregrina, mas também em cada missionário”, deseja Gabrielle.
No ano jubilar do Ideal Tabor, a experiência missionária é também uma ocasião de formar-se segundo a imagem do Cristo transfigurado, o Filho Heroico do Pai. “As Missões são importantes em minha vida porque são uma oportunidade de sair de mim mesma. É o momento de me deixar ser conduzida por Deus e aprender, mais do que ensinar. Eu resumo a experiência das missões como um momento transformador. Todo mundo que participa de uma missão sai diferente”, conta Adriana Cássia dos Santos, de Louveira/SP, e acrescenta: “A gente tem uma rotina corrida e muitas vezes algumas coisas acabam ficando mecânicas, então as missões vêm chacoalhar a gente, chacoalhar a comunidade”.
Missão com jeito de família
Em Santa Catarina as Missões são realizadas exclusivamente por jovens, porém, nas outras cidades são sempre famílias missionárias que visitam as casas: as tradicionais “Missões Familiares”, de 2017. A intenção é levar um testemunho sobre a vivência da alegria e do amor na vocação matrimonial.
“A primeira motivação para evangelizar é o amor que recebemos de Jesus, aquela experiência de sermos salvos por Ele que nos impele a amá-lo cada vez mais. Com efeito, um amor que não sentisse a necessidade de falar da pessoa amada, de apresentá-la, de torná-la conhecida, que amor seria?” [2]. É a experiência desse amor que coloca o Movimento em movimento para partilhar um pouco da alegria de ser amado por Deus.
“Vamos rezar muito, fugir da nossa comodidade e também seremos missionados em cada casa que a gente entrar”, explica Gabrielle Barbieri. Mas, muito além de sair porta a porta, a Família de Schoenstatt quer incentivar cada pessoa com que tiver contato a viver a missão no dia-a-dia, a falar de Deus sempre que houver ‘brechas’, especialmente nesses dias que antecedem a Quaresma, pois muito em breve se recordará o maior ato de amor presenteado à humanidade.
[1] Ex. Ap. Evangelii Gaudium, 24
[2] Ex. Ap. Evangelii Gaudium, 264