“Por toda a costa do país espalhas vida. São muitos rostos – da Caatinga ao Pantanal: Negros e Índios, camponeses: gente linda, lutando juntos por um mundo mais igual” (Hino da Campanha da Fraternidade 2017).
Glicéria Potrich / Karen Bueno – O último domingo, dia 5 de março, foi um dia festivo e especial na Aldeia Indígena Guarani Kaiowa Itay, em Douradina/MS. Com a comunidade reunida, desde crianças até os anciãos, foi inaugurada a Comunidade Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, a primeira igreja católica nessa localidade.
A celebração teve início às 9 horas, com a oração do Terço seguida pela Santa Missa. Presidiu a Eucaristia o Pe. Odair José Boscolo, pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida e assistente eclesiástico da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt na Diocese de Dourados/MS.
Após o Terço houve a apresentação de um ritual indígena, com um símbolo sagrado para a aldeia, invocando a presença de Deus pela unidade dos povos, entre brancos e índios. Seguindo em procissão, dançando e cantando, entraram na capela para participar da Missa com os ‘irmãos brancos’ convidados. De Douradina, participaram vários missionários da Campanha da Mãe Peregrina e Legionárias de Maria, que foram em um ônibus até a aldeia. Participou também o prefeito da cidade, João Jorge Sossai, com sua família.
No começo da celebração, Pe. Odair entregou o quadro com a imagem da Mãe e Rainha para o cacique Joel Hilton, que o colocou na parede, ao lado do altar, enquanto todos cantavam o Hino da Mãe Peregrina. Também durante a Missa foram entoados vários cantos na língua guarani.
Na homilia, Pe. Odair diz que o céu se alegra e o coração de Deus está em festa, porque nesse dia 5 de março Jesus se faz presente na comunidade, junto com a sua Mãe Santíssima e todos os anjos e santos. Ele se diz agradecido a Deus por tê-lo chamado para essa missão, por ter falado ao seu coração para que fosse até os irmãos indígenas. Por fim, pediu à MTA que se estabeleça e faça dessa capela sua morada entre seus filhos, para que a Aldeia, a partir desse dia, se torne um lugar sagrado.
Era um sonho que virou realidade
Para a conquista da capela, os moradores da aldeia se empenharam em reformar um barracão e prepará-lo, com todo o carinho, para consagrá-lo aos cuidados da Mãe Três Vezes Admirável. “Estou muito contente com o Pe. Odair, com a Mãe e Rainha aqui. Só Deus sabe como agradeço por tudo”, comenta o cacique Joel Hilton, cujo nome indígena é Qui-Yrussú.
A filha do cacique, Ifigeninha Irto, comenta a alegria de ter uma comunidade católica entre eles: “Nós vamos receber todos os sacramentos. Esse era o meu sonho e agora que foi realizado, eu agradeço por tudo a Deus e à Mãe e Rainha. As crianças estão muito felizes, cada vez que a gente tem catequese, nos sábados de manhã, eles já ficam prontinhas esperando”. E acrescenta: “Para mim, ter a Mãe e Rainha aqui é uma grande honra. Através dela a gente vai ter muitas oportunidades, prosperidade, saúde… acredito que ela vai acompanhar nossa luta, ela vai abraçar todos os nossos irmãos dessa comunidade”.
O casal de Douradina, Elza e Francisco Rodrigues, acompanha os trabalhos missionários realizados entre os índios. Eles contam sobre a inauguração da capela: “Esse dia é um sonho realizado. Desde que fizemos as primeiras visitas, o sonho deles era criar uma capela, uma igreja católica. Hoje é um dia de realização, porque Deus está presente nesse momento aqui e continuará conosco”.
Após a celebração da Missa os índios fizeram apresentações culturais e em seguida o almoço foi servido, reunindo todos como uma só família – brancos, negros, índios: uma família muito amada pelo Pai e pela Mãe e Rainha.
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