Fotos: Glicéria Potrich
A aldeia é terra de Cristo, terra mariana.
Glicéria Potrich / Karen Bueno – Faz um mês que a Capela Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt foi inaugurada na aldeia indígena Itay, em Douradina/MS. A comunidade Guarani Kaiowa preparou e conquistou um espaço próprio para as celebrações eucarísticas, sendo essa a primeira igreja católica construída na área.
Aprofundado a vivência da Quaresma, nesse domingo, 2 de abril, foi abençoada uma cruz que fica em frente à capela. O pároco, Pe. Odair José Boscolo, explica que o sentido da cruz é levar à comunidade “o próprio sinal da salvação, o Cristo que se entregou por nós. Essa cruz se tornou sinal de vitória, de salvação, da compaixão que Deus tem para cada um de nós”.
Durante a Santa Missa, nesse domingo de manhã, ele dizia à comunidade indígena: “Essa cruz deve ser para cada um de nós um sinal da nossa salvação. Assim como Cristo não teve vergonha de morrer por nós numa cruz, também não podemos ter vergonha de levá-la conosco aonde quer que formos. Todas as pessoas que chegarem a essa comunidade possam ver, por essa cruz, que esse local pertence a Cristo, que ele reina aqui e morreu por nós”.
As palavras do Papa Francisco, na missa desta terça-feira, 4 de abril, vão ao encontro da singela celebração que ocorreu na aldeia: “Podemos pensar: Como eu uso a cruz? Como uma recordação? Quando faço o sinal da cruz tenho consciência do que faço? Como levo a cruz? Somente como um símbolo de pertença a um grupo religioso? Como uma decoração? Como uma joia, com pedras preciosas… de ouro? Aprendi a levá-la nas costas, aonde machuca? Cada um de nós, hoje, observe o Crucifixado, olhe para este Deus que se fez pecado para que nós não morramos nos nossos pecados e responda a estas perguntas que acabei de sugerir”.
A comunidade Mãe e Rainha, da aldeia Itay, segue com a vida pulsante. Há missa duas vezes por mês na capela, todo primeiro e terceiro domingo, às 9h30min, e há catequese todos os sábados, dada por um casal de Douradina, com crianças e adultos fazendo o curso. “Ainda esse ano, com a graça de Deus, eles receberão o sacramento do Batismo, da Eucaristia e alguns vão regularizar a situação do Matrimônio”, conta, feliz, o pároco da região.