Pe. José Kentenich visitou Santa Catarina há 70 anos.
Ir. M. Vera Debald – Um grupo de 21 schoenstattianos partiu, no dia 6 de abril, da grande Florianópolis rumo a Joinville e Jaraguá do Sul, com o objetivo de vivenciar o legado e a missão do Pai e Fundador no estado de Santa Catarina. Celebravam exatamente os dias em que, há 70 anos, o Pe. José Kentenich passava por essas cidades.
Durante a viagem, um vídeo sobre a visita do Fundador ao Brasil ajudou a preparar os corações, também relatos da crônica das Irmãs de Maria sobre a grande alegria e expectativa por essa primeira visita – tudo isso aumentava a ansiedade pelo ‘encontro com o Pai e Fundador’ entre os peregrinos. Cada um foi convidado a colocar-se no lugar das Irmãs em 1947: “Como seria o encontro, depois de doze anos que elas haviam partido da Alemanha? Como seria revê-lo? Teria, o Fundador, alegria por tudo o que tinham realizado? O que ele diria depois de tantos anos?” Eram tantas perguntas…
Em Joinville
Foi uma alegria e emoção muito forte em Joinville, estar no local onde há 70 anos o Pai e Fundador se encontrou com o bispo diocesano, Dom Pio de Freitas, para se apresentar e receber as licenças para as celebrações em Jaraguá do Sul.
O grupo foi acolhido em frente à Catedral por coordenadores da Campanha da Mãe Peregrina e pelo Pe. Jorge Oczkovski, pároco da catedral, que contou sobre o encontro do Pe. Kentenich com o Bispo. Esclareceu que a catedral não era assim como hoje, com estilo moderno, mas estava neste mesmo local. No final, Pe. Jorge deu-lhes sua bênção e desejou-lhes uma abençoada estada em Joinville.
O grupo foi conduzido por uma missionária da Mãe Peregrina pela catedral, revelando as riquezas e a beleza da mesma. Visitando a cripta, rezaram junto ao túmulo de Dom Pio de Freitas, suplicando a graça de um novo bispo titular para a Diocese de Joinville.
Após rezarem o Hino de Minha Terra diante do Santíssimo e o almoço, os peregrinos seguiram para Jaraguá do Sul. Durante os 50 minutos de viagem ouviram relatos da crônica sobre a alegria e a preparação das Irmãs para a recepção do Pai e Fundador no Hospital São José, onde trabalhavam. Logo na entrada da cidade, foram acolhidos pelo Sr. Nilo Sinn, que foi coordenador da Campanha da Mãe Peregrina na diocese por muitos anos. Ele acompanhou o grupo e já tinha tudo preparado em Jaraguá para a peregrinação.
Em Jaraguá do Sul
Na chegada ao Hospital onde as Irmãs de Maria trabalhavam e moravam em 1947, os peregrinos tiveram a grata surpresa de serem recebidos pela diretora operacional, a médica Marcia Pruesse, pelo pastor Ivanildo Laube (hoje o hospital é mantido pela comunidade luterana), Terezinha Fodi, da Ouvidoria do Hospital, e também a coordenadora diocesana da Campanha, Maria Bartel, que acompanharam os peregrinos com alegria e muita disponibilidade em todo o tempo que se encontraram no hospital.
Dra. Marcia, que revelou ter grande alegria ao receber a Mãe Peregrina em sua casa, acolheu o grupo e lhes falou da alegria de oferecerem esse momento no hospital, convidando-os a conhecerem a capela ecumênica. Um momento especial foi ouvir, na capela, as palavras do Pai e em sua visita à Jaraguá do Sul, fazendo em seguida uma pequena reflexão.
Seguindo para a Igreja Paroquial, diante do Santíssimo o grupo ouviu mais palavras do Pai e Fundador. Era algo extraordinário. No silencio e na oração, ouvir o que o Pe. Kentenich falou exatamente há 70 anos neste dia. Dia 6 de abril de 1945 era também o dia dos 72 anos da libertação do Pai e Fundador de Dachau, por isso, como encerramento, foi rezado o Hino de Gratidão.
O grupo foi ainda ao local onde era antigamente a Igreja matriz, que está sinalizada com uma grande imagem da Mãe e Rainha de Schoenstatt. Na viagem de volta, além da oração do terço do Rumo ao Céu, foi o momento privilegiado para os peregrinos colocarem suas impressões em comum:
“Todos deveriam fazer essa experiência de encontro com o Pe. Kentenich. Muitas vezes não temos noção do que significa o Fundador dentro da Obra. E tudo devemos a ele: a Obra de Schoenstatt, a Campanha da Mãe Peregrina, a presença da Mãe no Santuário”
“Renovei meu amor ao Pe. Kentenich. Senti muito a sua presença. Foi uma surpresa! Vivenciando é diferente do que só escutar, foi muito importante para mim seguir os passos dele!”
“Eu gostei muito. Para mim foi um aprendizado. Recebi muito conhecimentos sobre o Pe. José Kentenich”
“Um novo entusiasmo, uma luz. A Mãe conta com a gente. Estou muito feliz por ter participado”.
Estes foram somente alguns dos testemunhos de uma peregrinação que, certamente, ajudará muito na construção do Santuário da Mãe e Rainha em Santa Catarina.