Um grande sonho dela se tornará realidade este ano.
Karen Bueno – Certas pessoas passam pelo mundo de tal forma que é impossível esquecer suas histórias, suas palavras, suas vidas… é assim com a Sra. Leonor Tarifa Gavilan. O Movimento Apostólico de Schoenstatt tem uma grande riqueza de personalidades que viveram intensamente a Aliança de Amor e deixaram sua marca na história, sendo modelos para as demais gerações. No caso da Sra. Leonor, além do exemplo, em 2017 chegamos até a conquista concreta de um sonho muito especial que ela ajudou a semear: um novo Santuário.
Em Caieiras/SP, todo dia 25 de cada mês a Família de Schoenstatt e os peregrinos se reúnem para rezar 1000 Ave-Marias no terreno da Ermida e do futuro Santuário Filial de Schoenstatt. A data escolhida remete ao dia 25 de maio de 1998, quando faleceu a Senhora de Schoenstatt Leonor Gavilan. Esse costume se repete há anos, mas em 2017 a ocasião de recordar e agradecer pela vida da Leonor é ainda mais especial: finalmente seu grande sonho irá se concretizar. A canção composta por Fátima Gabrielli, sobre Leonor Gavilan, expressa em seu último verso: “Era seu desejo que em nossa cidade, um dia houvesse um Santuário. Como ela vamos tudo entregar e seu sonho realizar”.
A primeira Senhora de Schoenstatt brasileira
“Um sorriso gostoso de quem está sempre disposto a te acolher; um olhar observador que indaga: ‘Como eu poderei te ajudar, mesmo que para isso eu sofra ou chore com você?’”, assim a descreve Roseana Barone Marx, psicóloga e colega de profissão.
Leonor nasceu em Franco da Rocha/SP, cidade vizinha a Caieiras, no dia 17 de setembro de 1953 – não por acaso a data em que o Santuário será inaugurado este ano –, em uma família de 13 irmãos. Em 1974 conheceu o Pe. Celestino Trevisan, que a introduziu na espiritualidade de Schoenstatt e a colocou em contato com o Instituto Nossa Senhora de Schoenstatt no Chile. Leonor tornou-se a primeira brasileira a ingressar nesse Instituto, pertencendo ao curso: “Domina de Schoenstatt Apocalipticum, Victorae Patris” (Senhora de Schoenstatt, Sinal Apocalíptico da Vitória do Pai), como cabeça e coração da fundação do Instituto no Brasil.
Em 1982 assumiu a direção das Filhas de Maria na Paróquia de Santo Antônio, em Caieiras, que foram sementes da Juventude Feminina de Schoenstatt. Leonor estudou Psicologia, profissão que amou e exerceu, iluminando muitas vidas. De maneira especial uniu o exercício da profissão com o Santuário, conduzindo várias pessoas até ele.
Possuía grande amor a Jesus eucarístico, passando muitas horas em adoração. Priscila Zampolli recorda: “Na maioria das vezes a encontrávamos rezando e adorando a Jesus. Quando queríamos achá-la, lá estava ela, no Santuário, seu berço de santificação. Leonor não se cansava de mostrar que o céu era aqui e que o impossível era possível através da Aliança de Amor que tínhamos com nossa Mãe”.
Ela amou o Cristo crucificado, amou Maria até os últimos meses, semanas, dias de sua vida. No dia 20 de janeiro de 1990, selou o contrato perpétuo com o Instituto Nossa Senhora de Schoenstatt. Pouco tempo depois adoeceu, mas sem perder a alegria e a esperança. Passou os momentos mais difíceis da enfermidade no Chile, onde faleceu no dia 25 de maio de 1998.
Um sorriso que permanece vivo
“Quando pensamos nela, lembramos o ‘Schoenstatt de Caieiras’, pois ela deixou sua marca nas pessoas e nos seus ideais. Tanto que até um símbolo do Santuário que ela desenhava em suas cartas passou a ser nossa marca de uma forma muito natural – é como sua assinatura e sua presença em tudo o que fazemos. Sua partida acabou despertando e impulsionando a Família de Caieiras para um maior crescimento espiritual. Ela foi e ainda é uma mensageira e amiga para todos nós”, contam Dimas e Valéria Parizotto, da Liga de Famílias de Schoenstatt.
A cantora Fátima Gabrielli, da União das Mães, recorda: “Ela me ajudou a entender a vida, me incentivou muito a cantar, a compor, a colocar meus dons a serviço. Suas orientações passavam do campo da psicologia para o campo espiritual, ela unia muito bem as duas coisas, suas palavras eram sábias e acertadas. Ela nos faz muita falta, por ser uma pessoa do tipo que quase não se encontra hoje em dia; com pureza no coração, servia, ajudando sempre, era uma luz para todos. Seu nome merece um destaque, um lugar no coração de todo nós que a conhecemos e também de quem não a conheceu, pois oferecer a vida com singeleza e muita coragem não é fácil, e isso ela fez”.
No dia 17 de setembro de 2017, o novo Santuário será também um presente e um sinal de gratidão pela vida da Leonor. “Sei que ela está sempre intercedendo por nós, especialmente por nossa causa: a construção de um reino mariano em Caieiras. Sempre faço questão de afirmar: Leonor é a pedra fundamental de nosso futuro Santuário, sobre ela edificaremos o trono de graças para nossa querida Mãe e Rainha”, aponta Suely Bayerlein, da União das Mães.
A inauguração do novo Santuário será às 10 horas e todos são convidados para essa grande festa: clique para mais informações.
Material base: Coleção Mensagens para a nossa vida I, II e III – produzido pela Família de Schoenstatt de Caieiras/SP.
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