É tempo mariano, dia de visitar a Mãe.
Karen Bueno – A Arquidiocese de Sorocaba/SP leva cerca de 5400 peregrinos ao Santuário Tabor da Permanente Presença do Pai, em Atibaia/SP, nesse último domingo, 28 de maio. No Ano Mariano, a romaria carrega acenos de gratidão e preces ao lar, ao ‘cantinho’ onde a Mãe os espera, tempo de corresponder às infindas graças que ela derrama sobre os lares e corações que visita todos os meses.
A peregrinação ao Santuário, caminhando desde a entrada do terreno até ele, é o primeiro passo de um dia inteiro de atividades e orações. Na Casa da Mãe todos são acolhidos e é onde a transformação ganha vida. A consagração, os pedidos e agradecimentos são parte desse momento junto ao Santuário.
Já na Tenda, com uma vivência sobre o Ano Nacional Mariano, os peregrinos recordam o jubileu da Mãe Aparecida e celebram o encontro da imagem, acolhendo com carinho a Senhora e Padroeira do Brasil. Uma ocasião especial que ocorre nesse domingo é a apresentação das Apostolas Luzentes de Maria. As meninas – que pertencem à Juventude Feminina de Schoenstatt – participam do seu encontro regional nesse final de semana e compartilham um pouco das vivências com os peregrinos.
A adoração ao Santíssimo é um grande momento de oração que emociona a todos na parte da manhã, concluindo a catequese e garantindo o encontro com o Senhor: a Mãe e Rainha leva multidões ao encontro de seu Filho.
Ele vive!
Na parte da tarde os degraus da Tenda são novamente preenchidos para a oração do Terço. A surpresa ocorre quando, ao final das dezenas, um grande manto azul desce sobre todos, guiado pela imagem de Aparecida – a Mãe acolhe os filhos com seu manto. Como se celebra o último domingo de maio, a imagem Auxiliar da Mãe e Rainha é coroada, renovando toda a entrega de vidas concedida a ela.
A Santa Missa é o ápice do dia de peregrinação, presidida de Arcebispo de Sorocaba, Dom Julio Endi Akamine. Recordando a comunhão dos santos, ele aponta que “todos nós estamos tão unidos a Cristo que a morte não nos separa, pelo contrário, com a morte estamos ainda mais unidos. Estamos tão unidos a Cristo que estamos também unidos entre nós: formamos um só corpo, não só com as pessoas que estão vivas, peregrinando por esta terra, mas também com as pessoas que já faleceram. A nossa comunhão com eles é uma comunhão de vida”.
Ele começa falando sobre a morte justamente porque se celebra, nesse domingo, a Ascensão do Senhor. Não é que ele vai embora e se afasta de nós, diz o arcebispo, ao contrário, “agora glorificado no céu, sentado à direita do Pai, Jesus está mais presente e ativo do que nunca. Com a ascensão, Jesus não se separa de nós, pelo contrário, ele eleva a nossa humanidade até a glória dos céus”.
Com a consagração, um último olhar se dirige à Mãe antes do “adeus, até breve”. A terceira graça do Santuário, o envio apostólico, passa então a fazer parte da vida e da missão de cada pessoa, que recebe a tarefa de partilhar todas as graças que recebeu durante o dia.