“Schoenstatt deve ser Schoenstatt…”
Ir. M. Nilza Pereira da Silva – Há pouco tempo, nos alegramos com a informação que o altar para o primeiro Santuário de Schoenstatt chegou até a Rússia. A matéria termina com o pedido de orações para a Família de Schoenstatt desse país. No mês de maio, um grupo de nove russos chegaram em peregrinação ao Santuário Original e eles contam um pouco mais sobre sua história, para que nossa oração seja mais intensa.
Ela prepara, envia e acompanha
Pe. José Francisco Teijeiro e Pe. Juan Manuel Sánchez Garcia são párocos em São Petersburgo, Diocese de Moscou, e têm a alegria de terem o altar do Santuário dentro do território da paróquia que atuam. Pe. Francisco é espanhol e diz que foi a Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt que o levou para a Rússia. Ele conheceu o Movimento de Schoenstatt, como diácono, na Espanha, e colaborou com todos os ramos. Ao saber da possibilidade de partir em missão, rezou no Santuário, pedindo para que a MTA o acompanhasse.
Qual não foi sua surpresa ao chegar em Moscou!!! Ao conversar com o bispo, este lhe indica que dê uma atenção especial ao trabalho com a Mãe Peregrina, “Ela estava me esperando”, revela emocionado. Ele tem vários exemplos de encontros com a Mãe e Rainha em lugares menos esperados: “Uma vez fui a uma prisão de jovens e ali, num quarto horrível, estava o quadro da Mãe. Como estava lá eu não sei, mas ele estava.”
Um povo acolhedor
Ir. Mariana Kulakowska, polonesa, está no nono ano de moradia e trabalho pela Obra de Schoenstatt na Rússia. Dali, atende também o Mov. de Schoenstatt em Cazaquistão, Lituânia, Letônia e Ucrânia. Ela conta que ao chegar pela primeira vez na Rússia se surpreendeu com a hospitalidade das famílias católicas: “Não só o pai ou a mãe participam na paróquia, mas a família toda e eles são muito atenciosos e acolhedores. Isso é muito bom, porque eles se identificam com a espiritualidade de Schoenstatt, a Aliança de Amor e a pedagogia dos vínculos.” São cerca de mil famílias que recebem a visita da Mãe Peregrina e a Liga das Mães é o Ramo do Movimento que mais cresce. A Irmã diz que alguns missionários e mães já selaram a Aliança de Amor e estão felizes por terem o altar do Santuário, na capela próxima a eles e aberta para todos os que querem ali rezar. No momento, as Irmãs preparam a construção de uma casa para o Movimento.
Para Pe. Francisco, estar em Schoenstatt o faz sentir-se em casa: “Sempre sentimos que temos um lar no Santuário. Desde a primeira vez que estive no Santuário Original, era como se já o tivesse visitado antes. Por isso, é como se eu já estivesse aqui, porque eu já estive na Espanha ou em outros [Santuários].” Do Santuário Original ele quer levar forças para a missão. Explica que o socialismo deixou marcas muito profundas na formação de personalidades no grande país russo: “O trabalho na evangelização da Rússia é muito lento porque foram muitos anos recebendo informações contra a fé. Somos uma minoria (menos de 1% dos russos são católicos romanos). É uma porção muito pequena, mas isso tem também uma parte positiva: o trabalho bem pessoal, um a um, é gratificante.”
Para ele, a melhor forma de Schoenstatt ajudar as famílias da Rússia é permanecer o que é: “Schoenstatt deve ser Schoenstatt e assim será útil para a Igreja, para a paróquia, para a evangelização. Nós trabalhamos para que dos grupos da Mãe Peregrina surjam mais grupos de todos os ramos da Liga.”
Assim, sabemos um pouco mais de nossos irmãos do outro lado do planeta e permanecemos unidos na Aliança de Amor, no empenho pela missão, por uma cultura da Aliança. Rezemos por e eles rezam por nós.