Um ‘tempo em Schoenstatt’
Karen Bueno / Ir. M. Nilza P. Silva – Abrir mão do emprego, trancar um semestre da faculdade, deixar a família, amigos: tudo isso representa uma dura renúncia sob certo ponto de vista, mas que ganha um significado maior ao chegar à casa da Mãe, ao Santuário Original. “São momentos intensos, quando nos sentimos muito amadas e queridas pela Mãe, sentimos que aqui é a nossa casa e isso nos traz uma paz inexplicável”, contam Gabriela Guariso e Monique Vaz, da Juventude Feminina de Schoenstatt de Mairiporã/SP.
A duas jovens estão atualmente no programa “Schoenstatt Zeit” (Tempo em Schoenstatt). Esse projeto reúne algumas representantes ativas da Juventude Feminina de diversos países, em Schoenstatt, por dois meses, num programa de aprofundamento espiritual e crescimento interior. Elas realizam trabalhos variados nas casas das Irmãs de Maria e, por sua vez, aprendem e conhecem os lugares históricos do Movimento e estudam ‘in loco’ como tudo surgiu.
Na atual edição do programa (maio a julho de 2017), há um grupo de oito meninas: duas brasileiras, três do Equador, duas argentinas e uma do México. “Cada casa recebe duas meninas e trabalhamos 4 horas por dia nas nossas casas. Na parte da tarde nos encontramos para termos nossas reuniões e vivências. Também conhecemos muitos lugares importantes para nós schoenstattianos, como, por exemplo, onde nasceu o Pe. José Kentenich e o campo de concentração de Dachau. Seguimos os passos do Fundador e conseguimos ter mais clareza de como toda a Família de Schoenstatt foi surgindo, criando sua identidade e crescendo”, contam as brasileiras.
Mais do que somente um “tempo em Schoenstatt”, o programa convida a um encontro pessoal com a Mãe e, no caso das brasileiras, a “encontrar as respostas que levávamos em nossos corações”. Elas tiveram também uma alegria especial nesse período: ajudar a preparar o tapete de Corpus Christi na frente do Santuário Original, que foi montado ali pela primeira vez; também participaram da peregrinação hispânica e portuguesa ao Santuário Original.
Gabriela conta o que mais a marcou no contexto dessa experiência: “Para mim, o mais impressionante foi sentir a presença do Pai e Fundador. Morando na casa em que ele viveu e passando por tantos lugares simples – e também importantes – que ele passou me fez perceber como ele foi um grande instrumento de Deus para trazer ao mundo uma Família, da qual hoje posso orgulhosamente dizer que faço parte”.
“Para mim foi como a Mãe conduziu tudo para que eu pudesse estar aqui, como cuidou de cada mínimo detalhe para ter essa vivencia nesse ‘lugarzinho predileto’ – compartilha Monique. Também o vínculo que criamos com o Fundador, como ele é um exemplo de confiança que se deixa guiar pela Divina Providência. E foi muito especial poder passar o meu aniversario aqui, recordarei sempre desse presente”.
Além de roupas, presentes e muitas outras coisas, elas contam o que levam na bagagem do Zeit: “É impossível descrever a alegria e as vivências que tivemos. Levaremos uma certeza ainda maior de que Schoenstatt não é apenas um Movimento, mas nosso estilo de vida e que somos responsáveis por essa Obra e pela criação de novos homens”.
Fotos: arquivo pessoal / Ir. M. Nilza P. Silva