Família, despertai!
Oração inicial
(Rumo ao Céu, 191-195)
Teu Santuário é nossa Nazaré
onde o Sol de Cristo irradia seu calor.
Com sua luz clara e transparente,
forma a santa história da Família,
desperta silenciosa e forte santidade
da vida diária, na feliz união familiar.
Em Nazaré para os tempos sem abrigo,
Deus quer trazer salvação às famílias
e, benigno, conceder santidade da vida
diária, onde muitos se consagram
à Obra de Schoenstatt.
Mãe, faze Cristo resplandecer em nós
com maior claridade,
une-nos em santa comunidade,
sempre prontos para qualquer sacrifício,
como exige nossa missão sagrada.
O universo, com alegria, dê glória ao Pai,
no Espírito Santo, em seu esplendor,
louve-o por Cristo e com Maria,
agora e na eternidade. Amém.
Canto
Texto de reflexão
Acompanhemos as palavras do Papa Francisco na Exortação Apostólica Amoris Laetitia:
“No horizonte do amor, essencial na experiência cristã do matrimônio e da família, destaca-se ainda outra virtude, um pouco ignorada nestes tempos de relações frenéticas e superficiais: a ternura. Detenhamo-nos no terno e denso Salmo 131, a união entre o fiel e o seu Senhor é expressa com traços de amor paterno e materno. Lá aparece a intimidade delicada e carinhosa entre a mãe e o seu bebê, um recém-nascido que dorme nos braços de sua mãe, depois de ter sido amamentado. Como indica a palavra hebraica gamùl, trata-se de um menino que acaba de mamar e se agarra conscientemente à mãe que o leva ao colo. É, pois, uma intimidade consciente, e não meramente biológica. Por isso canta o Salmista: ‘Estou sossegado e tranquilo, como criança saciada ao colo da mãe’ (Sl 131/130, 2). Paralelamente, podemos ver outra cena na qual o profeta Oseias coloca na boca de Deus, visto como pai, estas palavras comoventes: ‘Quando Israel ainda era menino, Eu o amei (…), Eu ensinava Efraim a andar, trazia-o nos meus braços (…). Segurava-o com laços de ternura, com laços de amor, fui para ele como os que levantam uma criancinha ao seu rosto; inclinei-me para ele, para lhe dar de comer’ (Os 11, 1.3-4). Com este olhar feito de fé e amor, de graça e compromisso, de família humana e Trindade divina, contemplamos a família que a Palavra de Deus confia nas mãos do marido, da esposa e dos filhos, para que formem uma comunhão de pessoas que seja imagem da união entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Por sua vez, a atividade geradora e educativa é um reflexo da obra criadora do Pai.
A família é chamada a compartilhar a oração diária, a leitura da Palavra de Deus e a comunhão eucarística, para fazer crescer o amor e tornar-se cada vez mais um templo onde habita o Espírito. Cada família tem diante de si o ícone da família de Nazaré, com o seu dia a dia feito de fadigas e até de pesadelos, como quando teve que sofrer a violência incompreensível de Herodes, experiência que ainda hoje se repete tragicamente em muitas famílias de refugiados descartados e inermes. Como os Magos, as famílias são convidadas a contemplar o Menino com sua Mãe, a prostrar-se e adorá-lo (cf. Mt 2, 11). Como Maria, são exortadas a viver, com coragem e serenidade, os desafios familiares tristes e entusiasmantes, e a guardar e meditar no coração as maravilhas de Deus (cf. Lc 2, 19.51). No tesouro do coração de Maria, estão também todos os acontecimentos de cada uma das nossas famílias, que ela guarda solicitamente. Por isso pode ajudar-nos a interpretá-los de modo a reconhecer a mensagem de Deus na história familiar. [1]
Esta Exortação (…) a vejo como uma proposta para as famílias cristãs, que as estimule a apreciar os dons do matrimônio e da família e a manter um amor forte e cheio de valores, como a generosidade, o compromisso, a fidelidade e a paciência; em segundo lugar, porque se propõe encorajar todos a serem sinais de misericórdia e proximidade na vida familiar, onde esta não se realize perfeitamente ou não se desenrole em paz e alegria. [2]
Após a leitura da Amoris Laetitia e frente aos inúmeros desafios que bombardeiam as famílias atualmente, podemos dizer:
FAMÍLIA, DESPERTAI!
Diante das ideologias, das interferências, da luta diária por sermos família conforme o ideal pensado por Deus, nas dificuldades com a educação dos filhos e netos, digamos juntos:
FAMÍLIA, DESPERTAI!
Podemos agora meditar um pouco:
• O que mais nos chamou a atenção no texto de reflexão?
• Como podemos estimular-nos mutuamente, para vivermos os valores cristãos?
Propósito
• Convidar uma família para juntos rezar o Terço.
• Presentear uma família com uma estampa/quadro da Mãe e Rainha.
Oração final
“Querida Mãe, Rainha e Educadora, contigo queremos viver e amar, sacrificar-nos e sofrer; contigo também, lutar e vencer! Faze de nossas famílias ‘amparo da fé e da moral’, que levem novamente Deus ao mundo. Queremos ser uma ‘Colônia do Céu’, onde a atmosfera do amor e da alegria una todos os membros da família. Ajuda-nos, como esposos, a assegurar o ideal católico do matrimônio, a anunciá-lo e vivê-lo. Faze que nossa família seja Santuário, no qual possa crescer uma juventude pura e forte na fé, como protagonista da Igreja no futuro.
Mãe e Rainha, abençoa nossos propósitos! Abençoa nossas famílias! Cuida que nunca desanimemos, mas sempre confiemos em tua força e direção. Entregamo-nos novamente a ti , na Aliança de Amor, e contigo iniciamos uma nova etapa da história. Nós te pedimos: cumpre tua missão em nosso reino de famílias, para a Igreja e o mundo e a glorificação da Santíssima Trindade. Amém” [3]
Canto: Consagração
[1] Exortação Apostólica Amoris Laetitia, n. 28-30.
[2] Idem, n. 5.
[3] Cf. Trecho da oração das famílias na hora festiva do Jubileu dos 25 anos em Dachau.