Ir. M. Nilza P. da Silva – A manhã ensolarada do dia 23 de julho, no Santuário Original em Schoenstatt, tem na atmosfera uma mistura de alegria, saudade, gratidão… e muita fé! Os 25 brasileiros, da região do Jaraguá, São Paulo/SP, estão se despedindo, depois de 7 dias de Tabor nesse lugar de graças.
A família Vilarinho: Toni, Sueli e Alice são os organizadores do roteiro e lideres desse grupo que começou a peregrinação pelos Santuários de Schoenstatt e Fátima, em Portugal, passando pela Igreja de São Tiago, em Compostela, na Espanha, continuou com a celebração do jubileu da Obra das Famílias, em Dachau, na Alemanha, passou pela cruz da unidade em Stutgart e, finalmente chegou em Schoenstatt, destino central da viagem.
Estudar e vivenciar Schoenstatt em seus lugares de origem
Ir. M. Isabel Machado e Pe. Antonio Bracht dedicaram-se ao grupo, como guias, e os conduziram por todos os centros de Schoenstatt, seus lugares históricos e arredores. “Estivemos aqui em 2014, com a celebração dos 100 anos da Aliança” diz Sueli. “O programa jubilar era intenso e não tivemos a oportunidade de conhecer os lugares aqui. Agora, a diferença maior foi que tivemos tempo para conhecer o vale e os centros aqui em Schoenstatt.”
Não se trata somente de uma viagem turística, mas de estudar e vivenciar Schoenstatt na fonte. “Essa é a primeira viagem espiritual de nossa família. Viemos com a Liga de Famílias e tivemos uma grande vivência, guiados pela Ir. M. Isabel. Além de conhecer mais o Pai e Fundador, com quem selamos uma aliança, conhecemos também ainda mais a vida dos heróis José Engling e Ir. M. Emilie. Não foi um conhecer só a história, mas de vivenciar a história que já tínhamos estudado. Cada Santuário tem a sua história, é a mesma missão, mas, cada um tem um toque diferente. Como famílias estamos apaixonados pelo Pai e Fundador,” confirma Ana Cláudia Golveia.
Encontrar-se com o Fundador é um legado!
Sua filha Isabel é só alegria em todo semblante: “O que aprendemos aqui não tem preço. Quando nós chegamos aqui (era depois das 21h30min) e o Santuário estava fechado. Quando ele abriu no outro dia, no dia 18, eu olhava para a Mãe e parece que ela brilhava. Se eu já amava o Pe. Kentenich, hoje o admiro muito mais. Ele é para mim mais do que um pai. Eu sou muito grata por tudo o que ele fez e tudo o que passou. Isso não tem preço. A gente só tem (a Obra de) Schoenstatt, o santuário, a Mãe, cada herói, por causa dele. Vou voltar para casa com uma bagagem imensa de espiritualidade, de sabedoria.” O pai, Roberto Golveia diz que nunca imaginava que Schoenstatt fosse muito mais do que um centro com o Santuário Original. Conhecer os 13 Santuários ao arredor e vivenciar a história é para ele o maior legado dessa viagem: “Schoenstatt se tornou mais amplo para nós. Nós não conhecíamos tanto a história do Pai e Fundador e aprofundamos isso. Eu levo daqui mais espiritualidade.”
Descemos do Tabor e vamos para a missão
A santa missa de despedida (e de um até o retorno) é presidida pelo Pe. Antonio, que os motiva a deixar decantar no coração cada momento dessa viagem e perguntar o que e onde Deus me falou mais forte. “Descemos do Tabor e vamos para a missão. Não retorno simplesmente para o dia a dia, mas, volto com a chave (simbólica) do Santuário Original, ele é meu. Tenho uma missão com o Santuário Original.” Ele explica que cada Santuário é uma extensão do Santuário Original, ali este cumpre um traço de sua missão. Referindo-se ao evangelho do dia, a parábola do trigo e do joio, o reitor do Santuário Original motiva cada um a nunca julgar quem é joio e quem é trigo, mas acolher e amar a todos, deixar que cada um amadureça, pois é Deus quem cultiva sua plantação: “A Aliança de Amor é para fazermos como os ceifeiros do evangelho: não agir sozinhos, mas, sempre perguntar para a Mãe de Deus o que ela quer que eu faça. Ela cultiva em nós o seu jardim, para que sejamos um vivo Tabor para todas as pessoas com quem nos encontrarmos.”
Quando termina a santa missa e se faz a foto do grupo, ainda tem mais um santuário para conhecer, mas se percebe que os pés ficam muito pesados para dar o passo de saída do Santuário Original. É como se cada um quisesse segurar esse momento. O riso no rosto se mistura com um olhar reflexivo de quem tem o coração muito agradecido e é pelo fogo da missão que se sentem motivados a dar o último olhar para a MTA e partir, na certeza de que não vão sozinhos: “Levo daqui a casa da Mãe de Deus, o sentimento de que onde estivermos a Mãe está presente.” confirma Sueli e conclui: “Mas, claro, aqui é o lugar de origem! Então, essa presença tem uma força maior.”