Carta do Pe. Jean-Marie Moura, pároco em Cambrai/França, onde está o Santuário da Unidade, próximo do local onde faleceu José Engling:
Queridos amigos,
Faz já um mês desde a primeira carta enviada.
O tempo passa rapidamente, uma vida passa rapidamente nesta terra…
(É uma erva em transformação: floresce de manhã, muda, à noite está murcha, seca).José Engling foi como uma estrela cadente em sua passagem aqui na terra – e que estrela! Visivelmente, deixou essa terra aos 20 anos, em 4 de outubro de 1918, num campo perto de Cambrai/França. Uma idade em que as pessoas finalmente “embarcam na vida”. E, no entanto, tudo parecia já amadurecido neste jovem homem formado por um lugar, Schoenstatt, e por um pai espiritual, José Kentenich. Em apenas alguns anos, como Santa Teresinha, essa sede de santidade subiu as laboriosas marchas do Amor, segurando a doce mão da Mãe de Deus: ela que o escolheu como filho de predileção, desde sua infância.
No próximo mês, entraremos no ano do jubileu de seu sacrifício: 100 anos!
O Movimento Apostólico de Schoenstatt é feliz em recordar, providencialmente, o retorno ao céu de seu fundador: 50 anos (15 de setembro de 1968).
Gostaria de aproveitar essa oportunidade para recordar as palavras que o Pe. Kentenich transmitiu para o 50º aniversário da morte de José Engling:
“Minha querida Família de Schoenstatt!
Enquanto eu estava no meu caminho de volta, depois de 14 anos de exílio, no final de 1965, e enquanto eu estava sobrevoando a França, o Pe. (Alex) Mennigen, que me acompanhava […], me mostrou Cambrai. Ele disse espontaneamente: a corrente de José Engling, que foi cultivada a partir daqui, provou ser uma obra-prima da condução divina e da docilidade humana.Embora as discussões mais profundas fossem proibidas (devido ao exílio do Fundador), essa corrente marcava e compenetrava toda a Família, de uma maneira muito efetiva. Na história do jovem heroi, ele experimentou o documento de fundação e a história da fundação, com os três pontos de contato (da Aliança de Amor), de forma exemplar, antes dos outros congregados.
As peregrinações ao local de sua morte produzem nas almas um efeito mais profundo do que os retiros ou atividades habituais. Ano após ano, os grupos aumentam e se renovam. Com o tempo, todos os grupos de Schoenstatt são atraídos. Assim, como parece, Deus revela claramente as suas intenções. Ao que parece, ele o quer com a honra dos altares. O aniversário de 50 anos da sua morte torna José Engling ainda mais presente e digno de beatificação, realizando um milagre necessário”.
De fato, mais e mais homens, mulheres e jovens são atraídos para este lugar abençoado por Deus com o sangue de seu testemunho, na fronteira entre a França e a Bélgica. Santuário onde o ser humano pode finalmente redescobrir sua unidade, em um mundo tão frequentemente fragmentado…
No dia 7 de outubro, a equipe de animação (de Cambrai) propõe um dia de “Portas abertas”, no dia 8, fará uma reunião de conscientização, informação e o lançamento do Ano do Jubileu. Nós contamos, se não com sua presença, pelo menos com suas fervorosas orações, para que nossos projetos sejam os mesmos de uma certa “Mãezinha”, como gostava de chamar o “jovem heroi”, que hoje é oferecido a todos (como modelo a seguir).
“Schoenstatt é uma árvore que sempre floresce!” João Pozzobon
Fotos: Bárbara Sthéfani Caldas