A Família de Schoenstatt teve a alegria de acolher, na bênção do Santuário de Caieiras/SP, a Cruz da Unidade ‘original’, confeccionada pelo Pe. Ángel Vicente Cerró no final da década de 1950. Atualmente essa cruz permanece no Santuário de Stuttgart, na Alemanha, sob os cuidados do Instituto Nossa Senhora de Schoenstatt dessa província.
Como o Santuário de Caieiras é assessorado pela comunidade das Senhoras de Schoenstatt e a Família local aspira viver as correntes de vida ligadas a esse símbolo, a presença da Cruz da Unidade original traz grande alegria a todos os que puderam encontrá-la pessoalmente.
Um dos símbolos mais conhecidos
A Cruz da Unidade converteu-se num dos símbolos mais característicos do Movimento Apostólico de Schoenstatt. Ela nasceu junto com a primeira geração de sacerdotes chilenos do Movimento que estudavam no Brasil e na Suíça. Entre 1958 e 1959, quando os primeiros seminaristas pallotinos estavam para serem ordenados sacerdotes, quiseram oferecer ao Santuário da Bellavista, em Santiago/Chile, que os viu nascer e crescer na fé, um crucifixo que expressasse a imagem de “Cristo Sacerdote”. Assim surgiu a ideia de representar no “Cristo dos Vínculos” a Cristo, que é a força do Espírito Santo e que está profunda e intimamente vinculado como Filho ao Pai, e também a Maria, sua Mãe, como colaboradora e companheira permanente da sua Missão Redentora dos homens.
A Cruz da Unidade foi criada pelo Pe. Ángel Vicente Cerró no Brasil, em Santa Maria/RS, e colocada no Santuário de Bellavista no Natal de 1960. Na parte de trás da cruz encontram-se três frases em latim, que expressam os ideais:
Unum in sanguie: Unidos no sangue (de Cristo)
Tua res agitur: Tua obra redentora
Clarifica te: Glorifica-te (na nossa pequenez e impotência)
Pe. Kentenich recebe a Cruz da Unidade
Em 16 de novembro de 1965, quando o Pai festejou seus 80 anos em Roma, os filhos de Bellavista levaram-lhe como presente a Cruz original, com o desejo de que retornasse ao Santuário chileno. Pe. Kentenich já a conhecia, uma réplica em madeira tinha-o acompanhado durante cinco anos em Milwaukee. Ao receber a cruz original e ser-lhe manifestada a intenção, perguntou: “É presente ou não é presente?” E, perante a resposta afirmativa, disse: “Presentes são presentes”. Então ele, por sua vez, ofereceu-a a Província do Instituto Nossa Senhora de Schoenstatt de Stuttgart, Alemanha.
Uma cruz missionária de Schoenstatt
Sem o querer, a Cruz da Unidade foi se estendendo a toda Igreja. A cruz, que começou com alguns sacerdotes, transformou-se em cruz para toda a Família e difundiu-se pelo mundo inteiro. No Movimento, fora do Chile, foi chamada primeiramente de Cruz do Chile. Encontra-se nos terrenos e no altar de muitos Santuários de Schoenstatt, em ermidas e Santuários Lares.
Mais tarde, pela densidade do seu simbolismo, com Cristo e Maria, começou a aparecer ao peito de cardeais, bispos, arcebispos, sacerdotes e comunidades religiosas. Foi o caso de Madre Teresa de Calcutá, que decidiu que toda a sua congregação a levasse. E assim foi assumida por muitas comunidades e muitas pessoas no mundo inteiro.
A Cruz da Unidade está em numerosos círculos da Igreja como grande anúncio da imagem que o Pe. Kentenich ofereceu a partir da Aliança de Amor com Maria. Para Schoenstatt, é um constante chamado à missão de levar Jesus e Maria, em Aliança, ao mundo.
Linda história! Como tudo em Schoenstatt belo, profundo e significativo. Eu a carrego há algum tempo em meu pescoço.