Peregrinação nacional das duas províncias brasileiras.
Ir. M. Nilza P. Silva / Karen Bueno – “Suba ao céu o louvor filial, em um cântico novo…”, logo cedo soava a canção pela Basílica Nacional de Aparecida, nessa quarta-feira, 20 de setembro. Assim inicia a Santa Missa, às 9 horas, com a presença da comunidade das Irmãs de Maria de Schoenstatt das duas províncias brasileiras, de Atibaia/SP e de Santa Maria/RS. A celebração, presidida por Dom Sergio Colombo, reuniu 146 Irmãs, dos quatro regionais brasileiros do Movimento Apostólico de Schoenstatt, junto com a superiora geral, Ir. M. Aleja Slaughter, que visita o Brasil. Em unidade nacional, a comunidade deste Instituto Secular celebra o Ano Jubilar Mariano diante do olhar da Mãe e Padroeira e, no Ano Pe. Kentenich, entoa unida no Santuário Nacional: “Vamos contigo, Pai é nossa missão, tua Aliança nossa missão”.
A Ir. M. Silvia Regina Formagio, superiora da Província Schoenstatt-Tabor, de Atibaia, explica sobre a peregrinação: “Nós viemos a Aparecida para agradecer a nossa Mãe, nesses 300 anos, e também trazer a nossa gratidão pelos 70 anos da vinda do nosso Pai ao Brasil. Também porque neste ano nós abrimos o jubileu de nossa Província Schoenstatt-Tabor, com um novênio em preparação aos 50 anos. Temos a alegria de ter em nosso meio a Ir. M. Aleja, nossa superiora geral, e viemos junto com a Província de Santa Maria. Esse é um momento muito especial, um momento histórico para as nossas duas províncias do Brasil”.
Grandiosas são as obras do Senhor
O bispo de Bragança Paulista/SP saúda a comunidade no início da celebração: “Com alegria nos encontramos na casa da Mãe Aparecida – a nossa casa – hoje numa circunstância muito bonita, junto com as Irmãs de Maria de Schoenstatt”. E salienta que as Irmãs de Maria estão em Aparecida para “manifestar a sua alegria pelo acontecimento já tão próximo de toda a Igreja no Brasil, os 300 anos que apareceu nas águas do rio Paraíba do Sul a imagem da Imaculada Conceição, carinhosamente chamada de Aparecida. Um sinal de Deus, do seu mistério de amor e misericórdia para o povo desta nação, chamado a constituir-se livre de toda escravidão, de toda dominação; ela, que mais uma vez nos reúne, ela, que em sua pequenez, humildade, pobreza, nos encaminha ao seu Filho Jesus”.
Dom Sergio diz que a palavra-chave para compreender o evangelho desse dia é ‘visita’, pois Deus vem ao encontro dos seus; mesmo que ele pareça distante devido às crises sociais, políticas, econômicas, Deus se faz sempre presente: “Nós não somos a Igreja da lamentação, do fracasso, a Igreja que se acomoda. Nós sabemos que, em meio a tudo isso, Deus nos visita, ele nos abraça. É o mistério da piedade que, a partir da Igreja, se comunica”. Por isso, é essencial “testemunhar que um mundo melhor, uma sociedade alternativa que se organiza a partir dele – portanto, com compaixão, com solidariedade – é possível”.
O bispo conclui a homilia com a prece: “A Mãe de Jesus, a Virgem Aparecida, nos assista como sempre assistiu, nos cubra com seu manto, ela que é Aparecida, Auxiliadora, Mãe da Esperança, ela que é Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável, que reúne milhões e milhões por esse mundo afora. Com ela olhamos sempre a Cristo, seu Filho, a amar e servir sempre, porque o reino de Deus só passa por aí (pelo serviço). Nesse mistério de amor e piedade todos nós nos encontramos. Às vésperas dos 300 anos do encontro da Mãe Aparecida, vamos renovar nossa esperança, refazer nosso caminho. Amém”.
Em Família, aos pés da Mãe
Com o Hino da Mãe Peregrina encerra-se a celebração eucarística e várias pessoas unem as vozes nessa canção tão conhecida do povo brasileiro. Muitos se aproximam das Irmãs de Maria para falar do Santuário, das visitas que fizeram aos diversos Centros do Movimento, ou então que recebem a Mãe Peregrina todos os meses. Grupos da Família de Schoenstatt também acompanham a peregrinação, celebrando junto com as Irmãs.
Como numa extensão do manto da Mãe e Padroeira do Brasil, as rampas de acesso à imagem de Aparecida se preenchem de azul marinho e todas as Irmãs presentes, do Brasil inteiro, aos pés da Mãe de Deus cantam e fazem sua homenagem, pedindo também pela Família de Schoenstatt brasileira.
“É simplesmente indescritível o que se sente quando se vem ao Santuário Nacional. Superou imensamente as minhas expectativas”, comenta a Ir. M. Lilian Goerck, superiora da Província Tabor, de Santa Maria/RS. “Foi uma cerimônia muito profunda e, ao mesmo tempo, percebemos a presença tão sensível da Mãe de Deus entre nós e a presença das Irmãs, naturalmente, das duas províncias, neste Santuário de Nossa Mãe Aparecida. Nós, da nossa Província Tabor, viemos também com a intenção bem profunda de peregrinarmos com o nosso Pai. Em toda celebração eu trazia presente nosso Pai e Fundador, que conosco vem ao Santuário Nacional para agradecer conosco todas as bênçãos que tem nos presenteado no Brasil Tabor, mas também trazer as nossas intenções e súplicas tão grandes. Por isso, uma gratidão imensa invade o coração nesse momento, também à Província Schoenstatt-Tabor por podermos peregrinar juntas como comunidade”.