O seminarista Cladson conta suas vivências com a Mãe e Rainha de Schoenstatt
Ir. M. Nilza P. da Silva – O teólogo Cícero Cladson Pereira da Silva, natural da cidade de Caririaçu/Ce, é seminarista da Dioc. de Crato/Ce, desde criança conhece a Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt. Atualmente, estuda na Dioc. de Quixadá/Ce e foi enviado para atuar pastoralmente no Distrito de Piranji, da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, Ibaretama/Ce. Ele nos conta sobre suas experiências com a Mãe Peregrina:
“Chegando na área de pastoral, após uma análise do contexto da comunidade, da vivência espiritual das famílias, que até então não tinham nada para experimentar a presença de Deus. Senti a necessidade de algo que reerguesse aquela comunidade, abrisse os olhos daquele povo, dando-lhes a compreensão de que eles também são Igreja e que esta igreja ainda está viva. Para isso, eu precisava de um projeto missionário que fosse ao encontro das Famílias, atendendo ao pedido do Santo Padre de sermos uma Igreja em Saída. Percebi, então que o Movimento de Schoenstatt poderia ajudar essa comunidade.
A preparação para acolher a Mãe Peregrina
O primeiro semestre deste ano foi para preparar a comunidade, capacitar os missionários e formar os grupos que recebem a Mãe Peregrina. Convocamos os agentes de pastoral, apresentamos a proposta do Movimento e estudamos juntos seus objetivos e espiritualidade. Iniciamos as visitas às famílias e fomos acolhidos com muito entusiasmo e expectativas por elas. Mesmo antes da chegada das imagens da Mãe e Rainha, já se desenvolve um bom trabalho.
No mês de julho, a Mãe e Rainha começou a visitar os 4 grupos formados, são 120 famílias do Distrito e temos ainda mais famílias que querem começar com a Campanha da Mãe e Rainha. Tudo isto foi favorecendo a articulação da comunidade enquanto família e enquanto Igreja.
O testemunho de quem sabe o que anuncia
Hoje os grupos realizam um trabalho verdadeiramente de discípulos missionários, dado que não é somente com conversas que os missionários chegam até ás famílias, mas com o testemunho de quem sabe quem está anunciando. É por este caminho em que algumas famílias se despertam e não se contentam em somente rezar o santo terço no dia de sua visita, mas acompanham as missionárias nas outras casas, demonstrando o seu desejo de está perto de Deus através de sua Mãe.
Tudo isto faz com que o dia em que o santuário visita a casa da família seja um momento ímpar. Existe toda uma preparação para acolher a Mãe e Rainha, como também àqueles que a acompanham movidos pelo amor à bondosa Mãe. É um momento esperado pelos enfermos, é um momento de reconciliação de algumas famílias, é um instante em que são feitos pedidos, pedidos estes que já ouvimos falar que foram alcançados em sua maior parte.
O protagonismo das missionárias
Hoje, os grupos são a base de nosso trabalho pastoral e os projetos que levamos para a comunidade são aplicados nos grupos, encabeçados pelas próprias missionárias que estão à frente, como por exemplo, a vivência do mês vocacional, em que todos os grupos se organizaram para celebrar e rezar por todas as vocações.
Algo que destaco é a autonomia destas missionárias, pois não esperam que nós seminaristas que trabalhamos lá ou o padre, venha e realize o momento, mas elas organizam tudo, desenvolvendo assim o protagonismo dos leigos. Como também o mês da Bíblia em que os grupos, realizam em suas áreas círculos bíblicos, meditando, debatendo e rezando.
Graças a Deus e a Mãe Peregrina, com o auxilio do meu companheiro de pastoral, o seminarista Emanuel Ribeiro (2° de Filosofia), e do Padre Eudasio, pároco daquela cidade, temos uma grande força agindo, e estamos esperançosos por mais ainda dias melhores.
Entregamos o trabalho para ela
Acredito que o Movimento Apostólico de Schoenstatt, presente na simples comunidade do Distrito de Piranji, está sendo revigorante, um claro sinal de Deus, um despertar das Famílias, que traz a esperança de dias melhores, e para nós seminaristas que lá atuamos, como também para o seu padre. É uma experiência animadora ver a comunidade se reerguer para estar a serviço de Deus.
O nosso trabalho nesta comunidade foi entregue à Maria, a comunidade que era tida como cheia de desafios, para que ela como Rainha tome para si as rédias do nosso trabalho, para que ela nos anime, nos motive a cada dia para encontrarmos os passos certos, para testemunhar o seu filho Jesus.
Ela é a grande missionária. Ela realizará milagres!
Uma frase muito me marcou no ritual de benção dos missionários: “Ela realizará milagres!”. É o que vemos hoje em nossa comunidade: o milagre acontecer! Pode incluir nesses milagres também o despertar de alguns jovens, pois, com alguns deles, estaremos dando inicio ao Grupo de Jovem da comunidade!
Quero continuar neste trabalho e, se possivel, até participar de formações que me aprofundar ainda mais esta experiência em nossa comunidade.”
Foto: Cladson