O centro internacional de Schoenstatt ganha os tons de verde e amarelo.
Karen Bueno – Durante todo este dia 12 de outubro, desde bem cedo, a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida permaneceu no Santuário Original em Schoenstatt, Alemanha, pela celebração dos 300 anos de graças para todo o Brasil. Com ela estava representada a nação brasileira e a gratidão a Deus que, em Aparecida, “ofereceu ao Brasil sua própria Mãe”, segundo nos fala o Papa Francisco.
Às 15 horas (10 horas segundo o horário de Brasília/DF), ao mesmo tempo em que milhões de pessoas se reuniam para a missa na Basílica Nacional de Aparecida, um grupo de brasileiros também se juntava para festejar o jubileu no Santuário Original de Schoenstatt. A sede do Movimento Apostólico ganhava sotaques de diferentes estados brasileiros, de norte a sul, todos unidos por grande amor à Mãe de Deus. “É como se um pedaço de Aparecida estivesse aqui, sinto como se estivesse lá”, conta Luciene da Costa, natural de Barbacena/MG e residente na Alemanha há 14 anos.
A Santa Missa foi presidida pelo reitor do Santuário Original, Pe. Antonio Bracht, e concelebrada pelo Pe. Jairson Hellmann, dehoniano residente na Alemanha; ambos brasileiros. Na homilia, Pe. Antonio recordou como a imagem “foi pescada e entrou tão silenciosamente na história do Brasil, bem do jeitinho dela, em silêncio, como fez em Caná quando falou ao ouvido de Jesus”.
Recordando as difíceis etapas de crise política, econômica, social que o país vive, Pe. Antonio afirma que “ao celebrar os 300 anos não podemos fechar os olhos para a realidade. É esse Brasil que colocamos diante da Mãe, pedindo que ela cuide, desde Brasília até todos os interiores. Vamos celebrar essa festa tão bonita não para que ela esconda as difíceis realidades, mas para que ela as redima, para que a Mãe leve tudo diante de Jesus e ele transforme o Brasil em vinho novo”.
Olhando a história de Aparecida, Pe. Antonio diz que as águas profundas representam cada coração, onde as redes são hoje lançadas, pois “Nossa Senhora quer acolher esses corações”. E que a pesca da imagem “é um símbolo da nossa tarefa missionária. Os pescadores foram eles mesmos missionários. Colocaram ela (a imagem de Aparecida) num lugarzinho preparado, chamaram os vizinhos para rezar… assim devemos ser, uma Igreja em saída. A Mãe está sempre indo e nos chamando a peregrinar com ela”. Pe. Antonio diz ainda que “quando Deus nos entrega Nossa Senhora, ele também se oferece, dá de si mesmo”, e conclui a reflexão incentivando a “lançar as redes como fez Maria, fazendo tudo o que Jesus disser”.
“Aparecida, para nós do Brasil, é algo inexplicável. Vir ao Santuário nesse dia foi muito especial, uma celebração tão pequena, mas de tanta grandiosidade”, comenta Tereza Guedes, natural de Salvador/BA, que mora há sete anos na Alemanha. Segundo Adriano e Fatima Rank, de Florianópolis/SC, “celebrar esse jubileu no Santuário Original foi inesquecível, uma experiência que vamos levar para a vida toda”.
A celebração concluiu-se com uma confraternização entre os brasileiros e a profunda gratidão de representar e entregar diante da Mãe e Rainha, no Santuário Original, toda a nação, com o pedido de que o novo século seja ainda mais repleto de graças e bênção para todos.
Fotos: Karen Bueno
Reichen Segen am heutigen Tag von der Mutter und Patronin Brasilien!