Novas correntes e nova vida.
Karen Bueno – Em 2017, o Congresso de Outubro do Regional Sudeste realizou-se de 27 a 29 deste mês, em Atibaia/SP, com o tema: “Vinculados ao Pai e Profeta, leigos que transformam o Brasil em nova terra mariana”. 140 pessoas, representantes dos diversos ramos, comunidades e apostolados da Obra, recordaram, analisaram, projetaram, rezaram, agradeceram… O Congresso de Outubro, a cada ano, reúne as lideranças do Movimento Apostólico de Schoenstatt, em cada regional brasileiro, iniciando um novo tempo e vinculando toda a Obra como uma única Família em Aliança.
O encontro inicia na sexta-feira a noite, com a Santa Missa, recordando, já na abertura, os principais fatos que marcaram o último período no regional, como o Ano Jubilar Mariano e a inauguração do Santuário de Caieiras/SP. O diretor regional do Movimento, Pe. Afonso Wosny, faz uma avaliação qualitativa do Sudeste, indicando os pontos positivos, as conquistas e também aquilo que precisa se melhorar e aspirar. Tudo isso é colocado em oração, com a vivência de abertura.
Olhar pelo coração do Pai
No sábado de manhã a palestra “Brasil, nova terra mariana” desafia e instiga a novas metas, acentuando a dimensão missionária, social e apostólica da Aliança de Amor. Apoiada nas reflexões do Pe. José Kentenich, a Ir. M. Nelly Mendes faz uma análise do tempo e busca caminhos pelos quais Schoenstatt pode responder as questões atuais. A “fenda” pela qual o Movimento deve olhar o mundo de hoje, segundo ela, é o coração do Fundador. Em resposta às questões atuais, Schoenstatt quer oferecer à Igreja e à sociedade, como perfil de santidade, o novo homem numa nova comunidade, pois, segundo o Pe. Kentenich, “o mundo atual somente poderá sarar, poderá reestabelecer-se por meio de santos”.
Tudo isso, o desafio de tornar o Brasil uma nova terra mariana, passa, em primeiro lugar, pela autoeducação, diz o conteúdo da palestra. “A nova comunidade é a nossa família, ali inicia a nova ordem social”, afirma a Ir. M. Nelly. Mas também é preciso estar em saída, especialmente no Ano do Laicato, ser “sal da terra e luz do mundo, um sal e uma luz schoenstattianos”, ela coloca.
Para tornar o tema da palestra mais prático, inicia-se em seguida um painel no qual alguns membros da Família de Schoenstatt contam como foi enfrentar certas situações desafiadoras, como o desemprego, a proposta de corrupção no trabalho, a ajuda aos colegas necessitados, a coerência de atitudes em todas as situações, etc.
Schoenstatt para o mundo
No período da tarde iniciaram-se três oficinas: “Leigos que transformam o Brasil”, “O Fundador nos envia”, “Eu mudo o mundo”. Cada uma delas trata de temas atuais e de forma prática, buscando encontrar caminhos para agir segundo a visão do Pe. José Kentenich, por uma cultura da Aliança de Amor.
Durante a noite a Família de Schoenstatt do regional participa da Santa Missa e abre o “Ano Pe. Kentenich”, com uma vivência e uma cantata em frente ao Santuário. “O Congresso é muito inspirador para viver os passos do Pai. Cada momento nos leva a uma unidade com ele. Ele está sempre nos ensinando para nos tornarmos, cada vez mais, instrumentos”, comenta a Sra. Lucimar Mazetto, da Liga de Mães de Miguelópolis/SP.
Sal da terra e luz do mundo
A Santa Missa abre os trabalhos do domingo e nela o Pe. Afonso estimula a defender a família com coragem, a uma cultura participativa, para gerar uma ação conjunta pela transformação: que o país tenha uma cultura marcada por Maria e pelo evangelho. Também na homilia ele convida todos a levarem do Congresso uma questão: saio daqui com mais amor a Deus e ao próximo? Ou, ao menos, com mais vontade de amar? Isso porque, diz o Pe. Afonso, a Aliança de Amor é para aprender a amar. É ter o homem no centro. “Tudo o que fazemos aqui vem de um encontro pessoal com a Mãe de Deus. Nosso Pai, por amor a ela, sempre quis ajudar a construir um mundo novo. Isso eu posso fazer onde quer que eu esteja, porque em toda parte há sempre uma pessoa para que eu possa amar”.
O trabalho continua e o desafio da manhã é encontrar três elementos que contribuam na formação de um novo lema do ano para o Movimento no Brasil. “Para onde Deus quer nos conduzir no próximo tempo?”, questionam os assessores. Assim, em sintonia com os outros regionais brasileiros, o Sudeste colabora na formulação do novo lema.
Enviados em missão, em frente ao Santuário, o impulso para a Família de Schoenstatt em 2018 é lutar para que o Brasil seja uma nova terra mariana, anunciado com ousadia a figura e o pensar do Pai e Profeta, o Pe. José Kentenich.
Fotos: Ir. M. Nilza P. SIlva / Karen Bueno