Já faz três anos, mas o ardor permanece vivo entre eles.
Karen Bueno – No ano de 2014 o Movimento Apostólico de Schoenstatt, no mundo todo, se preparava para celebrar seu jubileu centenário de fundação. Em diversos países, por vários cantos havia festa. Cada nação configurou o centenário conforme sua realidade.
Dentre todos os schoenstattianos, houve um grupo de jovens que pode vivenciar bem de perto toda a preparação junto ao Santuário Original. Os voluntários de 2014 eram um grupo de 30 representantes de 11 países. Eles permaneceram por meses em Schoenstatt e colaboraram na preparação de grande parte da festa.
Para esses jovens, as vivências de 2014 permanecem vivas e a Família de Schoenstatt ainda colhe os frutos da virada do século. Prova disso é o reencontro dos voluntários, três anos depois. No último dia 18 de outubro alguns jovens de Argentina, México, Paraguai e Chile se reencontraram em Schoenstatt para marcar o primeiro triênio do novo século.
O jovem Matías Rossi, de La Plata/Argentina, explica porque se inscreveu como voluntário: “Eu cresci muito em Schoenstatt e quando se abriu a possibilidade do voluntariado eu me inscrevi porque queria devolver ao Movimento um pouco de tudo o que Schoenstatt me deu, com meu trabalho e com minha vida em geral”. Ele ficou sete meses colaborando na preparação do jubileu e conta: “Para mim, como a todos os jovens, creio que marcou muito a vida em comunidade, o estarmos juntos. Éramos 30 jovens que vivíamos sempre juntos, trabalhávamos e nos sentíamos irmãos”.
Matías conta o que permanece vivo para a Família de Schoenstatt, desde 2014, em sua visão pessoal: “Creio que hoje, em nossa sociedade, falta muito a coragem de entregar a vida por Deus. O que fica do centenário é rezar mais, seguir aprofundando nossa vida interior e oferecendo mais contribuições ao Capital de Graças”.
Segundo Aldo Padilla, de Guadalajara/México, depois dessa experiência, “o espírito segue, o fogo permanece aceso e a família cresceu”. Ele ficou um ano em Schoenstatt. “O que mais me marcou foram todos os presentes que a Mãe nos ofereceu: a irmandade, a família, os milagres de graça que vivemos. Para nós permanece a chama da missão, de seguir crescendo e levar Schoenstatt a novas terras. O fogo não cabe mais somente em nós; é a terceira graça (do Santuário), experimentamos esse fogo, nos transformamos e queremos compartilhá-lo”.
Os rostos me acompanham
Muitas coisas mudaram após essa experiência, diz Soraya Giacomi Zaldivar, de Assunção/Paraguai, “mas, mais que tudo, o amor ao Santuário Original e a responsabilidade que temos, como latino-americanos, para com o Santuário Original, porque nós também temos, com nossas contribuições ao Capital de Graças, que manter esse Santuário”.
Falando sobre aquilo que viveu no período de voluntariado, ela conta: “O que mais me marcou foi poder ajudar as pessoas a estarem em Schoenstatt e poder ver, pela primeira vez, como elas mudavam ao chegar ao Santuário. Pude ver como muitos chegavam pela primeira vez e o rosto, as expressões dessas pessoas me acompanham sempre; fiquei nove meses em Schoenstatt, mas, de todo esse tempo, essa hora foi a que ficou muito marcada”.
Entre todos eles, pelo menos entre os que conseguiram se reunir novamente, reina o mesmo entusiasmo e o compromisso que levam para os seus países, um fogo vivo a arder e a construir o novo século de Schoenstatt.
Foto: Karen Bueno