Retiro anual da comunidade e os desafios da missão e do apostolado.
Karen Bueno – A palavra “futuro” esteve muito presente este ano no retiro da União Apostólica Feminina de Schoenstatt do Brasil. O espírito familiar da comunidade, junto com os momentos de silêncio, meditação, oração e tudo mais miravam o aprofundamento interior, mas também o desafio de sair ao mundo para ser ponte entre Cristo e os homens.
Desde o dia 7 de janeiro até esta quinta-feira, dia 11, as 14 unionistas dedicaram-se ao cultivo da vida interior. As meditações foram dirigidas pelo Pe. Severino Araújo, do Instituto dos Padres de Schoenstatt, e o encontro aconteceu no Santuário Tabor da Permanente Presença do Pai, em Atibaia/SP. No próximo sábado, dia 13, a comunidade peregrina a Aparecida/SP, visitando a Mãe e Padroeira e colocando diante dela todos os anseios que a União Apostólica carrega hoje.
O lema internacional da União Feminina este ano foi também o tema do retiro: “Pai, contigo, do Cenáculo rumo ao futuro”. A dirigente da região, Sandra Féres, explica: “Por ser o Ano do Pai, sempre com ele, partimos do nosso Cenáculo àquilo que nos espera, tendo essa visão de futuro, sempre almejando algo mais”. Os temas refletidos abordaram a vida e os exemplos de Gertraud von Bullion – a primeira mulher a ingressar na Obra de Schoenstatt e na União Feminina – também o centenário do Congresso de Hoerde, em 2019, para o qual toda a União Apostólica de Schoenstatt se prepara – nesse Congresso a União foi fundada, em 20 de agosto de 1919.
Todo o retiro teve como linha central o “Ano Pe. Kentenich”, que marca os 50 anos de falecimento do Pai e Fundador de Schoenstatt. “O nosso retiro foi todo fundamentado neste ano jubilar do nosso Pai e Fundador, no qual estamos embebidos de suas graças. Queremos levar uma União em saída a esse mundo afora, todo o carisma do nosso Pai e Fundador e toda a pedagogia que ele nos deixou. Que nós possamos ser no mundo – como foi muito enfatizado no retiro – essa ponte entre Cristo e os homens”, diz Roberta Queli Santi.
A proposta de ser um canal de graças, de ligar os homens a Cristo, foi tema nas meditações do Pe. Severino. A unionista Maria Henrique Alves fala sobre como ser essa ponte: “O retiro foi um tempo bem abençoado de nos prepararmos para o futuro, para trabalhar no dia a dia, em nossas profissões, em nossas famílias. Tudo o que vivenciamos, nós levamos ao mundo por meio do apostolado do ser, não tanto por palavras, mas, principalmente, pelo agir e ser feminino”. A renovação é o que Joelma Melo leva para sua vida cotidiana: “Precisava me reestabelecer, reforçar a vida espiritual e pessoal, foi muito bom e o padre nos ajudou muito com suas reflexões”.
No Brasil a União Feminina conta com 17 vocações, somadas a mais duas de Porto Rico, que integram a região. São mulheres leigas e consagradas, solteiras, que exercem sua profissão e realidade cotidiana em meio ao mundo, ou seja, que não têm vida comunitária. A espiritualidade central que as move é a do Cenáculo, tendo uma sensível ligação com o Espírito Santo. Clique para conhecer mais.