Uma jornada de amor e sacrifício pela Cordilheira dos Andes.
Karen Bueno – A experiência é “só para os mais ousados e apaixonados pela Mãe de Deus”, escreve o Pe. Claudio Martínez Felmer, diretor da Cruzada de Maria 2018, que inicia em 19 de janeiro e termina em 5 de fevereiro. A 7ª edição da “loucura de amor”, como é chamada, reúne 120 rapazes da Juventude Masculina de Schoenstatt (Jumas) da América Latina para atravessar a Cordilheira dos Andes e, mais do que isso, expressar todo o amor e gratidão a Jesus e à Mãe de Deus.
São 17 dias caminhando entre os 400 quilômetros que separam o Santuário de Mendoza, na Argentina, do Santuário de Bellavista, em Santiago, no Chile. A distância, por si só, já é desafiadora e, além disso, há dois fatores também muito gritantes: o relevo montanhoso e a altitude (3.850 metros acima do nível do mar). É esse trajeto que os jovens vão enfrentar, incluindo seis brasileiros:
Robson Prado, de Cornélio Procópio/PR
Elcio Faria Pimenta Filho, de Cornélio Procópio/PR
João Paulo Sabaine Fagundes, de Maringá/PR
Renato Soares, de Londrina/PR
Rafael Santos Ribeiro, de São Paulo/SP (Jaraguá)
Caio Raposo, de Olinda/PE
“Estou numa expectativa muito grande, contando os dias, porque espero voltar de lá um homem renovado, cheio do fogo do Cristo Tabor, para que possa incendiar o Jumas de Maringá”, comenta João Paulo.
Rafael Santos espera essa oportunidade há vários anos: “Meu primeiro contato com a Cruzada de Maria foi através do meu ex-dirigente, que participou em 2007. Na época eu era Pioneiro, tinha 13 anos e fiquei apaixonado pelas vivências que ele nos relatou; naquele instante, mesmo sem saber ao certo como era, me encantei por tudo aquilo. Desde então espero ansiosamente viver esse momento. A Mãe já mostrou muitas vezes seu amor por mim e agora chegou a hora do meu amor. Conto com a oração de todos e darei meus passos como entrega ao Capital de Graças para retribuir essas orações”.
A primeira edição da Cruzada de Maria realizou-se em janeiro de 1999. Depois vieram as Cruzadas dos anos 2001, 2004, 2007, 2010 e 2014. A Cruzada de janeiro de 2018 será a VII versão. O Pe. Claudio conta: “Até onde sabemos, é a peregrinação que percorre mais quilômetros na América e que chega a maior altitude. Também passamos por vários Santuários de Schoenstatt, pelos túmulos de Santa Teresa dos Andes e de Santo Alberto Hurtado e pelo Santuário Nacional de Maipú, onde ocorreu a batalha que há 200 anos consolidou o processo de independência do Chile e o histórico abraço entre os generais San Martín e O´Higgins. Como nas versões anteriores da Cruzada, vamos reviver o caminho realizado pelo exército libertador dos Andes. Em 2018 também se recordam os 100 anos da morte de José Engling”.
Segundo Robson Prado, de Cornélio Procópio, “a Cruzada de Maria vai muito além do esforço físico, é uma grande oportunidade de conectar-se com a nossa Mãe e seu filho Jesus. Acredito que essa oportunidade veio na hora certa em minha vida. É a realização de um dos grandes sonhos que cultivo, momento de repensar os caminhos e retornar com ainda mais força para minha caminhada em Schoenstatt”.
Complementa ainda que, “trata-se também do cultivo da unidade internacional para o Jumas, uma experiência que não está ligada as fronteiras, mas sim por uma loucura de amor a Maria, um sentimento forte que pode nos levar a superar qualquer dificuldade que apareça pelo caminho. E, individualmente, para muitos a Cruzada pode se tornar uma forma de entrega ao Capital de Graças e desenvolvimento da autoeducação, o ponto de partida para uma mudança profunda espiritual e início de uma nova ótica na missão de construir um mundo mais orgânico e aplicá-lo em nossos apostolados, e é isso que espero trazer de lá”.
Finalizou dizendo que está ansioso e preparando os últimos detalhes da viagem e logo estará rezando, juntamente com muito jovens de vários países, por toda a Família de Schoenstatt.
Mais informações: cruzadademaria.jmschoenstatt.cl
Confira alguns testemunhos:
Robson Prado:
Rafael Santos:
João Paulo:
Elcio Faria: