Cinco casais se aventuram a uma entrega mais profunda a serviço de Schoenstatt e da Igreja.
Karen Bueno – Durante a jornada anual da comunidade, o Instituto de Famílias de Schoenstatt celebrou o início do noviciado de um novo Curso. Após alguns meses como postulantes, cinco casais se tornaram noviços, abrindo uma caminhada vocacional de conhecimento, discernimento e aprofundamento na vocação de famílias consagradas. Os casais são Thaísa e Caio Camargo, Marcia e Louriano Barros, de Campinas/SP, Lidiane e Rodrigo Bernardeli, Cristiane e Raul Martins, Alessandra e Cleiton do Carmo, de São Bernardo do Campo/SP.
A Santa Missa foi celebrada no dia 13, sábado, no Santuário de Atibaia/SP, presidida pelo assistente internacional do Instituto, Pe. Marcel Mouras, e concelebrada pelo assistente regional, Pe. Ivan Simicic. Rodrigo e Lidiane contam: “Nós buscávamos um lugar que nos completasse, que nos deixasse encantados e nos desse uma esperança real de uma vida feliz. Buscamos isso em vários ramos e quando conhecemos o Instituto nos sentimos chamados: vinde e conhecei! Nós fomos conhecer e achamos que esse é nosso lugar, encontramos um porto seguro para viver tudo o que sonhamos quanto à família e a uma vida de comunidade”. E acrescentam: “Esse início de noviciado representa, para nós, uma nova vida”.
Cleiton e Alessandra foram surpreendidos com o chamado vocacional para a comunidade: “Nunca passou em nossa cabeça entrar no Instituto, era uma ideia distante. Nós viemos da Juventude (Jumas e Jufem), casamos e entramos na Liga de Famílias. Atuávamos na Liga e, durante esse período, nos questionamos em buscar um crescimento, mas, até aí, pensávamos nesse crescimento dentro da própria Liga. Surgiu, então, um encontro de apresentação do Instituto e naquele dia em diante tudo mudou. Nós éramos dirigentes da Liga e fomos nesse encontro somente para conhecer a comunidade e poder informar às pessoas que quisessem saber mais sobre ela. Mas, quando começamos a conhecer, veio um ‘estalo’ e vimos que era esse o nosso caminho”.
Para Louriano e Marcia, o chamado vocacional chegou de forma natural: “A escolha pelo Instituto é fruto de uma vivência, de uma vida no Movimento. Nós conhecemos o Instituto de Famílias muito cedo, ainda éramos namorados e, desde aquela época, já sentíamos uma semente nascer e deixamos amadurecer para hoje frutificar, então foi um processo. Acho que o que mais nos tocou para estarmos aqui foi a familiaridade e a filialidade”.
Ano Pe. Kentenich
Os superiores do Instituto na região, Angelica e Ronaldo Hashimoto, veem esse novo Curso como um presente jubilar: “Para a comunidade é uma bênção e uma grande resposta que tenhamos vocações. As cinco famílias tiveram um tempo de postulado, de discernimento, e escolheram entrar nesse processo de educação que é o noviciado. Para nós, é uma resposta do próprio Pai e Fundador no ano dele, que ele olha por nossa comunidade. Sentimos que cada vocação é uma oração atendida do nosso Pai”.
Para Raul e Cristiane Martins, iniciar o noviciado no Ano Pe. Kentenich é um presente e uma missão: “Com muitos anos no Movimento, tínhamos consciência de que é nossa responsabilidade levar os passos do Pai, a cultura da Aliança em nossos atos e em nossa vivência pessoal e, enquanto casados, também por nossa família, pelo trabalho e na vida com os filhos. E este Ano Pe. Kentenich coloca uma responsabilidade a mais, porque temos a incumbência de levar o Pai, seu pensamento ao mundo, para que a ideia predileta dele se faça presente e o céu toque a terra. Para nós é uma responsabilidade e uma alegria muito grande, porque fomos cativados e somos apaixonados, assim como o Pe. Kentenich também era, por essa ideia”.
O noviciado
O casal educador deste Curso, José Roberto e Bernadete Nassif, explica que, “assim como nos outros Institutos de Schoenstatt, o noviciado é um tempo de crescimento e de discernimento. A família busca conhecer e se aprofundar mais, verificar se de fato essa é sua vocação, rumo a uma primeira consagração com a comunidade que, no caso, ocorre em torno de cinco anos. É um tempo em que a formação, o estudo, a partilha de experiências e de vida é muito intensificado. As famílias assumem menos apostolados, porque se dedicam a crescer, para que depois possam realmente florescer: é como uma árvore que cria raízes para depois florescer. É o momento de criar raízes em Schoenstatt e na Igreja para depois dar os frutos que lhes são pedidos”.
Além disso, “é essencial esse período de noviciado para que a família experimente, dentre outras coisas, a nossa característica comunitária. Isso é muito forte durante o noviciado, as famílias têm a oportunidade de se vincular mais com os irmãos de curso e verificar se, de fato, é esse o caminho que Deus pensou para cada uma delas”.
O período de formação até a consagração-contrato perpétua leva em torno de dez anos, com mais dois terciados (um período de formação mais intensa) ao longo dos anos. “É tudo novo e esperamos um caminho de crescimento espiritual e autoeducação”, comentam Cleiton e Alessandra.
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