A “Caminhada Pe. Kentenich” teve início em Joanópolis e terminou no Santuário de Atibaia
Jaqueline Montoya Mariano – O “20 de Janeiro” deste ano teve um significado muito especial para um grupo corajoso de peregrinos. Reunidos em prol da beatificação do Pe. José Kentenich, eles encararam uma caminhada de mais de 15 horas para chegar ao Santuário de Schoenstatt de Atibaia/SP. Vindos de Joanópolis/SP, Piracaia/SP e Atibaia, cerca de 60 pessoas (entre peregrinos e apoio) concluíram a meta.
O grupo iniciou sua preparação às 23h30min, na Paróquia São João Batista, em Joanópolis. Lá houve um momento de oração, com reza do terço, músicas e na sequência o envio, com a coroação do quadro da Mãe que acompanhou o grupo por todo o trajeto.
Além da proteção da Mãe e Rainha, o grupo também caminhou sempre com a cruz e um quadro do Pai e Fundador, Pe. José Kentenich. Antes da saída todos puderam conhecer um pouco mais sobre ele e rezaram juntos a oração por sua canonização. Após a preparação espiritual foi a hora de iniciar a parte física e partir rumo ao Santuário.
Capital de Graças em todos os momentos
E se você se pergunta o porquê desse sacrifício todo, alguns peregrinos explicam. “Vim aqui pela minha fé, minha devoção à Mãe e por tantas graças alcançadas”, resumiu Fábio Henrique de Almeida. Ele recebe a Peregrina há mais de dez anos e tem uma grande gratidão à Mãe e Rainha.
A peregrina Cíntia Ribeiro comentou algumas dificuldades. “Andar pela cidade foi uma parte muito difícil (referindo-se ao trajeto realizado já em Atibaia). Já fui para Aparecida de bicicleta ao menos sete vezes e sei das dificuldades de uma peregrinação. O que não deixa a gente desanimar é a fé, a persistência, o querer chegar”, comentou. “Em um trecho, ao longe vi a imagem da Mãe e pensava: vamos chegar!”. E foi assim, passo atrás de passo e com muitas contribuições ao Capital de Graças que eles chegaram.
Movidos pela fé
A caminhada também teve momentos chave de espiritualidade, conduzidos pela organizadora Rosa Oliveira. O grupo parou por duas vezes na cidade de Piracaia para isso. A primeira parada foi na Gruta Nossa Senhora Aparecida e na sequência houve o café da manhã, na Paróquia São Brás, que acolheu alegremente os peregrinos.
Silvana Forell, professora de educação física que acompanhou o grupo, explicou a relação da fé com a atividade física. “Quando você tem fé, você deixa de ter medo. Deus te dá coragem e te leva além. Se você confia em Deus você vai até o impossível Vemos pessoas que se sentiam incapacitadas de fazer esse caminho e elas foram muito bem, se superando. Isso graças à confiança em Deus e ao empenho em dar o seu melhor”, explicou.
Chegada ao Santuário: recebidos pelo Pai e pela Mãe
A partir das 15 horas, os peregrinos começaram a chegar ao Santuário. A recepção calorosa contou com fogos de artifício e o tão esperado encontro com a Mãe e o Fundador. O momento foi conduzido pela Ir. M. Carolina Montedori da Silva e pela Ir. M. Paula Vicentina Quessada.
O grupo subiu de mãos dadas até a estátua do Pe. José Kentenich, onde puderam rezar a oração de canonização. “Agradecemos por essa iniciativa e pelo ‘sim’ de cada um. Vocês podem oferecer cada passo, cada dor, cada sacrifício também pela canonização do Pai e Fundador, queremos que ele se torne cada vez mais conhecido na Igreja”, disse Ir. M. Carolina aos peregrinos reunidos em torno do Pai.
Depois foi a vez de todos entrarem no Santuário e se encontrarem com Cristo, presente no Santíssimo Sacramento. Na saída foram até a pira, onde ofereceram suas contribuições ao Capital de Graças, que foram queimadas na presença de todos. Houve, por fim, a Santa Missa, presidida pelo Pe. José Alem, coroando todo o esforço.
A presidente da Câmara Municipal de Atibaia, vereadora Roberta Barsotti, também acompanhou a chegada dos peregrinos ao Santuário: “Vejo essa caminhada como algo extremamente importante. A caminhada é um processo meditativo muito bom. O Santuário é um espaço abençoado, muito bonito, arborizado, acho que independente da fé as pessoas deveriam vir até aqui para conhecer este lugar”, destacou.
Gratidão pelo “20 de Janeiro”
Para Rosa Oliveira, organizadora da peregrinação, esse foi um dia de muita alegria. “Organizei esta caminhada pelo meu amor ao Pe. Kentenich, para mim ele já é santo. Quis mostrar para as pessoas a grandiosidade que ele teve, fazer com que ele se torne conhecido”, afirmou.
Rosa também destacou que a caminhada, mesmo em menor proporção, também foi uma oportunidade dos peregrinos se sentirem como na guerra que o Pai enfrentou: “Aqui também tivemos momentos de angústia, de dor, sofrimento, pudemos vivenciar um pouco da guerra”, finalizou.
E se perguntarem se valeu a pena todo esse sacrifício, podem apostar: a resposta é SIM.
Fotos: Jaqueline Montoya Mariano
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