O lema do ano para 2018.
Karen Bueno – A Juventude Feminina de Schoenstatt (Jufem) do Brasil tem um novo lema para 2018: “Eis-me aqui Pai, minha mão em tua mão”.
A frase é fruto de muita reflexão, partilha e oração entre as dirigentes das diversas cidades do país, reunidas em seu encontro nacional nos dias 27 e 28 de janeiro, no Santuário de Atibaia/SP. O encontro contou com 39 jovens, mais as assessoras, de 29 cidades.
Bárbara Melo chegou de Garanhuns/PE para o encontro e conta: “Dessa vez eu vim representando o nordeste, pois as outras meninas, de outros locais, não puderam estar, então é uma grande responsabilidade. Nós somos um regional muito novo e a nossa presença é importante para poder criar essa unidade”. Segundo a Ir. Gloria Maria Melo, “todo o encontro foi muito perpassado pela aspiração à santidade e isso é muito positivo, porque estamos nos 50 anos da Páscoa do nosso Fundador e o grande empenho dessa geração é pela sua beatificação, o reconhecimento pela Igreja de que ele é um santo, e nada melhor que a santidade dos filhos para comprovar a santidade do Pai”.
Eis-me aqui!
A programação do encontro foi rica em temas de formação e também trabalhos em grupo. A Ir. M. Nelly Mendes apresentou uma palestra com o enfoque “Brasil: nova Terra Mariana!”, indicando a realidade nacional do país e os caminhos para se construir, de fato, uma nova terra, guiadas e educadas pela Mãe de Deus.
Em sintonia com as correntes de vida da Igreja, o “Jornal da Jufem” trouxe testemunhos concretos de como as jovens podem ser sal e luz no mundo nas pequenas coisas do dia a dia. Esse painel foi apresentado pela Ir. Adriane Maria Andrade, com o tema “Lírios do Pai, sal e luz para o mundo”.
Contextualizando a realidade do mundo atual, a Ir. Eliza Maria Silva falou sobre “Os desafios pedagógicos na Modernidade Líquida”, abordando as características da juventude e as dificuldades de ser guia e dirigente no contexto de hoje. “As palestras foram muito ricas e a nossa vivência foi muito boa. Acho que era o que estávamos precisando para iniciar o ano”, comenta a dirigente Vassula Belinato, de Barbosa Ferraz/PR.
Houve também três trabalhos em grupo, sendo o primeiro deles sobre as dificuldades enfrentadas pela Jufem e o que as dirigentes desejam para o próximo ano, quais caminhos pretendem tomar. A Ir. M. Lidiane Francisconi apresentou as correntes de vida de Schoenstatt e da Igreja para, a partir daí, formularem o novo lema. Mais tarde, com o lema já definindo, o terceiro assunto nos grupos era o que a Jufem quer, concretamente, realizar a partir dele.
Minha mão em tua mão
Segundo Ana Laura Santini, de Santa Maria/RS, “o Encontro Nacional de Dirigentes é sempre uma experiência muito interessante em relação à unidade, porque todos os regionais se reúnem e a gente percebe o que é vida nas regiões. Nós trocamos experiências e o que a Jufem está fazendo em alguma cidade pode inspirar e dar frutos em outros regionais. Também deixamos a Providência Divina atuar, porque é por meio desse encontro nacional que a gente descobre o lema que vai impulsionar a Jufem durante todo o ano”.
Sobre o novo lema do ramo, a Ir. Gloria Maria aponta: “Percebi que elas estão muito convictas em dar uma contribuição ao Ano Pe. Kentenich e o lema expressa esse desejo de vinculação com ele. É também uma forma de dar ao lema do Movimento um colorido próprio da Jufem. O ‘Eis-me aqui’ remete à JMJ do Panamá, que é muito mariana. Esse ‘eis-me aqui’ quer mostrar a prontidão da Jufem, a mesma prontidão dos herois de Schoenstatt – que diziam ‘ou tudo ou nada’ – só que com um acento feminino; quer dizer: estou totalmente disposta”. E também: “A ‘minha mão na tua mão’ diz que eu não vou sozinha, o Pai vai comigo, ele me conduz. Essa parte revela a vinculação com o Pai e Fundador. O ‘eis-me aqui’ também tem, implicitamente, o sentido da conquista da santidade, como um presente ao Pai e Fundador: o esforço de cada jovem em conquistar a santidade é uma contribuição para a sua causa de beatificação”.
Ana Laura comenta que o novo lema faz referência às passagens bíblicas, às respostas que várias pessoas deram no Antigo e no Novo Testamento: “Tem essa questão da unidade bíblica, mas também é uma resposta que nós damos ao Pai no próprio ano dele. É como se a gente se colocasse à disposição dele e com um sentimento de unidade. A expressão ‘minha mão em tua mão’ ressalta essa unidade e também o contato íntimo com o Pai, porque a gente não dá a mão (no sentido da entrega) para quem não conhece, somente às pessoas íntimas. Se a gente está depositando a nossa mão na mão dele, é um sinal de unidade e não só como Jufem nacional, mas que cada uma, intimamente, tem que buscar esse conhecimento mais profundo do Pai. E não só conhecê-lo intelectualmente, mas se aproximar mais dele por meio de vivências, de livros, de experiências mais profundas, etc”.
Durante essa semana um grupo de dirigentes dos quatro regionais brasileiros permanece em Atibaia para preparar o material de estudos para a Jufem em 2018. A intenção é aprofundar o lema e apresentar caminhos concretos para se viver o “Eis-me aqui” na vida diária: filialmente, heroicamente, puramente, santamente…
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