Inicia hoje a primeira “Missão de Rua” da Juventude Masculina de Schoenstatt (Jumas).
Karen Bueno – Comer, rezar, dormir, partilhar a vida com os mais pobres entre os pobres. Esse é o desafio missionário que um grupo do Jumas assume pela primeira vez. A “Missão de Rua”, neste Carnaval, vai ao encontro daqueles que vivem pelas calçadas e cantos obscuros da periferia. De 10 a 13 de fevereiro, cerca de 20 missionários e assessores partem em busca do Cristo que sofre, na dor dos demais, pela cidade de São Paulo/SP.
O reitor da Missão, Daniel Ceccon Guimarães, diz que tudo será uma grande surpresa, por ser a primeira experiência. “Esse projeto nasce como uma iniciativa de sair um pouco das salas de formação, somente dos materiais e livros, e ir ao encontro do próximo. Ir especialmente ao encontro daqueles que sofrem, que passam despercebidos em nosso dia a dia, dos nossos irmãos de rua. Então, nesses dias de festa do Carnaval, queremos encontrar a Cristo no pobre, encontrar Cristo no irmão de rua, nos inserir, ainda que pouco, nessa realidade e entender o que eles passam, sobretudo, aprender e partilhar. Esperamos, nesses dias, partilhar o pão com eles, partilhar o chão, porque vamos dormir nas ruas, vamos comer com eles, partilhar a vida: conversar, aprender, ver o que toca a vida de cada um”.
Na perspectiva de que “tocar a ferida do pobre é tocar a Cristo”, os jovens querem levar a espiritualidade da Aliança e a presença de Maria às ruas, transformando a periferia em uma extensão do Santuário, onde os filhos encontram, por meio deles, o coração da Mãe de Deus. “É uma iniciativa de sair, de ir ao encontro do próximo, de concretizar a cultura da aliança e a cultura do encontro e tudo o que essa corrente de vida significa, transformar isso em gestos práticos, fazendo algo pelo próximo”, explica Daniel.
A primeira Missão de Rua será assessorada pelo Pe. Ailton Brito, Pe. Afonso Wosny e seminarista Vitor Possetti, do Instituto dos Padres de Schoenstatt, contando com o apoio de um sacerdote da Missão Belém, que há anos realiza trabalhos de apoio e acompanhamento à população de rua.
Daniel salienta um pedido importante: “Nesse primeiro momento, queremos pedir que todos se unam a nós na oração. Como o Pe. Alexandre [Awi] sempre nos dizia, a missão é feita pelos pés que partem, pelas mãos que ajudam e pelos joelhos que rezam. Sem oração a gente não consegue e vamos precisar dessa força de todos, especialmente da Família de Schoenstatt, que se unam em oração para que o Espírito Santo esteja conosco, que nos ilumine e que seja uma missão muito boa, que dê frutos para nós, para eles, para todo mundo”.