Pe. José Alem vai atender os peregrinos e o Movimento em Atibaia.
Karen Bueno – O nome dele já é conhecido para os leitores da Revista Tabor e também para muitos que visitam ou participam de encontros no Santuário de Atibaia/SP. O Pe. José Alem chega oficialmente, em 2018, para colaborar com os encontros do Movimento e com a Pastoral do Santuário Tabor da Permanente Presença do Pai, em Atibaia, nas diversas atividades necessárias.
Pe. Alem é Missionário Claretiano e há vários anos está em contato com o Movimento Apostólico de Schoenstatt em alguns Santuários, como o de Londrina/PR e da Vila Mariana-São Paulo/SP. Nos últimos anos, muitas celebrações foram presididas em Atibaia e agora ele passa a residir e colaborar neste Centro, com a liberação do Bispo da Arquidiocese de Campinas/SP, à qual pertence, e de seus superiores.
Questionado sobre o seu carisma, ele conta: “A nossa Congregação é fundada por Santo Antônio Maria Claret e tem como nome oficial ‘Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria’. Então nós somos missionários e uma das razões pelas quais eu estou neste Santuário é exatamente ser um missionário. O missionário é aquele que vai servir a Igreja onde ela precisa. Se aqui está precisando e eu posso ajudar, estou aqui!”. Essa originalidade, diz o Pe. Alem, pode auxiliar em sua nova missão: “Nossa identidade tem um sentido muito profundo. Biblicamente falando, o coração é a essência da pessoa, é sua alma. O perfil mariano se expressa, na nossa congregação, num aspecto missionário e, para ser missionário, temos que viver como filhos de Maria. Isso o Pe. José Kentenich acentua muito (a filialidade) e eu diria que são dois aspectos de um mesmo mistério, que se encontram. Então, eu me alimento do meu carisma e também do carisma do Pe. Kentenich e acho que de algum modo também contribuo para trazer uma luz”.
Dos contatos que tem com a Obra de Schoenstatt, Pe. José Alem partilha suas impressões: “Eu vejo [Schoenstatt] como uma grande manifestação do Espírito Santo, através de Maria, para os tempos de hoje. Percebo que neste último século, quando vão entrando algumas visões mais materialistas, ideológicas e também um mundo mais secularizado, Deus suscitou muitas Obras na Igreja, entre as quais está a de Schoenstatt. Cada um tem o seu perfil, o seu carisma e compreendo que são respostas para o nosso tempo. Uma coisa que acho muito especial no Movimento é esse perfil mariano. Isso foi, digamos, redescoberto no Concílio Vaticano II de uma maneira nova, não só a devoção a Maria – embora existam tantas –, mas descobrir o perfil mariano da nossa fé, da nossa Igreja. A figura de Maria como Mãe, como modelo, educadora”.
Pelas vivências e contatos com o Santuário e a Obra de Schoenstatt, ele conta o que leva, dessa espiritualidade, para a vida pessoal: “Consigo levar muita coisa. Uma delas é esse caminho com Maria. Ver Maria como modelo de ser humano me encanta. Se queremos contemplar um ser humano como Deus o fez, à sua imagem e semelhança, a gente olha para Maria. Ela configura, para mim – e vejo que o Pe. Kentenich trabalha isso de diversos modos diferentes – esse papel educativo na fé. Então eu tenho uma Mãe que me ensina com o exemplo e me estimula. Isso para mim é muito importante, essa confiança filial, esse reconhecimento a Maria por tudo aquilo que ela é”.
Eventualmente, dentro de suas possibilidades, Pe. Alem também tem colaborado em outros Santuários de Schoenstatt, como o de Poços de Caldas/MG. Mas o seu foco de trabalho, durante este ano, são os peregrinos e alguns grupos do Movimento em Atibaia: “Eu vim para servir. Primeiramente atender as romarias, que vêm com muita frequência. Atender tanto nas celebrações, quanto nas confissões e outras necessidades. Ajudar na formação necessária através de catequeses, cursos, palestras… Vim para ver e ajudar naquilo que é necessário”.
Sob a sombra do Santuário e o contato filial com a Mãe de Deus, ele partilha suas perspectivas para este ano: “Eu gostaria de prestar um serviço que ajudasse as pessoas a crescerem no conhecimento e na graça de Cristo, como diz São Pedro (2 Pe. 3, 18). Gostaria de ajudar as pessoas a redescobrirem o papel de Maria e também aprender com isso. Quero mostrá-la não só como aquela que está no céu, mas como mulher, virgem, mãe, viúva, a mulher que viveu uma história como a nossa, que enfrentou as dores, alegrias, desafios… Tudo o que ela passou é também um chamado para a gente viver da mesma forma. Espero contribuir para descobrirmos em Maria o nosso ‘vir a ser’ como ser humano”.