A representante da Alemanha no Encontro Pré-Sinodal é da Jufem.
Ir. M. Cacilda Becker – Os Bispos da Alemanha nomearam Magdalena Hartmann, de 22 anos, membro da Juventude Feminina de Schoenstatt, em Rottenburg, para representar a juventude católica da Alemanha na pré-jornada, de 19 a 24 de março, em Roma.
Ela tornou-se conhecida do episcopado alemão pela preparação e participação na Jornada Mundial da Juventude na Polônia.
Com Lucas Galhardo, ela representa o Movimento Apostólico de Schoenstatt nesse trabalho tão importante que é preparar os documentos que os bispos do mundo inteiro estudarão durante o Sínodo. Ela nos fala sobre sua expectativa para esses dias de trabalho, em Roma.
Como você foi escolhida para participar do pré-sínodo?
Pelo trabalho de comunicação, durante a Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia, entrei em contato com a Conferência Episcopal Alemã e uma pessoa responsável me sugeriu à Comissão Juvenil. Então, chegou esse pedido, que aceito de bom grado, mas com o máximo respeito.
Como você está se preparando para esta reunião? Você recebeu algum material de estudo e indicações para tua tarefa durante o Pré-sinodo?
Pela minha participação na Juventude Feminina de Schoenstatt, estou constantemente em contato com os jovens. Claro, também em meus estudos e na minha vida cotidiana, estou em contato constante com jovens – eu também sou um deles. Mas, desde que fui convidada a ir a Roma, para o Pré-sínodo, presto muita atenção aos anseios, desejos, preocupações e desafios que dizem respeito às pessoas com quem convivo. O documento preparatório sobre o Sínodo da Juventude ajudou-me muito a me envolver nos temas do Sínodo. A informação oficial, que também está na página Web do Sínodo, também me parece muito útil. As questões que trataremos em Roma estão online, então eu tenho uma boa possibilidade de orientação.
Conte-nos sobre suas expectativas que se relacionam a esta reunião e os dias em Roma.
Minha expectativa é que seja criado um espaço em Roma, no qual possamos expressar nossos anseios e expectativas como jovens. Espero que possamos não só trazer as nossas preocupações, mas também que sejamos ouvidos. O objetivo é preencher um documento preparatório que será utilizado pelos padres sinodais em outubro. Um desafio muito bom, penso eu. Penso que é um grande desafio resumir o mundo vital dos jovens de todo o mundo em um único documento. Mas posso imaginar que encontraremos algumas semelhanças. Não temos desafios semelhantes em nosso desenvolvimento pessoal, preocupações com o futuro, questionamentos de fé?
Espero que a Igreja esteja aberta ao nosso mundo e às nossas necessidades, como jovens adultos. Deveria, em minha opinião, também haver um espaço em que possamos falar de nossos desafios e dos pontos críticos que sentimos em nossa Igreja. Eu desejo que possamos dialogar em um ambiente de respeito e valorização do outro. Seria bom se fosse reconhecido, além dos círculos católicos, que a Igreja pode ser um lugar de diálogo.
O que você espera dos jovens que participam dessa reunião? Como os jovens podem contribuir concretamente para o Sínodo da Juventude em outubro?
De todo o mundo, 300 representantes estarão em Roma. Mas o que é esse número em comparação ao número de jovens de todo o mundo?
Por isso, penso ser importante que todos possam dar uma contribuição pessoal. Mais concretamente, o Vaticano convida você a responder as perguntas que enfrentaremos em Roma durante o pré-sínodo por meio de um grupo no Facebook (clique para saber mais). Assim, pelo menos é possível que mais pessoas contribuam. Infelizmente, também esse meio não atinge uma grande quantidade de jovens. Os jovens que estão zangados com a Igreja, provavelmente não atuarão ativamente nesse grupo do Facebook. Em minha opinião, justamente essas pessoas poderiam colaborar com nossa Igreja para um desenvolvimento e crescimento positivos.
Você participará do pré-sínodo como mulher e como schoenstattiana, que contribuição você pode dar neste Encontro?
É uma honra, para mim, representar Schoenstatt em um evento internacional. Qual contribuição posso levar para Roma com isso? Todas as experiências que experimentei, e que experimentamos, na vida por meio de Schoenstatt. Nossa Aliança de Amor, nossa santidade da vida diária, nossa pedagogia do Pe. Kentenich como uma abordagem concreta ou formulada de maneira simples: Nosso estilo de vida cristão que ocorre no cotidiano e não por trás das paredes da Igreja. Nós, como Movimento de Schoenstatt, estamos em rede em todo o mundo. Em 2014, fomos capazes de experimentar o que significa viver uma cultura de aliança. Um desafio que nossa Igreja espera é unir as diferentes nações e culturas. Tão diferentes quanto os desafios em cada país, nosso Movimento espiritual consegue superar esses obstáculos graças à nossa fé.
O Pe. Kentenich já tinha uma percepção tão perspicaz em sua vida, ele tinha uma idéia do que move os jovens e do que eles precisam. Ele nos deixou tantos métodos valiosos e possibilidades para o crescimento da personalidade em Schoenstatt, que também poderiam ser úteis para muitos outros jovens. Da mesma forma, ele nos deu a nossa Santíssima Mãe na Aliança de Amor como uma “ponte” para o Pai. Talvez por meio do intercâmbio em Roma, possa tornar-se mais claro que existem diferentes “pontes” para viver nossa fé cristã.Como mulher, vejo essa participação, em Roma, como algo muito importante e, sinceramente, me sinto feliz também, como é natural, por representar o nosso país. À luz do fato de que, em muitos países, não é evidente que uma mulher possa preencher esse papel, eu também quero fazê-lo conscientemente. Acredito que é importante para o futuro da nossa Igreja que não só os representantes masculinos desempenhem um papel, mas também que as facetas e necessidades femininas sejam refletidas.
Foto: Arquivo Pessoal