Um “Padre feliz” rumo à casa do Pai.
Karen Bueno/Ir. M. Nilza P. da Silva – “Almejo a muitos jovens esta felicidade que experimento a cada dia”, escreve o Pe. Ottomar Schneider no último dia das vocações ordenadas (4 de agosto de 2017). Com 45 anos de sacerdócio doados à Igreja, por meio da Obra de Schoenstatt, ele parte hoje, 27 de março, às 14h30min, rumo à Casa do Pai. Segurando o terço na mão, rezando suas dezenas, Pe. Ottomar, aos 82 anos de idade, faleceu na presença de seus irmãos de comunidade, do Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt.
Velório: a partir de hoje à noite na paróquia Nossa Senhora da Conceição, Jaraguá – São Paulo.
Missas de corpo presente: 28/03, às 7hmin, 9h30min e às 15 horas, no local do velório.
Sepultamento: Após a missa das 15 horas, junto ao Santuário Sião do Jaraguá (em torno das 16 horas)
Ottomar Pedro Schneider nasceu em Salvador das Missões/RS, no dia 26 de janeiro de 1936, filho de Silvestre e Maria Amália Lunkes Schneider, numa família de cinco irmãos. Durante o período do noviciado, na Congregação dos Irmãos Maristas, teve a graça de conhecer o Pe. José Kentenich, a pedagogia e a espiritualidade do Movimento Apostólico de Schoenstatt. Voltando a sentir um forte chamado ao sacerdócio, que desde criança o acompanhava, em 1966 ingressou no recém-fundado Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt.
Foi aceito na comunidade dos Padres pelo próprio Fundador e esteve presente em seu sepultamento, em 15 de setembro de 1968. Pe. Ottomar foi ordenado diácono pelas mãos de Dom Heinrich Tenhumberg, então Bispo Auxiliar de Münster. E, no dia 7 de outubro de 1972, pela imposição das mãos do primeiro Bispo da Diocese de Santo Ângelo/RS, e depois Cardeal, Dom Aloísio Lorscheider, foi ordenado sacerdote para sempre.
Na vasta missão a serviço da Obra de Schoenstatt, trabalhou em São Paulo/SP, Londrina/PR e Santa Maria/RS. Foi assessor de vários ramos do Movimento Apostólico, diretor regional e diretor nacional; também assistente das Comunidades da União de Famílias e da União de Sacerdotes.
Um jardim em flores
Quem lê regularmente a revista Tabor, da qual Pe. Ottomar foi diretor por vários anos e muito se empenhou por ela, conhece várias de suas histórias e as crônicas sobre flores. Elas são um testemunho da alegria interior que ele aprendeu do Fundador, como relata:
Após 45 anos de sacerdócio, a serviço da Família de Schoenstatt e da Igreja, devo confessar que sou um Padre feliz. Ao longo desse tempo jamais tive uma única dúvida sobre o meu chamado ao sacerdócio, como Padre de Schoenstatt. Sinto-me grato, de poder ser instrumento nas mãos de nossa Mãe e Rainha de Schoenstatt, a serviço de tantas pessoas, às quais pude prestar meu serviço pastoral mariano.
Almejo a muitos jovens esta felicidade que experimento a cada dia no meu sacerdócio. Ofereço diariamente minha celebração da Eucaristia nesta intenção. Que […] a Mãe de Deus atraia muitas jovens para o serviço à Igreja e à Família de Schoenstatt, no seguimento de nosso Pai e Fundador, Pe. José Kentenich. Dele aprendi a ser um Padre feliz!
Com gratidão pelo dom da vida e da missão deste alegre sacerdote, a Família de Schoenstatt eleva hoje louvor ao Bom Deus e à Mãe Três Vezes Admirável, para que sua vida inspire e encoraje muitos jovens e anime todos os vocacionados no seguimento de Cristo.
Ler: Sou um padre feliz