Rumo ao centenário de morte de José Engling (4.10.2018), o Pe. Jean-Marie Moura partilha sua carta mensal para este mês de abril; ele é pároco na região de Cambrai/França, onde está o Santuário da Unidade, próximo ao local onde Engling faleceu:
Queridos amigos,
O Papa Francisco, em 21 de março (Audiência Geral), nos cita um ditado de seu país natal, Argentina: “O que a árvore tem de florescido vem daquilo que tem de enterrado”.O lugar da França de onde te escrevo tem por vocação continuar seu florescimento para a felicidade de todos! Sua missão, primeira e última, é promover a unidade por meio de um pequeno Santuário, que surgiu de uma vida doada como um pequeno grão de trigo caído na terra. Vivemos o mistério da morte e da vida, da Sexta-Feira Santa e do Domingo de Páscoa…
O dia 4 de outubro se aproxima! Vamos recordar os 100 anos do retorno ao céu de José Engling e a mensagem que ele deixa a todos nós, especialmente aos jovens de hoje. Este evento, que se une à grande história, também se une à nossa própria história pessoal. Lemos a oferta de um jovem de 20 anos: ele tudo compreendeu!
“Querida Mãezinha! Mater Ter Admirabilis! A ti venho entregar-me novamente como vítima. Ofereço-te tudo o que sou e tenho, meu corpo e minha alma com todas as suas capacidades, com todos os bens que eu possuo, minha liberdade, minha vontade. A ti quero pertencer totalmente. Sou teu. Dispõe de mim como te aprouver. Se, porém, for compatível com teus planos, deixa-me ser vítima pela missão que tu mesma reservaste à nossa Congregação. Em humildade, teu indigno servo José Engling”
(No campo de batalha, em Merville, a 03/06/1918)Esta é a oração que José, seminarista, dirige à Virgem Maria…
Ele tem consciência de que o Movimento mariano a que pertence, de Schoenstatt, deve estar na linha de frente para superar o ódio que se desencadeia ao seu redor.
Ele sabe que Jesus deu sua vida livremente para triunfar sobre o mal e a morte.
É por isso que ele está pronto a morrer, aos 20 anos, como que seu Mestre e Senhor (se o grão de trigo caído na terra não morre, fica só, mas se morre, dá muito fruto – Jo 12, 24).O Movimento de Schoenstatt o designa hoje como uma parte fundamental da fundação da Obra, convencido de que seu sacrifício de amor permitiu ao Pe. Kentenich, fundador, realizar seu sonho: “Em Aliança com Maria, conquistar homens para Cristo e contribuir para estabelecer uma cultura de amor, para uma nova ordem social cristã”.
Você será muito bem vindo para esses dias de celebração e memória, entre os dias 4 e 7 de outubro, nesta pequena vila de Thun St. Martin (na França). Mas, podendo vir ou não, você pode oferecer à Virgem Maria, todos os dias, uma pequena prece para o sucesso desse momento jubilar, para que ele seja um trampolim rumo aos próximos 100 anos. Nós formamos, assim, uma bela comunhão!