“Seu amor a Maria é algo muito atrativo e fácil de entender”
Ir. M. Nilza P. Silva / Karen Bueno – “Conhecia praticamente nada sobre o Brasil. Estive aqui algumas vezes, anos atrás, mas agora é muito diferente”. Faz pouco tempo, o Brasil conta com um novo assessor para o Movimento Apostólico de Schoenstatt em suas atividades: o Pe. Marcelo Pablo Aravena Gutierrez. O novo assessor no Regional Sudeste é chileno, pertence ao Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt e, a partir deste ano, colabora com a missão da Mãe Três Vezes Admirável em doze estados brasileiros, mais o Distrito Federal.
Pe. Marcelo alcançou uma vasta gama de experiências com o Movimento nos seus anos de missão. Colaborou com a Família de Schoenstatt no Chile, na Alemanha, na Argentina, na Austrália, nos Estados Unidos e agora no Brasil. Atualmente ele é assessor da Liga de Família em Caieiras/SP e no Jaraguá-São Paulo/SP, também assessor do Terço dos Homens Mãe Rainha no regional Sudeste.
Ele nos conta um pouco sobre suas expectativas, experiências e seus anseios para a nova missão no país:
Que contribuição as diferentes experiências em vários países e culturas traz para o seu trabalho no Brasil?
Os países são frutos de um trabalho de muitas culturas. O Brasil é fruto de muitas culturas. Penso que essa oportunidade de me comunicar e interagir com pessoas de diferentes culturas, raças, línguas e mentalidades ajuda muito.
Quais são suas primeiras impressões sobre a Família de Schoenstatt brasileira, do pouco que o senhor conhece?
Em geral posso dizer que o povo brasileiro é um povo católico, a gente sente isso. Eu percebo, aqui, a fé católica. Claro que o secularismo está em todas as partes, mas posso dizer que o Brasil é o maior país católico do mundo. E, nesse contexto, Schoenstatt é um caso especial. Em primeiro lugar, penso que Schoenstatt é um lugar onde se cultiva o catolicismo de uma forma muito concreta, muito ativa. Eu admiro muito a vinculação aos Santuários, o espírito de Família das pessoas, como todos estão tão próximos da pessoa, da figura e do pensamento do Pe. Kentenich. Eu penso que os assessores, tanto as Irmãs, como os Padres e as Senhoras de Schoenstatt estão fazendo um trabalho muito preciso, muito sério de formação com os leigos. E estou admirado com o tamanho dos Centros e das peregrinações: há muita gente, muitos peregrinos. Isso, para mim, é algo novo. É uma fé viva, uma fé forte que se expressa na rua, nos templos, nos centros… Em nossos Centros de Schoenstatt você percebe uma fé viva, forte e que precisa expressar-se de muitas maneiras.
Passando por vários países, o senhor certamente vivenciou como o carisma de Schoenstatt responde às inquietações de cada cultura. Este ano, no Brasil, nós estamos acentuando a pessoa do nosso Pai e Fundador como um profeta, ou seja, que dá respostas para coisas fundamentais, que sabe interpretar os sinais dos tempos. A que se deve, em sua opinião, o fato de nosso Pai e Fundador conseguir cultivar culturas de corações tão diferentes?
Primeiro sobre o Brasil… Eu penso que a maior profecia do Pe. Kentenich é nossa Mãe. Ele foi um profeta mariano. E os católicos do Brasil são marianos. Penso que o Pe. Kentenich tocou a alma do brasileiro com sua mensagem mariana e esse amor a Maria que ele tinha foi muito compreensível para as pessoas, para os católicos, para os schoenstattianos.
Seu amor a Maria é algo muito atrativo e fácil de entender, isso é o que percebo.
E, outra coisa, o Pe. Kentenich proclamou a importância da família. A família como célula base da sociedade é importantíssima, é essencial para uma cultura sadia, redimida e, portanto, temos que trabalhar com essa célula básica da sociedade. Ajudar e salvar a família, com a prioridade de sua pastoral. Porque a família é o lugar natural onde as pessoas vivem, convivem e criam cultura.
O espírito mariano e o espírito de família, penso eu, é uma mensagem que agarrou o coração do brasileiro. E isso não só no Brasil, mas também no Chile, na Argentina, Estados Unidos… Você pode chegar com esses temas ao coração das pessoas. É muito atrativo também o tema da Fé Prática na Divina Providência, as pessoas gostam de saber: qual é a vontade de Deus para mim? Essa é uma pergunta constante para as pessoas que buscam a Deus. E essa mensagem do Pe. Kentenich, que temos de viver de acordo com o plano de Deus, é muito importante. Esses três aspectos, para mim, são essenciais: Maria, família e fé prática na Divina Providência.
O que o Senhor espera do Ano Kentenich?
Acredito que é um bom ano para introduzir-se mais no mundo do Pe. Kentenich, na sua pessoa, no seu pensamento, que deve estar muito claro em todos nós, especialmente nos assessores. Aquilo que o Pe. Kentenich queria e sentia, qual era o seu carisma, qual é o seu carisma que deve ser anunciado, deve estar muito claro para os assessores. Acredito que este ano será um incentivo e motivação para que nós, assessores, estejamos mais perto do Pe. Kentenich, proclamando sua verdade com mais amor e ênfase.