Celebração jubilar do Ano Pe. Kentenich.
Karen Bueno – “Este é o dia que o Senhor fez para nós”. As palavras do comentário inicial traduzem o espírito de uma comemoração singular no coração da Igreja do Rio de Janeiro/RJ. Homenagens, mensagens, vivências… É difícil prever o que o Pe. José Kentenich diria se estivesse ali presente, mas, certamente o sorriso estaria estampado em seu rosto.
Com essa mesma alegria a Família de Schoenstatt chega à Catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro, nesse sábado, dia 12 de maio. Como Igreja Arquidiocesana, schoenstattianos de todos os vicariatos se unem para celebrar o Ano Jubilar do Pe. Kentenich, que marca os 50 anos de sua volta ao lar eterno. Uma família reunida em torno do altar, rendendo graças ao Bom Deus pela vida do Fundador.
A Santa Missa é presidida pelo Cardeal Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, e concelebrada por Dom Luiz Henrique da Silva Brito, por Dom Roberto Lopes, vários sacerdotes da Arquidiocese e o diretor regional do Movimento, Pe. Afonso Wosny.
Encontro com o Pai
Gente que chega de perto e de longe (às vezes de muito longe), com um desejo em comum… “Nós viemos comemorar os 50 anos de falecimento do Pe. José Kentenich. Ele, para mim, já é um santo e o temos como um orientador espiritual; ele é um amigo que podemos conversar, pelo qual nos sentimos acolhidos e abraçados”, dia a Sra. Maria Doraci de Amaral Monteiro, da Liga das Mães de Schoenstatt, VI Forania.
Para quem não conhece o Pe. Kentenich, essa é também uma oportunidade especial, como conta Cecilia Garzesi, de Jacarepaguá: “Eu recebo a visita da Mãe Peregrina, então fui convidada para participar dessa celebração. Conheço só um pouco sobre o Pe. Kentenich e hoje gostaria de aprofundar sua história, pois sempre que visito o Santuário, encontro uma paz”.
A presidente do Conselho da Família de Schoenstatt no Rio, Maria Dolores Batista Melo, aponta o grande desejo da Família local: “A gente quer que o povo do Rio de Janeiro conheça o Pe. José Kentenich, seu carisma, para que, como nós, possa amá-lo e, assim, possamos realmente canonizá-lo”.
Dar graças nesse dia
O Cardeal Tempesta, no início da celebração solene, contextualiza: “Há 50 anos, em 1968, em setembro, falecia o Pe. Kentenich. Hoje queremos rezar pelo seu repouso eterno e agradecer a Deus pelas inspirações que ele teve durante a sua vida de sacerdote, primeiro como palotino, depois como fundador do Movimento de Schoenstatt, que justamente se espalha pelo mundo afora… Queremos agradecer a Deus por essa inspiração e pedir por aquele que foi inspirado e que passou por tantas situações, tanto na perseguição da Segunda Guerra Mundial, quanto na incompreensão dos superiores, mas sempre firme, amou até o fim a Igreja”.
Na homilia, Dom Orani aprofunda os grandes momentos do período pascal, com ênfase para a ascensão do Senhor e Pentecostes: “Ele quer que experimentemos esse amor, para que vivamos como comunidade que se ama e contagiemos o mundo com a fraternidade cristã”.
Como Kentenich, contagiar o mundo
Falando sobre evangelização, Dom Orani cita o Pe. José Kentenich e o Diác. João Pozzobon como exemplos de fidelidade à missão. Também diz que a Mãe Peregrina é capaz de chegar a lugares e situações onde a Igreja muitas vezes não consegue se fazer presente: “Ela nos precede na missão evangelizadora. Com as famílias, abrindo as portas para rezar naquele dia, diante da imagem da Mãe Peregrina, vai se tornando possível essa missão da Igreja que vai ao encontro das pessoas nas suas casas, nas suas comunidades, nas várias regiões, nas diversidades em que realmente se abrem para rezar, acolher, escutar a boa notícia e transformar corações. Porque é justamente aquela experiência do Capital de Graças, das graças do Senhor que vamos tendo na própria vida que vai se difundindo”.
No final da reflexão, o Cardeal acrescenta: “Quanto mais contagiarmos com o bem e com essa presença capilar da evangelização, mais as transformações vão ocorrendo no coração, nas famílias, nas comunidades. Daí vem também nosso abraço e agradecimento ao Movimento de Schoenstatt, para que realmente possa fazer aquilo que diz o seu nome, tornar ainda mais bela a cidade, de tal maneira que a cidade fique bonita pela presença daqueles cristãos e cristãs que são presença de Cristo e que transformam, pela palavra de Deus e a ação do Espírito Santo, os corações e as vidas. Por isso, ao celebrarmos 50 anos do falecimento do Pe. Kentenich, nós agradecemos a Deus pela sua vida, pela sua missão e pedimos que Deus o acolha na sua eternidade, que o processo de beatificação que se encaminha possa encontrar o seu resultado o quanto antes”.
Espírito familiar
Essa celebração é um momento importante de unidade com a Igreja, como salienta o Pe. Afonso: “A missa teve, entre outras coisas, um caráter muito familiar ao ter os nossos pastores como os nossos pais, que estimulam, que acompanham, orientam. A primeira coisa que destaco é esse ambiente familiar. Por outro lado, uma missa no espírito do Ano Pe. Kentenich, de levá-lo para fora do Movimento, levá-lo para lugares onde ele não está, necessariamente, todos os dias. No caso da Catedral, levá-lo ao coração da Igreja. Em terceiro lugar, um desafio bonito, que o Movimento de Schoenstatt do Rio de Janeiro abraçou, conseguiu realizar e acredito que deu muitos frutos”.
Em seguida da Missa, iniciou a oração do Terço e o momento de coroação da Mãe e Rainha. Assim, renovando a Aliança de Amor, a Família de Schoenstatt parte com a bênção de envio e o desafio de criar um mundo novo, uma cultura de aliança em todos os lugares, segundo o coração do Pai.
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