Jubileu de ouro de um importante documento para as famílias
Ir. M. Lucimar Stefanelo – Neste ano de 2018 temos especial razão para agradecer e comemorar, são 50 anos da Encíclica Humanae Vitae e 50 anos da volta ao Lar Eterno do Servo de Deus Pe. José Kentenich, fundador da Obra Internacional de Schoenstatt.
A Encíclica Humanae Vitae, publicada a 25 de julho de 1968, foi presenteada à Igreja e à humanidade pelo Beato Papa Paulo VI. É um documento de valor inestimável, que destaca a importância do Planejamento Natural da Família, da Lei Natural deixada por Deus em cada ser humano.
Todas as páginas do documento colocam o leitor diante de orientações que são um verdadeiro hino de louvor a Deus Pai, criador do homem, da mulher, do matrimônio, da lei divina, da paternidade e maternidade responsável, do planejamento natural da família, da ciência médica, enfim, um hino de louvor a toda a humanidade.
Um caminho de santidade
50 dias após o lançamento da Humanae Vitae, 15 de setembro de 1968, após celebrar a Santa Missa, o Pe. José Kentenich foi chamado ao Lar Eterno. Em toda sua vida, ele se dedicou permanentemente pela vivência do plano de Deus a respeito da criação humana. Zelou, em especial, pelo Matrimônio, pela família e pela vida.
Pe. Kentenich viveu com o ouvido no coração de Deus e a mão no pulso do tempo. Dessa forma, a Encíclica Casti Connubii (sobre o matrimônio), escrita pelo Papa Pio XI em 1930, foi para ele um indicador de caminho. Dela, com sua aguçada visão de futuro, apontou conscientemente para os perigos e males que permeavam a família e orientou-as para um caminho de autoeducação, indicando a continência voluntária como ferramenta importante na educação de esposos autênticos. Com a adoção dos métodos naturais, os esposos se educam para a força sacrifical em todos os campos da vida.
No ritmo da Divina Providência
Pe. Kentenich também ensinou que o amor, o respeito, o despojamento e a autoeducação são caminhos indicadores para a santidade. Ele dizia que o Método Natural Ogino-knaus, de 1930 (conhecido como “Tabelinha”), trouxe libertação e tranquilidade ao povo católico por mostrar que a Igreja apoia um planejamento familiar aberto ao plano de Deus.
Em 12 de setembro de 1968 (portanto, três dias antes de sua morte), Pe. Kentenich chamava a atenção das Irmãs de Maria para a recém-publicada Encíclica Humanae Vitae. Ele dizia a elas que valeria a pena estudar o documento, com tudo o que foi dito a respeito do Matrimônio, da família, da fecundação e da vida. Isso vale a cada membro do Movimento hoje, em suas diversas vocações, pois é importante para todos conhecer a posição da Igreja sobre o tema. Esse convite se dá especialmente às famílias, que são as protagonistas do documento.
Um passo importante sobre o conteúdo da Humanae Vitae é o Método de Ovulação Billings, aprovado pela Organização Mundial da Saúde. Ele assegura que é possível vivenciar o planejamento de regulação natural da natalidade com maior eficácia, respeitando o plano de Deus para cada família. Clique para saber mais.
Protagonistas e profetas
O Beato Paulo VI diz, na Encíclica Humanae Vitae, que o homem não poderá encontrar a verdadeira felicidade senão no respeito pelas leis inscritas por Deus em sua natureza; também pede que o conteúdo do documento seja aplicado com inteligência e amor.
Ao celebrar 50 anos da Encíclica Humanae Vitae e 50 anos do falecimento do Pe. Kentenich, somos impulsionados a agradecer a esses homens, que ousada e heroicamente enfrentaram os desafios da época e encorajaram as famílias a vivenciarem e se manterem no curso natural da criação divina.
Eles ofereceram à Igreja um incomensurável presente, pela dedicação e respeito para com a família e a vida. Até os dias de hoje a Humanae Vitae continua atuante, orientando e reafirmando as verdades frente ao plano criador de Deus.
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