Unionista e Assessora dos Ramos Femininos em Santa Maria/RS
Ir. M. Rosequiel Favero/Ir. M. Nilza P. da Silva – Deus chamou para junto de si, no dia 15 de agosto, Anita Sangói Trevisan, unionista que foi assessora dos ramos femininos e muito contribuiu para o crescimento do Movimento Apostólico de Schoenstatt no Brasil. Ela nasceu em 9 de junho de 1926, em Santa Maria/RS, pertenceu ao primeiro curso da União Feminina de Schoenstatt – cujo ideal é Lirio do Pai – sendo a última integrante de seu curso a partir para a eternidade.
Ela iniciou sua participação na Juventude Feminina de Schoenstatt no difícil tempo de provação, pelo exílio do Fundador, Pe. José Kentenich e relatou sobre a retirada do Santíssimo do Santuário Tabor, em Santa Maria: “Foi uma das coisas mais tristes que eu vivenciei. O que me doeu foi quando naquele domingo à tarde (30 de janeiro de 1957), o padre, com a capa magna, pegou o Santíssimo do Santuário. Nós, as leigas, com as Irmãs de Maria e algumas candidatas, nos ajoelhamos no chão… o Pe. Pio Soldera saiu com o Santíssimo e a partir daquele momento nós não podíamos mais dobrar o joelho (fazer genuflexão). Não tinha o Santíssimo no Santuário. Ele foi levado para a capela da casa das Irmãs.”
No auge deste tempo difícil, os grupos do Movimento de Schoenstatt foram desfeitos. Dos grupos de mães e juventude sobraram cerca de 10 fiéis, dentro às quais Anita Trevisan fazia parte. Formaram a assim chamada “Geração Triunfatrix” (Vencedora) que tudo empenhou pela libertação do Pai e Fundador do exílio e para que Schoenstatt fosse compreendido e aceito pela Igreja.
Quando foi possível novamente trabalhar abertamente pelo Movimento de Schoenstatt, em Santa Maria, Anita Trevisan se despontou como uma grande lider e, em 9 de março de 1969, no Santuário Tabor, juntamente com Dorvalina Severo, Ruth Aniceti, Lúcia Renzi e Erna Schäfer, se consagrou à Mãe e Rainha como o primeiro curso da União Apostólica Feminina no Brasil. Desta data, até dezembro de 2003, foi dirigente da União Feminina Brasileira, viajando frequentemente para muitos lugares, em vários estados, ao encontro de novas vocações – para isso ela não media esforços – e participar das reuniões da Central Nacional de Assessores e da Presidência Nacional do Movimento. Com grande alegria, Anita viu a comunidade da União Feminina crescer em nossa Pátria.
Desde 2008, começou a dar sinais de uma doença senil que a colocou nos últimos cinco anos de sua vida numa clínica geriátrica e, faleceu na tarde do dia Assunção de Maria, apagando-se como uma vela, que consumiu todas as suas forças pela Obra de Schoenstatt. Após a Santa Missa de corpo presente, presidida pelo sacerdote palotino Pe. Arnaldo Giuliane, Anita foi conduzida mais uma vez ao Santuário Tabor e em seguida ao seu lugar de sepultamento.
Anita Trevisan é mais uma testemunha dos inícios de Schoenstatt em nossa pátria que parte para a eternidade. Deixa um legado de força e de fidelidade para a geração atual. Justamente neste Ano Padre Kentenich, ela mostra o caminho de vinculação e fidelidade ao Fundador que será capaz de levar Schoenstatt ao futuro e manter a originalidade de seu carisma, mesmo em meio as incompreensões e dificuldades: Unidos ao Pai e Profeta, por uma nova terra mariana!