“Toda bela és Maria, Maria queremos ser”
Karen Bueno – O “perfume lirial” se espalha pelo Santuário de Atibaia/SP nesse final de semana. Nos dias 1 e 2 de setembro, a Juventude Feminina de Schoenstatt (Jufem) dos regionais Sudeste e Paraná se reúne para o encontro anual. Com cerca de 215 meninas, o auditório se torna um grande jardim de lírios ao redor da MTA. Alegria, cantos e renovado ardor faz jovens de 25 cidades, dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e do Distrito Federal, renovarem o amor e colocarem sua “mão na mão do Pai”.
“Esses dias nos levaram a um encontro muito íntimo com Deus, também com o Pe. Kentenich. Gostei muito, tudo foi bem especial e acho que vai marcar a minha vida. Levo daqui esses momentos íntimos, também o vínculo que a gente criou”, conta Raquel de Oliveira, da cidade de Louveira/SP.
Com o olhar na Imaculada
Oração, acolhida e conversas em grupo abriram a manhã de encontro. Em seguida veio a primeira reflexão, na qual o Pe. Francisco Lemes Gonçalves, da Diocese de Itapetininga/SP, convida cada jovem a olhar e se inspirar na Imaculada. Esse é o caminho concreto para se viver o ideal nacional da Jufem – Lírio do Pai, Tabor para o mundo – diz ele.
“Como vou exalar esse perfume de lírio no meio de tantos aromas que o mundo oferece? Como ser perfume do Pai e Fundador neste mundo de hoje? Precisamos ter uma força interior para viver o ideal. Por isso precisamos olhar sempre para Maria. Não ter medo de ser esse perfume, de ser presença de Deus, de fazer do seu local uma terra mariana”.
Pe. Francisco também diz, se referindo ao fundador: “Vocês são meninas ordinárias, mas há algo de extraordinário em vocês. Isso nasceu de um homem que abriu sua vida ao extraordinário de Deus”.
Um caminho certo
“Lírio do Pai, um caminho certo” é o que aponta a Ir. Jacinta Donati em sua reflexão. Ela aborda o valor da vida e o valor da dignidade feminina como esse caminho que direciona ao céu.
Isadora Teixeira, de Pedro Leopoldo/MG, aproveitou bastante todo o conteúdo do encontro e acredita que “ser ‘Lírio do Pai, Tabor para o mundo’ é nadar contra a corrente, é renunciar, é viver de maneira diferente das outras meninas e assumir a nossa essência. O ideal me conquistou desde o primeiro momento em que eu entrei no Santuário, foi uma conexão muito especial. Senti que o Pai e Fundador me abraçou e me acolheu tão bem lá”.
Conhece esta terra?
Concentração e olhos fixos prendem a juventude ao acompanhar o musical “Terra Maravilhosa”, apresentado no sábado à noite. Entre cantos e diálogos, as meninas percorreram um caminho buscando a herança deixada pelo Pai: “Eu tenho saudade do Pai, saudade de encontrar o Pai”, ressoava o canto. Nesse trajeto, em cada reino por onde passavam, se deparavam com uma virtude do Hino da Minha Terra: amor, pureza, alegria, veracidade, liberdade e vitoriosidade.
O musical direciona ao Santuário e, no caminho, é possível esse encontro mais pessoal com o Pai e Fundador, Pe. José Kentenich. A noite culmina diante de Jesus, com a adoração eucarística e a bênção do Santíssimo.
Santa? Eu? Será?
A manhã de domingo desponta trazendo um novo encontro pessoal com o Pai. A Ir. Elisa Maria Silva, assessora da Jufem no regional Paraná, fala “de coração a coração” sobre a Exortação Apostólica Gaudete et exsultate, do Papa Francisco. Esse texto trata do chamado à santidade no mundo de hoje. “Santidade, uma palavra tão simples, mas cheia de desafios e oportunidades. Santa? Eu? Será? Sim! Você! Santidade é uma grande novidade para um mundo sedento de valores”, diz ela.
O Horário Espiritual é uma ferramenta essencial nesse caminho de santidade, segundo a Ir. Elisa Maria. “Qual nossa resposta, como filhos de Schoenstatt, a esse chamado à santidade? Nosso fundador nos ensinava que ser santo é viver cada dia, cada situação santamente. São os pequenos pontos que nos ajudam a alcançar nossa meta”. Essa santidade, ela salienta, é o “selo” para a canonização do Pai e Fundador, por isso é preciso colocar um “selo de santidade” em tudo: no namoro, na balada, nas redes sociais, na escola/faculdade, onde estiver.
Construir a Terra Maravilhosa
Participando pela primeira vez de um encontro regional, Larissa Barros, de Cornélio Procópio/PR, comenta: “Gostei bastante do encontro, achei tudo muito interessante, conheci mais sobre o Pai e Fundador e sobre o Movimento, nessa minha primeira vez aqui. Aprendi sobre a ‘terra maravilhosa’, que o lugar onde a gente vive pode ser uma terra maravilhosa não só para a gente, mas para as pessoas que estão ao nosso redor”.
No domingo ainda há tempo para se atualizar sobre as correntes da Igreja e do país. A assessora do ramo no regional Sudeste, Ir. M. Lidiane Francisconi, convida as jovens a estarem atentas à eleição, ao Sínodo dos Bispos, aos materiais de formação que a Igreja oferece para a juventude. É com alegria que, também nessa manhã, são enviadas 14 jovens, mais as assessoras, que vão representar o Sudeste e o Paraná na próxima Jornada Mundial da Juventude no Panamá.
Unidas ao Pai
Enviando as jovens em missão, o Pe. Francisco preside a Santa Missa e diz que “de nada adianta se tudo o que vivenciamos ficar em nossa exterioridade. É preciso escutar, deixar que isso transforme nosso interior e dê frutos – Testemunho! Se nosso perfume lirial estava perdendo seu aroma, que esse encontro seja o momento de recomeçar”.
Mal se despediram e já fica o sentimento de saudade, mas também o desejo de retornar para o próximo encontro. Adryelle Lima, de Confins/MG, conta: “Eu levo desse encontro mais ardor para viver a pureza, o autoconhecimento, o desejo de estar mais perto da Mãe, poder levá-la para outras pessoas e fazer essas pessoas experimentarem o amor de Deus”.
A Juventude Feminina deseja, este ano, seguir com a “mão na mão do Pai”, por isso, parte com a meta de viver cada dia santamente pela canonização do fundador: “Eis-me aqui Pai, minha mãe em tua mão”.
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